" - Estaremos em face de uma renascença espiritual?
- Estamos tão desnacionalizados que devemos estar renascendo. Para os outros povos, na sua totalidade eles-próprios, o desnacionalizar-se é o encontrar-se. Apesar dos grandes obstáculos à nossa regeneração - todas as doutrinas de regeneração - estamos no início de tornar a começar a existir. Chegámos ao ponto em que colectivamente estamos fartos de tudo e individualmente fartos de estar fartos. Extraviámo-nos a tal ponto que devemos estar no bom caminho"
- Fernando Pessoa, entrevista dada a António Alves Martins na Revista Portuguesa, nºs 23-24, Lisboa, 13-10-1923.
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...

Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
Albufeira, Alcáçovas, Alcochete, Alcoutim, Alhos Vedros, Aljezur, Aljustrel, Allariz (Galiza), Almada, Almodôvar, Alverca, Amadora, Amarante, Angra do Heroísmo, Arraiolos, Assomada (Cabo Verde), Aveiro, Azeitão, Baía (Brasil), Bairro Português de Malaca (Malásia), Barcelos, Batalha, Beja, Belmonte, Belo Horizonte (Brasil), Bissau (Guiné), Bombarral, Braga, Bragança, Brasília (Brasil), Cacém, Caldas da Rainha, Caneças, Campinas (Brasil), Carnide, Cascais, Castro Marim, Castro Verde, Chaves, Cidade Velha (Cabo Verde), Coimbra, Coruche, Díli (Timor), Elvas, Ericeira, Espinho, Estremoz, Évora, Faial, Famalicão, Faro, Felgueiras, Figueira da Foz, Freixo de Espada à Cinta, Fortaleza (Brasil), Guarda, Guimarães, Idanha-a-Nova, João Pessoa (Brasil), Juiz de Fora (Brasil), Lagoa, Lagos, Leiria, Lisboa, Loulé, Loures, Luanda (Angola), Mafra, Mangualde, Marco de Canavezes, Mem Martins, Messines, Mindelo (Cabo Verde), Mira, Mirandela, Montargil, Montijo, Murtosa, Nazaré, Nova Iorque (EUA), Odivelas, Oeiras, Olhão, Ourense (Galiza), Ovar, Pangim (Goa), Pinhel, Pisa (Itália), Ponte de Sor, Pontevedra (Galiza), Portalegre, Portimão, Porto, Praia (Cabo Verde), Queluz, Recife (Brasil), Redondo, Régua, Rio de Janeiro (Brasil), Rio Maior, Sabugal, Sacavém, Sagres, Santarém, Santiago de Compostela (Galiza), São Brás de Alportel, São João da Madeira, São João d’El Rei (Brasil), São Paulo (Brasil), Seixal, Sesimbra, Setúbal, Silves, Sintra, Tavira, Teresina (Brasil), Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Trofa, Turim (Itália), Viana do Castelo, Vigo (Galiza), Vila do Bispo, Vila Meã, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de São Bento, Vila Real, Vila Real de Santo António e Vila Viçosa.
Mostrar mensagens com a etiqueta Transnacionalismo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Transnacionalismo. Mostrar todas as mensagens
terça-feira, 23 de setembro de 2008
domingo, 7 de setembro de 2008
POST SCRIPTUM AO MEU TEXTO «DITADURA»
Na sequência de dois e-mails que recebi faço este esclarecimento, a dois membros do MIL bem intencionados e que, com toda a legitimidade, me colocaram questões, pessoas que considero honestas, de quem sou amigo, mas menos informadas acerca de muito que tenho feito na tentativa de erguer uma nova ideologia, para além do maniqueísmo Esquerda e Direita e da morte das ideologias:
1. A ditadura de que falo não é nenhuma apologia ao fascismo ou a qualquer outro regime limitador das liberdades fundamentais e que desrespeite os direitos humanos.
2. O rei de que falo não é um mero conceito monárquico.
Oportunamente voltarei a estes temas, no quadro da nova ideologia que tenho vindo a conceber e que designei por transnacionalismo.
Klatuu Niktos
1. A ditadura de que falo não é nenhuma apologia ao fascismo ou a qualquer outro regime limitador das liberdades fundamentais e que desrespeite os direitos humanos.
2. O rei de que falo não é um mero conceito monárquico.
Oportunamente voltarei a estes temas, no quadro da nova ideologia que tenho vindo a conceber e que designei por transnacionalismo.
Klatuu Niktos
DITADURA
99 Cent Store, Andreas Gursky, 1999
Ditadura, sim. Um Império se erga acima do formigueiro de corruptas urbes, das vias rápidas sem destino, das pontes quebradas pelo lixo, das muitas casas, queimadas e escuras, das muitas gentes, robóticas e sem fala. Erga-se, defenda-se, alastre-se, um fogo do espírito, uma lei acima das leis, um costume acima dos costumes, uma justiça acima das justiças, uma assembleia universal igual para todos, iguais no assento da palavra. «Nada farei, ó César, para te agradar, / Nem me interessa se és branco ou preto.»*. O mesmo direi de cada um de vós. Que comeis. Onde, quando. A que deus ou deuses rezais. Ou a nenhum. Que fazeis na cama. Com quem. Que fazeis na casa. Como vestis. Com que entretenimentos ocupais o tempo vosso. A ditadura é o Império, despreza-vos nas vossas diferenças, em todas aquelas pequenas inutilidades onde julgais que acontece a vossa vida, isso é folclore humano, isso é merda, um caos de emoções envolvido em pratas e púrpuras. A lei do Império é universal, só reconhece indivíduos nos atributos comuns da sua humanidade; perante o Império são calados os vossos deuses e o vosso ganir de matilha, as identidades medíocres que julgais acima das dos outros, os vossos tiques de pertença, que quereríeis, megalomanamente, supremos, mas que mais não são que a súmula patológica das vossas insuficiências e mediocridades e vilezas. Nada sois de vosso perante o Império, porque o Império não vos reconhece a propriedade sobre nada que seja a humanidade, sobre nada que pertença a todos, sobre nada que seja a civilização no seu progresso futuro e imparável, sobre nada que seja a manifestação suprema da liberdade como motor da História.
A civilização é a casa da humanidade. O Império, a sua assembleia única. A ditadura, a sua guardiã. Um Rei, o seu autor.
Klatuu Niktos
* XCIII
Nil nimium studeo, Caesar, tibi velle placere,
nec scire utrum sis albus an ater homo.
Gaius Valerius Catullus, poeta do Império Romano, 87 a.C. – 54 a.C.
Ditadura, sim. Um Império se erga acima do formigueiro de corruptas urbes, das vias rápidas sem destino, das pontes quebradas pelo lixo, das muitas casas, queimadas e escuras, das muitas gentes, robóticas e sem fala. Erga-se, defenda-se, alastre-se, um fogo do espírito, uma lei acima das leis, um costume acima dos costumes, uma justiça acima das justiças, uma assembleia universal igual para todos, iguais no assento da palavra. «Nada farei, ó César, para te agradar, / Nem me interessa se és branco ou preto.»*. O mesmo direi de cada um de vós. Que comeis. Onde, quando. A que deus ou deuses rezais. Ou a nenhum. Que fazeis na cama. Com quem. Que fazeis na casa. Como vestis. Com que entretenimentos ocupais o tempo vosso. A ditadura é o Império, despreza-vos nas vossas diferenças, em todas aquelas pequenas inutilidades onde julgais que acontece a vossa vida, isso é folclore humano, isso é merda, um caos de emoções envolvido em pratas e púrpuras. A lei do Império é universal, só reconhece indivíduos nos atributos comuns da sua humanidade; perante o Império são calados os vossos deuses e o vosso ganir de matilha, as identidades medíocres que julgais acima das dos outros, os vossos tiques de pertença, que quereríeis, megalomanamente, supremos, mas que mais não são que a súmula patológica das vossas insuficiências e mediocridades e vilezas. Nada sois de vosso perante o Império, porque o Império não vos reconhece a propriedade sobre nada que seja a humanidade, sobre nada que pertença a todos, sobre nada que seja a civilização no seu progresso futuro e imparável, sobre nada que seja a manifestação suprema da liberdade como motor da História.
A civilização é a casa da humanidade. O Império, a sua assembleia única. A ditadura, a sua guardiã. Um Rei, o seu autor.
Klatuu Niktos
* XCIII
Nil nimium studeo, Caesar, tibi velle placere,
nec scire utrum sis albus an ater homo.
Gaius Valerius Catullus, poeta do Império Romano, 87 a.C. – 54 a.C.
Etiquetas:
Império Último,
MIL e Futuro,
Morte das Ideologias,
Narrativa,
Pensar a Lusofonia,
Pensar Portugal,
política,
Prosa Portuguesa,
Renascimento Lusitano,
Transnacionalismo
Subscrever:
Mensagens (Atom)