A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

Albufeira, Alcáçovas, Alcochete, Alcoutim, Alhos Vedros, Aljezur, Aljustrel, Allariz (Galiza), Almada, Almodôvar, Alverca, Amadora, Amarante, Angra do Heroísmo, Arraiolos, Assomada (Cabo Verde), Aveiro, Azeitão, Baía (Brasil), Bairro Português de Malaca (Malásia), Barcelos, Batalha, Beja, Belmonte, Belo Horizonte (Brasil), Bissau (Guiné), Bombarral, Braga, Bragança, Brasília (Brasil), Cacém, Caldas da Rainha, Caneças, Campinas (Brasil), Carnide, Cascais, Castro Marim, Castro Verde, Chaves, Cidade Velha (Cabo Verde), Coimbra, Coruche, Díli (Timor), Elvas, Ericeira, Espinho, Estremoz, Évora, Faial, Famalicão, Faro, Felgueiras, Figueira da Foz, Freixo de Espada à Cinta, Fortaleza (Brasil), Guarda, Guimarães, Idanha-a-Nova, João Pessoa (Brasil), Juiz de Fora (Brasil), Lagoa, Lagos, Leiria, Lisboa, Loulé, Loures, Luanda (Angola), Mafra, Mangualde, Marco de Canavezes, Mem Martins, Messines, Mindelo (Cabo Verde), Mira, Mirandela, Montargil, Montijo, Murtosa, Nazaré, Nova Iorque (EUA), Odivelas, Oeiras, Olhão, Ourense (Galiza), Ovar, Pangim (Goa), Pinhel, Pisa (Itália), Ponte de Sor, Pontevedra (Galiza), Portalegre, Portimão, Porto, Praia (Cabo Verde), Queluz, Recife (Brasil), Redondo, Régua, Rio de Janeiro (Brasil), Rio Maior, Sabugal, Sacavém, Sagres, Santarém, Santiago de Compostela (Galiza), São Brás de Alportel, São João da Madeira, São João d’El Rei (Brasil), São Paulo (Brasil), Seixal, Sesimbra, Setúbal, Silves, Sintra, Tavira, Teresina (Brasil), Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Trofa, Turim (Itália), Viana do Castelo, Vigo (Galiza), Vila do Bispo, Vila Meã, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de São Bento, Vila Real, Vila Real de Santo António e Vila Viçosa.

sábado, 7 de dezembro de 2024

NOVA ÁGUIA nº 34: Capa, Editorial e Índice...

 

Quinhentos anos após o seu nascimento, Camões tem-se tornado, cada vez mais, um nome controverso. O que não surpreende. Mais cedo ou mais tarde, a crescente vaga de criminalização da nossa história haveria de atingir aquela que continua a ser a sua mais ígnea e egrégia voz. Se, como a emergente ditadura politicamente “correcta” – tão “correcta” quanto acéfala – pretende, a nossa história foi, de facto, uma sucessão de crimes – com a colonização e a escravatura à cabeça –, então, com efeito, como homenagear hoje aquele que, mais e melhor do que ninguém, a celebrou?

Por mais que a crescente vaga de criminalização da nossa história continue a impingir-nos a tese de que a colonização e a escravatura começaram com os lusíadas celebrados por Camões, só os incautos se deixam impressionar por tamanho equívoco. Por mais que essa emergente ditadura politicamente “correcta” – tão “correcta” quanto ignorante – pretenda instituir essa verdade “alternativa” como um facto histórico, nós, na NOVA ÁGUIA, não nos deixamos impressionar. Nem, muito menos, atemorizar. E por isso celebramos aqui, sem qualquer complexo, Camões e os nossos heróis – não vilões – do mar…

Para além de Camões, avultam no trigésimo quarto número da nossa Revista os nomes de Basílio Teles – publicamos aqui os textos apresentados num Colóquio que se realizou em 2023, nos cem anos do seu falecimento, por iniciativa do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira – e de Agostinho da Silva, este, também, um nome que importa recordar e celebrar nos dias de hoje. Nos trinta anos da sua partida e no meio século da Revolução que pôs fim ao regime do Estado Novo, Agostinho da Silva aparece-nos, cada vez mais, em contra-corrente. Insuspeito de alguma vez ter sido apoiante do regime deposto, nem por isso Agostinho da Silva se deixou arrastar e afogar pelos novos “mitos” entretanto emergentes: desde logo, o da descolonização dita “exemplar” e o do nosso destino (exclusivamente) europeu.

Porque, tal como Agostinho da Silva, reconhecemos que há uma cultura de língua portuguesa que extravasa em muito o espaço europeu, também neste número da NOVA ÁGUIA damos voz a “Outros Vultos” da cultura lusófona e, em “Outros Voos”, como sempre, fazemos outras abordagens dessa nossa plural cultura comum. Depois, em “Extravoo”, publicamos os textos apresentados no II Encontro do Observatório SEDES da CPLP/ IX Congresso MIL da Cidadania Lusófona; em “Periódicos Eternos”, recordamos mais dois títulos esquecidos; e, no “Bibliáguio”, destacamos uma dezena de obras publicadas recentemente, várias delas com a chancela da NOVA ÁGUIA e do MIL: Movimento Internacional Lusófono.

A Direcção da NOVA ÁGUIA

Post Scriptum: Dedicamos este número a Vamireh Chacon (1934-2023), insigne filósofo brasileiro, recentemente evocado na NOVA ÁGUIA (números 30 e 31), e a João Tavares (1949-2024), companheiro filosófico de António Telmo e sócio honorário do MIL.

NOVA ÁGUIA Nº 34: ÍNDICE

Editorial…5

NOS 500 ANOS DE CAMÕES

RE-VELANDO OS LUSÍADAS | Abel de Lacerda Botelho…8

DOIS PASSOS ATÉ CAMÕES | Carlos Aurélio…14

DA PRESENÇA CAMONIANA NAS ORIGENS DO NACIONALISMO ALEMÃO OITOCENTISTA | César Tomé…18

RETRATOS EM VOLTA DA AUSÊNCIA: CAMÕES E AS ARTES PLÁSTICAS, UMA PERSPECTIVA RECENTRADA | Eduardo Paz Barroso…25

REVERÊNCIA DE BOUCHARLAT A CAMÕES (O EPISÓDIO DO ADAMASTOR) | Isabel Ponce de Leão…32

CAMÕES HOJE | Jorge Chichorro Rodrigues…39

QUEM É O ADAMASTOR? | José Madeira…42

EVOCAÇÃO HISTÓRICA DE LUÍS VAZ DE CAMÕES E DA SUA OBRA LITERÁRIA | Nuno Sotto Mayor Ferrão…46

CAMÕES, ANTÓNIO JOSÉ DA SILVA E O AMPHITRUO DE PLAUTO | Pedro Martins…53

OS LUSÍADAS OU QUANDO O ARQUÉTIPO SE REALIZA NA HISTÓRIA | Pedro Sinde…71

BASÍLIO TELES, 100 ANOS DEPOIS

AFINIDADES E CONTRASTES ENTRE O PENSAMENTO FILOSÓFICO DE BASÍLIO TELES E O DE TEÓFILO BRAGA | António Braz Teixeira…78

BASÍLIO TELES E O ANTI-ATOMISMO | Carlos Fiolhais…83

BASÍLIO, BRUNO E JUNQUEIRO: A CRISE E A SUPERAÇÃO | Joaquim Domingues…90

BASÍLIO TELES E A HISTÓRIA | José Esteves Pereira…95

NOTAS BREVES SOBRE O PENSAMENTO ECONÓMICO DE BASÍLIO TELES | José Luís Cardoso…101

BASÍLIO TELES E A IDEIA DE TEMPO | Manuel Cândido Pimentel…105

ENTRE BASÍLIO TELES E JOSÉ MARINHO: O HUMANO E O DIVINO | Renato Epifânio…111

O PROBLEMA DO MAL EM BASÍLIO TELES | Samuel Dimas…116

AGOSTINHO DA SILVA, 30 ANOS APÓS A SUA PARTIDA

AGOSTINHO DA SILVA. DO SEU PASSAMENTO HÁ TRINTA ANOS | Artur Manso…122

AGOSTINHO DA SILVA, UM SER VINDO DO FUTURO | Fernando Dacosta…126

AGOSTINHO DA SILVA, O PORTUGUÊS À SOLTA | Jorge Chichorro Rodrigues…129

ATUALIDADE DO PENSAMENTO DE AGOSTINHO DA SILVA NA REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO CONTEMPORÂNEO | José Acácio Castro…133

CONVERSANDO E VADIANDO, VADIANDO E CONVERSADO COM AGOSTINHO DA SILVA | Juliana Santos…139

NO QUE RESULTA A FORÇA DE DESTINAÇÃO DE AGOSTINHO DA SILVA | Lúcia Helena Alves de Sá…143

LINHAS COM AGOSTINHO DA SILVA | Luís de Barreiros Tavares…147

ESPIRITUALIDADE DE AGOSTINHO DA SILVA | Renato Epifânio…149

OUTROS VULTOS

ANTÓNIO QUADROS | António Aresta…152

COUTO VIANA | António Leite da Costa…154

EUGÉNIO LISBOA | Isabel Ponce de Leão…157

FERNANDA DE CASTRO | Mafalda Ferro…165

FRANCISCO DA GAMA CAEIRO | Maria Leonor Xavier…169

JOSÉ CARLOS VENÂNCIO | J.A. Alves Ambrósio…176

JOSÉ MARINHO | Luís Furtado, João Seabra Botelho e Francisco Moraes Sarmento…179

NUNO JÚDICE | António José Borges…182

PEPETELA | César Tomé…184

OUTROS VOOS

PATRIZIO TRAMPETTI, UM ARTISTA MODERNO OU O IDEAL DA CONSCIÊNCIA E O DINAMISMO DA MÚSICA E DO CANTO | António José Borges…196

ENTRE CORSINO FORTES E FRIEDRICH NIETZSCHE: DOIS POETA-PENSADORES (ES)CULTORES DE PALAVRAS-SÍMBOLO E MESTRES DA LEITURA E DA ESCRITA COMO ARTE DE RUMINAR | Elter Manuel Carlos…199

EDUCAÇÃO, VALORES E COMPLEXIDADE: HORIZONTES DE CULTURA | Emanuel Oliveira Medeiros…203

UMA FERIDA POR CAUTERIZAR E O ERRO DA FILOSOFIA PORTUGUESA | Pedro Sinde…209

DEAMBULAÇÕES PRÓ-LUSÓFONAS | Renato Epifânio…212

AUTOBIOGRAFIA 14 | Samuel Dimas…215

EXTRAVOO

Prioridades para a cooperação na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa): de Carlos Mariano Manuel (Angola), Paulo Pereira (Brasil), Elter Manuel Carlos (Cabo Verde), Lúcio Sanhá (Guiné), Delmar Maia Gonçalves (Moçambique), Alice Goretti de Pina (São Tomé e Príncipe) e Ivonia Nakak Borges (Timor)…230

Discurso de Agradecimento de Carlos Mariano Manuel pelo Prémio MIL Personalidade Lusófona 2023…237

PERIÓDICOS ETERNOS

GAZETA DO ROSSIO & GAZETA D’ALMADA OU O TELESCÓPIO PORTUGUÊS | Pedro Vistas…242

BIBLIÁGUIO

FENOMENOLOGIA DA RELIGIÃO | António Braz Teixeira…248

A HERESIA PORTUGUESA | Miguel Real…255

O ESPÍRITO CONTEMPORÂNEO | António Aresta…256

ORTEGA Y GASSET: A VIDA AO SERVIÇO DE SI MESMA SOB A FORMA DE RAZÃO | Renato Epifânio…261

HENRIQUE GABRIEL: IMAGÉTICA DO PENSAMENTO & PINTURA OBJECTUAL DE CULTO | José Manuel Anes…262

A INCOERÊNCIA DOS FILÓSOFOS | Maria Leonor Xavier…263

TRATADO DE VERSIFICAÇÃO PORTUGUESA | Júlio Amorim de Carvalho…266

A ESCRITA DO SUDOESTE OU CÓNIA: UMA ESCRITA PRÉ-ROMANA A SUL DA LUSITÂNIA | Rui Martins…268

ADEUS POR HOJE… CARTAS DE LUZIA PARA FERNANDA DE CASTRO E ANTÓNIO FERRO | Mafalda Ferro…270

DO QUE NÃO EXISTE | Natália Constâncio…272

POEMÁGUIO

À EXPEDIÇÃO LUSITÂNIA; CAMÕES, NOS SEUS 500 ANOS | Renato Epifânio…7

KRIOLU | Vera Duarte…76

LIBERDADE | Susana Marta Pereira…77

O HERMENEUTA DE CEUTA; NUMA LÁPIDE EM SEVILHA | Jesus Carlos…120

PARA ALÉM DAS PORTAS COLOSSAIS | António José Borges…121

ODE A ÁLVARO DE CAMPOS; ODE A RICARDO REIS | Alexandra Barreiros…150

ARTESANATO; ÁGUA DO RIO | Joel Henriques…194

ÉS TU | Maria Leonor Xavier…195

MAR; DESCONSTRUÇÃO; A FILOSOFIA DA MINHA POESIA | Samuel Dimas…228

CAMÕES; A PEDRO HOMEM DE MELLO; ASSIM, LEMBRO E ESCREVO | Manoel Tavares Rodrigues-Leal…241

MORADAS: CADERNO POÉTICO E VISUAL

Poemas de Jaime Otelo e Ilustrações de Gonçalo Dias…274

MEMORIÁGUIO…284

MAPIÁGUIO…285

ASSINATURAS…285

COLECÇÃO NOVA ÁGUIA…288

Para encomendar: info@movimentolusofono.org

21 Autores para a Filosofia Portuguesa do Século XXI



“21 Autores para a Filosofia Portuguesa do Século XXI”, in Letras ComVida: Literatura, Cultura e Arte, nº 4, 2º Semestre de 2011, pp. 18-66. 
https://2b434bd660.cbaul-cdnwnd.com/55972ade0135b6dbe03920fef94235b8/200000129-b9dcebad7f/Dossi%C3%AA%20Tem%C3%A1tico.pdf

Novo Livro Fundação Lusíada/ MIL: "António Quadros: nos 100 anos do seu nascimento"

 



ÍNDICE

ANTÓNIO QUADROS, INTÉRPRETE DA CULTURA BRASILEIRA | António Braz Teixeira

ANTÓNIO QUADROS E A FUNDAÇÃO LUSÍADA | Abel Lacerda Botelho

ANTÓNIO QUADROS E A AUTÓPSIA DA REVOLUÇÃO: NOTAS SOBRE A PÁTRIA (O SEU “IMPENSADO”) E A (“INSTITUCIONALIZAÇÃO” DA) CIDADANIA DEMOCRÁTICA | Alexandre Teixeira Mendes

A ESTÉTICA DO BAILADO EM ANTÓNIO QUADROS | Ana Margarida Chora

ANTÓNIO QUADROS MODERNISTA, COMO JANUS | Annabela Rita

ENTRE O LIRISMO E A PERPLEXIDADE: A OBRA POÉTICA DE ANTÓNIO QUADROS | António José Borges

ANTÓNIO QUADROS: DO ACTO À ESPIRAL | Artur Manso

O ESPAÇO, O TEMPO E A IMAGEM NO MOVIMENTO EXISTENCIAL DE ANTÓNIO QUADROS | César Tomé

ANTÓNIO QUADROS E A FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN: O ELOGIO DA LEITURA | Guilherme d’Oliveira Martins

PENSAMENTO E MOVIMENTO EM ANTÓNIO QUADROS | João Luís Ferreira

A FILOSOFIA DA HISTÓRIA PORTUGUESA EM ANTÓNIO QUADROS | Joaquim Domingues

ANTÓNIO QUADROS, FILÓSOFO DA ESPERANÇA DE PORTUGAL | Jorge Preto

ANTÓNIO QUADROS, O DISCÍPULO OCULTO DE JAIME CORTESÃO | José Almeida

A PAIXÃO DE ANTÓNIO QUADROS POR "FERNANDO P."| José António Barreiros

ANTÓNIO QUADROS E AARÃO DE LACERDA: UMA ESTÉTICA SIMBÓLICA (SÍNTESE COMPARATIVA) | José Carlos Pereira

ANTÓNIO QUADROS, HERMENEUTA DO PENSAMENTO PORTUGUÊS | José Esteves Pereira

ANTÓNIO QUADROS EMPREENDEDOR, HUMANISTA E PEDAGOGO: O IADE | Madalena Ferreira Jordão

ANTÓNIO QUADROS E O SIGNIFICADO DAS NARRATIVAS DO MARAVILHOSO | Manuel Cândido Pimentel

ANTÓNIO QUADROS E DELFIM SANTOS | Maria de Lourdes Sirgado Ganho

ANTÓNIO QUADROS E O CULTO DO ESPÍRITO SANTO | Maurícia Teles da Silva

ANTÓNIO QUADROS E ANTÓNIO TELMO: UM DIÁLOGO ENTRE LIVRES-PENSADORES | Pedro Martins

ANTÓNIO QUADROS E OUTROS VULTOS EVOCANTES DA TRADIÇÃO JOAQUIMITA: JOSÉ MARINHO, AGOSTINHO DA SILVA, ÁLVARO RIBEIRO, FERNANDO PESSOA, JAIME CORTESÃO, RAUL LEAL E NATÁLIA CORREIA | Renato Epifânio

O CONHECIMENTO SAUDOSO DA EXPERIÊNCIA MÍSTICA EM ANTÓNIO QUADROS E DALILA PEREIRA DA COSTA | Samuel Dimas

ANTÓNIO QUADROS: AS VANGUARDAS PORTUGUESAS E O SUPRA-PESSOA | Tomás Cunha

ANTÓNIO QUADROS: INFLUÊNCIAS FAMILIARES | Mafalda Ferro

"António Quadros: nos 100 anos do seu nascimento", coord. de António Braz Teixeira e Renato Epifânio, Lisboa, Fundação Lusíada/ MIL/ DG Edições, 2024, 238 pp. 

ISBN: 978-989-35619-0-4

Para encomendar: info@movimentolusofono.org

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

31 de Janeiro - Colóquio "Manuel Ferreira Patrício: Pensamento e Obra"

 

O Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora, em parceria com o Instituto de Filosofia Luso-Brasileira e o Movimento Internacional Lusófono, irá realizar, a 31 de Janeiro de 2025, um Colóquio sobre o Pensamento e Obra de Manuel Ferreira Patrício, que se tornou entretanto mais acessível com a recente edição das suas “Obras Escolhidas” (Ed. MIL, 6 volumes).
Caso pretenda participar neste Colóquio, a decorrer na Universidade de Évora, deverá enviar-nos (para: iflbgeral@gmail.com), até final de 2024, uma proposta de Comunicação com os seguintes dados: título; resumo; breve currículo.

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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Repertório da bibliografia filosófica portuguesa

Novo Livro MIL : "Ortega y Gasset: a vida ao serviço de si mesma sob a forma de razão", de Joaquim António Pinto...


Ortega y Gasset: a vida ao serviço de si mesma sob a forma de razão 

ATCL/ MIL, 2024, 96 pp.

ISBN: 978-989-35154-6-4

Depois de lermos este livro de Joaquim António Pinto, imediatamente ocorre-nos corrigir o conhecido dito: “De Espanha, nem bom vento nem bom casamento – mas, por vezes, bom pensamento”. É verdade que esse pensamento não tem sido devidamente conhecido e reconhecido – tanto quanto merece. Historicamente, isso justificou-se por uma razão óbvia: foi desde logo e sobretudo contra Espanha que Portugal conseguiu afirmar a sua independência. Hoje, porém, não nos parece que essa “sombra” tenha ainda alguma razão de ser. A Espanha não é já uma ameaça para Portugal. Podemos e devemos pois, assim, conhecer e reconhecer, sem qualquer complexo, a grandeza da cultura do nosso país vizinho.

Um dos vultos maiores da cultura espanhola de século XX foi, inequivocamente, José Ortega y Gasset. Apesar de ter chegado a residir em Portugal nos anos quarenta, o seu conhecimento e reconhecimento entre nós ainda não faz jus à sua grandeza. Ainda assim, Ortega y Gasset tem sido, provavelmente, o filósofo espanhol mais conhecido e reconhecido em Portugal, por mais que, muitas vezes, apenas pelo seu célebre dito: ”eu sou eu e minha circunstância”. Em geral, citado apenas assim, de forma truncada, sem o seu (essencial) aditamento: “e se eu não a salvo a ela [a circunstância] não me salvo a mim” (Meditaciones del Quijote, 1914).

Uma das pessoas que entre nós mais, nas últimas décadas, conheceu e reconheceu a grandeza da cultura do nosso país vizinho e, em particular, a grandeza filosófico-cultural de Ortega y Gasset foi Manuel Ferreira Patrício. Falecido em 2021, ainda nos lembramos bem do orgulho que tinha na sua biblioteca, em Montargil, onde salientava sempre as edições que tinha da obra de Ortega, nas muitas visitas que lhe fizemos. Na edição das suas Obras Escolhidas, que organizámos com Samuel Dimas, ele recorda, aliás, com detalhe, a forma como foi conhecendo e reconhecendo a grandeza da cultura do nosso país vizinho e, em particular, a grandeza filosófico-cultural de Ortega y Gasset (nomeadamente, in “Nótulas sobre a recepção da filosofia de Ortega y Gasset em Portugal e no espaço luso-brasileiro”, vol. VI, 2021).

Nesse texto, aliás, Ortega surge com o vulto maior “do lado castelhanófono”: “…já publiquei na NOVA ÁGUIA mais do que um ensaio defendendo a ideia de que é a hora de concebermos e organizarmos um novo Tratado de Tordesilhas: orientado para a união e não para a divisão. Ou seja: um Tratado que consagre a vontade estratégica dos Países lusófonos aliada à dos Países castelhanófonos para o século XXI. Não para negarmos ninguém. Apenas para nos afirmarmos a nós. Ouço com atenção Agostinho da Silva do lado lusófono. Mas ouço com igual atenção José Ortega y Gasset do lado castelhanófono. Nesta hora planetária perigosa, é bom ouvirmos o filósofo da circunstância: Yo soy yo y mi circunstancia y si no la salvo a ella no me salvo yo. Ortega é um mestre indispensável para este projecto.”.

Na esteira de Manuel Ferreira Patrício, Joaquim António Pinto brinda-nos com este livro, onde, começando por nos falar sobre a vida de Ortega, se detém depois no seu pensamento, à luz dos seguintes tópicos, desenvolvidos na primeira parte da obra: realismo e idealismo; o conceito de vida como realidade radical; as categorias de vida na filosofia da razão-vital; a vida como perspectiva; razão vital e razão histórica. Já na segunda parte da obra, problematiza os seguintes itens: a filosofia e o problema da verdade; geração e tempo histórico; filosofia e ciência; a possibilidade do conhecimento do todo; evidência e intuição; a subjectividade; as crenças vitais; os dados radicais do universo; a análise da consciência; a fenomenologia; a consciência como intimidade; a vida; uma nova ideia de realidade; e, por fim, a realidade radical. Num tempo de crescente massificação (leia-se: abaixamento) filosófico-cultural, eis, em suma, um livro de relevo, por tudo aquilo que nos revela, com rara clareza e rigor.

Renato Epifânio

Para encomendar: info@movimentolusofono.org

9 de Dezembro, na Biblioteca Nacional: "A Mensagem de Fernando Pessoa: Leituras Filosóficas"

Nos 90 anos do l

COLÓQUIO | 9 dez. '24 | 09h30-18h00 | Auditório | Entrada livre

 

No âmbito da comemoração dos 90 anos da publicação do livro Mensagem de Fernando Pessoa (1934), o presente colóquio pretende abrir um espaço de diálogo em torno da dimensão filosófica desta obra épico-lírica pessoana, tendo em vista uma perspetiva universalista do texto.A obra Mensagem de Pessoa desde cedo despertou o interesse da parte da exegese filosófica. Com efeito, ao longo dos poemas de Mensagem encontramos inúmeras temáticas como, entre outras, o Quinto Império, o Sebastianismo, o destino de Portugal que viriam a estar na origem de toda uma tradição interpretativa desse texto em autores como, só para mencionar alguns exemplos, Agostinho da Silva, Eduardo Lourenço e Miguel Real, que nos oferecem múltiplos sentidos para o alcance filosófico de uma das obras mais célebres de Fernando Pessoa.

 

Estes e outros pontos de vista em torno do livro Mensagem constituem-se como provas do alcance filosófico do texto. Assim, tendo por base os diversos caminhos abertos pela tradição filosófica interpretativa bem como novos pontos de vista filosóficos acerca do poema épico-lírico pessoano, o presente colóquio visa explorar as múltiplas perspetivas filosóficas abertas pela leitura de Mensagem de Fernando Pessoa.


 

PROGRAMA

 

9h40 - 10h00 Sessão de Abertura

 

10h00 - 11h20

"Mens ag(itat) (mol)em": a mensagem do título da Mensagem | Paulo Borges

 

Eduardo Lourenço, Fernando Pessoa e a Filosofia do Plano Mítico na Mensagem | Nuno Ribeiro

 

 

11h20 - 11h40 Coffee-break

 

 

11h40 - 13h00

Racionalidade Poética: A Revelação do Radical Invisível | Julia Alonso

 

Camões e Pessoa: memória, vaidade e viagem | Rui Maria Rego

 

 

13h00 - 14h30 Pausa para almoço

 

 

14h30 - 16h30

Mensagem e o (não) Desassossego | Fernando de Moraes Gebra

 

O destino e o Ser. Uma leitura do devir | Cinzia Russo

 

Mensagem e a Superação da Metafísica: Estética,  Hermenêutica, Dialéctica | Jorge Croce Rivera

 

 

16h30 - 16h50 Coffee-break

 

 

16h50 - 18h10

Mensagem por cumprir, 50 anos depois de Abril: entre Fernando Pessoa e Agostinho da Silva | Renato Epifânio

 

Pessoa, o rei-poeta e o rei-filósofo: D. Dinis e D. Duarte em Mensagem | Fabrizio Boscaglia

 

 

18h10-19h15

Apresentação do livro do próprio autor, Critical Lives: Fernando Pessoa (Reaktion Books, 2024) | Bartholomew Ryan

 

Qual mito, qual nada, qual tudo? 'Mensagem' 90 anos depois | Conversa-entrevista com Onésimo Teotónio Almeida, moderação: Fabrizio Boscaglia.

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Volume V d'A Via Lusófona...

Coligem-se aqui mais de meia centena de textos, todos eles, de forma mais ou menos directa, sobre a temática lusófona, textos que escrevemos nos últimos dois anos e que foram sendo publicados, de forma dispersa, em diversos jornais e revistas, bem como em outras plataformas digitais em que regularmente colaboramos. No seu conjunto, estes textos retratam bem – julgamos – os diversos planos em que a Lusofonia se deve cumprir: no plano cultural, desde logo, mas também nos planos social, económico e político. Só assim, cumprindo-se em todos estes planos, a Lusofonia – é nossa convicção – se cumprirá realmente e deixará de ser apenas um mote retórico e inconsequente, como ainda – importa reconhecê-lo – em grande medida é.


Para encomendar: info@movimentolusofono.org

Colecção Nova Águia: https://www.zefiro.pt/category/filosofia-nova-aguia

Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/

Plataforma de Associações Lusófonas


No âmbito dos nove Congressos da Cidadania Lusófona já realizados, foi lançada a PALUS: Plataforma de Associações Lusófonas, visando agregar as Associações da Sociedade Civil (independentes nos planos governativo, partidário e religioso) de todo o Espaço da Lusofonia. Como já foi mil vezes reiterado, todos teremos a ganhar com a afirmação da Sociedade Civil. A nosso ver, essa afirmação será tanto mais forte quanto mais se realizar em rede, à escala de todo o Espaço da Lusofonia. Assim se afirmará, em última instância, a Sociedade Civil Lusófona, grande desígnio estratégico do Século XXI.  

Para mais informações:

7 de Dezembro: HOMENAGEM A FERNANDA DE CASTRO

Cerimónia de Apresentação dos mais recentes livros de Fernanda de Castro, editados pela Fundação António Quadros, MEMÓRIAS (1906-1987) [com índice remissivo] e NÁUFRAGOS. Peça de Teatro em 3 actos [com estudos e documentos sobre a obra dramatúrgica da autora].


Participação de Eugénia Vasques, Francisco d’Orey Manoel, Isabel Quadros, Joana Leitão de Barros, Mafalda Ferro e Renato Epifânio.

Contamos consigo na Biblioteca da Misericórdia de Lisboa, Largo de S. Roque, no dia 7 de Dezembro, às 15h.