A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

Albufeira, Alcáçovas, Alcochete, Alcoutim, Alhos Vedros, Aljezur, Aljustrel, Allariz (Galiza), Almada, Almodôvar, Alverca, Amadora, Amarante, Angra do Heroísmo, Arraiolos, Assomada (Cabo Verde), Aveiro, Azeitão, Baía (Brasil), Bairro Português de Malaca (Malásia), Barcelos, Batalha, Beja, Belmonte, Belo Horizonte (Brasil), Bissau (Guiné), Bombarral, Braga, Bragança, Brasília (Brasil), Cacém, Caldas da Rainha, Caneças, Campinas (Brasil), Carnide, Cascais, Castro Marim, Castro Verde, Chaves, Cidade Velha (Cabo Verde), Coimbra, Coruche, Díli (Timor), Elvas, Ericeira, Espinho, Estremoz, Évora, Faial, Famalicão, Faro, Felgueiras, Figueira da Foz, Freixo de Espada à Cinta, Fortaleza (Brasil), Guarda, Guimarães, Idanha-a-Nova, João Pessoa (Brasil), Juiz de Fora (Brasil), Lagoa, Lagos, Leiria, Lisboa, Loulé, Loures, Luanda (Angola), Mafra, Mangualde, Marco de Canavezes, Mem Martins, Messines, Mindelo (Cabo Verde), Mira, Mirandela, Montargil, Montijo, Murtosa, Nazaré, Nova Iorque (EUA), Odivelas, Oeiras, Olhão, Ourense (Galiza), Ovar, Pangim (Goa), Pinhel, Pisa (Itália), Ponte de Sor, Pontevedra (Galiza), Portalegre, Portimão, Porto, Praia (Cabo Verde), Queluz, Recife (Brasil), Redondo, Régua, Rio de Janeiro (Brasil), Rio Maior, Sabugal, Sacavém, Sagres, Santarém, Santiago de Compostela (Galiza), São Brás de Alportel, São João da Madeira, São João d’El Rei (Brasil), São Paulo (Brasil), Seixal, Sesimbra, Setúbal, Silves, Sintra, Tavira, Teresina (Brasil), Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Trofa, Turim (Itália), Viana do Castelo, Vigo (Galiza), Vila do Bispo, Vila Meã, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de São Bento, Vila Real, Vila Real de Santo António e Vila Viçosa.
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domingo, 13 de junho de 2010

Reeleição das deputadas do Partido Pelos Animais holandês



A Comissão Coordenadora do PPA fez hoje chegar ao seu congénere holandês, o Partij voor de Dieren, felicitações pela reeleição das suas duas deputadas no acto eleitoral do passado dia 9, um resultado que consolida a sua posição na política holandesa e é reflexo da crescente importância da causa animal e da qualidade do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo PvdD desde que alcançou assento parlamentar em 2006.

Aproveitámos ainda para desejar-lhes a continuação do seu excelente trabalho em defesa dos animais, apesar de todas as dificuldades que possam surgir. O Partij voor de Dieren é um orgulho para a causa animal e esperamos que o seu sucesso venha a ser seguido, a curto prazo, por outros partidos pelos animais da Europa e de todo o mundo, para que juntos possamos lutar por um mundo melhor e mais saudável para todos os seres sencientes.

A Comissão Coordenadora do Partido Pelos Animais

Versão integral da entrevista de Paulo Borges e Fernanda Roxo (PPA) ontem parcialmente publicada no "Jornal de Notícias"



1 - Como surgiu o Partido Pelos Animais?

A ideia surgiu da constatação de que a defesa dos direitos dos animais tem de passar por uma intervenção jurídica e política que terá mais força e visibilidade se for levada a cabo por um Partido com representação na Assembleia da República e que dê voz às aspirações das associações animalistas e ambientalistas. Surgiu da constatação de que vivemos num dos países mais atrasados da Europa no que respeita ao reconhecimento dos direitos dos animais e de que nenhuma força política existente tem feito alguma coisa pelos seres sencientes mais desprotegidos do planeta. Após vários meses de amadurecimento da ideia, decidimos avançar em Maio de 2009. A proposta de proibição de animais selvagens nos circos havia sido recentemente chumbada na Assembleia da República e, também por essa razão, sentimos que este projecto era necessário e urgente, pelo que não fazia sentido adiá-lo. O PPA assume-se como a grande novidade na política portuguesa desde o 25 de Abril de 1974, um Partido Inteiro, que luta pelo bem de tudo e todos, a natureza e os seres vivos, humanos e não humanos.

2 - Têm conseguido obter o apoio que precisam para formalizar a inscrição do partido junto do Tribunal Constitucional?

Sim, felizmente o projecto foi recebido, desde o primeiro momento, com um enorme entusiasmo. Com o apoio de centenas de voluntários que recolheram assinaturas por todo o país, continente e ilhas, e muitos cidadãos empenhados de forma espontânea e desinteressada na divulgação do partido, já entregámos cerca de 10000 assinaturas, mais do que as 7500 necessárias à formalização do PPA junto do Tribunal Constitucional, a qual aguardamos a todo o momento.

3 - O que pretendem fazer ou ver realizado depois de ser conhecidos como partido político?

O grande propósito do PPA é introduzir a questão animal na esfera política, recusando a habitual desculpa das "outras prioridades". Acreditamos firmemente que, se os políticos forem frequentemente confrontados com a necessidade de discutir e reflectir sobre esta questão, acabarão por constatar a triste realidade e compreender que não é preciso muito mais do que vontade política para a transformar completamente. A nossa grande bandeira é a luta pela consagração na Constituição da República Portuguesa do direito dos animais à vida e ao bem-estar, alterando depois o Código Civil, para que estes deixem de ser encarados como meros objectos. As nossas propostas serão muitas e inovadoras, e temos inclusivamente contado com o apoio de dezenas de associações de cariz animal e ambiental, que nos têm enviado a sua preciosa contribuição, resultante de anos e anos de experiência. A dedução das despesas com os animais de estimação no IRS, a remodelação do funcionamento dos canis municipais e o apoio à agro-pecuária extensiva são alguns exemplos das nossas ideias. Outro ainda é a promoção de alternativas ao consumo excessivo de carne praticado pela maioria da população portuguesa, que, para além do sofrimento animal, acarreta ainda sérios malefícios para a saúde e contribui de forma muito significativa para as alterações climáticas e a degradação do meio ambiente.

4 - Considera que os partidos existentes deixam um pouco de lado os direitos dos animais?

Sem qualquer dúvida. Aliás, foi precisamente por isso que sentimos a necessidade de avançar com este projecto. Dos 16 partidos e coligações que se apresentaram às últimas eleições legislativas, apenas um incluía no seu programa algumas medidas de promoção do bem-estar animal, numa iniciativa que naturalmente aplaudimos, apesar do conservadorismo das medidas propostas, na altura abordado pelo PPA no nosso website. É manifestamente pouco. E o desprezo pela temática animal assume particular gravidade se repararmos que alguns desses partidos propalam a sua suposta orientação ecologista. "Ecologia", como muitos saberão, deriva do grego "oikos", que significa "casa". Um ecologista é alguém que defende o ambiente em que vivemos, o nosso planeta, a nossa casa. Uma casa da qual, segundo os partidos políticos portugueses, os animais ficam à porta. A desculpa são sempre as "outras prioridades". É óbvio que há outras prioridades, sempre haverá. Mas é exactamente por haver tantas prioridades distintas que o Estado tem dezenas de ministros e secretários de estado e milhares de funcionários, para que possa tratar de vários temas ao mesmo tempo. E é isso que nós, enquanto cidadãos, temos o dever de exigir.

5 - Como tem sentido a evolução da sociedade perante os animais?

Não dispomos de números que nos indiquem essa evolução de forma objectiva, mas felizmente cremos que tem havido uma evolução positiva na forma como a sociedade portuguesa vê e trata os animais. Embora de forma lenta, são cada vez mais os portugueses que tomam consciência de que a forma como os animais em geral são tratados no nosso país não é aceitável e assumem a sua motivação para lutar contra essa situação. Mas ainda é muito pouco. Temos que unir-nos e continuar a lutar.

6 - Não acha que falta uma nova mentalidade capaz de permitir uma relação de respeito e proximidade com os animais e a natureza?

É interessante que falem em "nova" mentalidade. De facto temos a noção, e deixamos claro no nosso manifesto, que a visão do PPA vem introduzir um novo paradigma mental, ético e civilizacional na política nacional. Uma "nova" mentalidade, efectivamente, que torne a humanidade mais fraterna e solidária do universo em que vive e de todas as formas de vida com que convive. O ser humano deve compreender que não é dono e senhor dos animais e da natureza, que também tem o seu lugar no ecossistema e que o equilíbrio desse mesmo ecossistema é essencial à sua própria sobrevivência. Além disso, os animais, enquanto seres sencientes, têm dignidade intrínseca e merecem ser respeitados independentemente disso ser essencial à sustentabilidade do ecossistema e à sobrevivência do ser humano ou não. É urgente combater o especismo, que, tal como o racismo, o sexismo e tantas outras formas de discriminação, não é mais do que a crença, obviamente equivocada, de que se é superior e se tem o direito a maltratar, oprimir e explorar outros seres só por se ter mais poder, um diferente tipo de inteligência ou pertencer a uma raça, sexo ou espécie diferentes. É importante, sobretudo, que as pessoas reflictam sobre este tema, pois o mais provável é que nunca o tenham feito, acomodadas que estão à ideia estabelecida de que os animais são coisas, mercadoria, objectos decorativos, a sua carne é comida, a sua pele é tecido. É preciso encorajar as pessoas a questionar o estabelecido. É por essa razão que o PPA pretende ser, mais do que um simples partido político, uma força de intervenção, informação, sensibilização, consciencialização e mobilização dos portugueses na temática animal e não só.

7 - A preocupação em criar leis para defender os animais de todos os tipos de exploração é a única forma para demonstrar uma atitude equilibrada com o planeta?

Não é seguramente a única forma, mas é uma forma muito importante. Pessoalmente, cada um de nós deve demonstrar essa atitude equilibrada em cada dia, nas suas acções e nas suas escolhas. As empresas e outras entidades têm também diversas formas de demonstrar essa atitude equilibrada perante o planeta. Quanto aos Estados, as duas formas essenciais de fazê-lo são através da educação e da legislação. Se é verdade que a primeira tem muito poder e muito poderá e deverá ser feito nessa área, a segunda é também absolutamente fulcral. A melhor forma de um Estado mostrar que se preocupa com os animais e o ambiente é ter uma legislação justa e actualizada nesses âmbitos e assegurar-se do seu cumprimento. Se é o próprio Código Civil a considerar que os animais são meros objectos, dificilmente se poderá esperar que sejam tratados de outra forma. Por essa razão, como já foi mencionado, a nossa prioridade é consagrar na Constituição da República Portuguesa o direito dos animais à vida e ao bem-estar. A partir daí terá de se alterar o Código Civil, o que resultará na criminalização dos maus-tratos, abandonos, etc., que hoje são considerados meras contra-ordenações, raramente punidas. E daí virão todas as consequências, a nível social, económico e político, tornando-se possível introduzir progressivamente melhorias no modo como os animais são tratados, até à desejável abolição de todo o seu sofrimento.

8 - Qual a sua opinião em geral do voluntariado (aos animais) que é feito, um pouco por todo o pais?

Naturalmente acompanhamos de perto o trabalho desenvolvido pelas dezenas de associações e centenas de indivíduos em nome particular que dedicam tempo, dinheiro e muito esforço à causa animal. Aliás, muitas das pessoas envolvidas no PPA estão ligadas a associações de defesa dos animais. Reconhecemos a heróica dedicação desses voluntários, mas a realidade é que a sua função, no contexto actual, é a de tentar tapar um buraco sem fundo. Enquanto não houver transformações de fundo na temática animal, enquanto os animais forem coisas e maltratá-los ou abandoná-los não for crime, enquanto os canis municipais forem campos de concentração, enquanto não houver uma aposta séria na esterilização, nada mudará. Aplaudimos a dedicação de todas essas pessoas, e agradecemos-lhes em nome dos milhares de animais que vão salvando, mas os milhares que aparecem todos os dias a necessitar de salvação são a prova de que é preciso mais. É preciso melhor legislação, mais fiscalização e mais apoio do Estado às associações, além de uma forte estratégia de sensibilização da população. É preciso atacar a causa e não o efeito. Só assim poderemos solucionar o grave problema dos animais de companhia em Portugal.

9 - Com todos os avanços da ciência, pesquisas mostram que o convívio com os animais é considerado um dos melhores recursos terapêuticos. Qual é a sua opinião?

É muito bem-vinda essa validação científica da importância dos animais enquanto recursos terapêuticos. Além dos programas de terapia assistida com animais, sejam cães, cavalos, golfinhos ou outras espécies, qualquer pessoa que já tenha convivido com animais sabe, e a ciência também já o demonstrou, que o simples convívio com um animal de estimação tem efeitos muito positivos na vida quotidiana. Um animal é uma companhia, um amigo, até mesmo um factor de união entre as famílias, segundo alguns estudos. O convívio com animais de estimação é excelente para a saúde, pois reduz o stress, a ansiedade e a pressão arterial. Pessoas que moram com animais de estimação adoecem menos vezes, vão menos vezes ao médico e convalescem mais rapidamente. Ao contrário do que diz o senso comum, as crianças que crescem com animais de estimação são menos propensas a vários tipos de alergias. Crescer com um animal de companhia torna as crianças mais responsáveis e promove a sua auto-estima e empatia, inclusivamente para com outros seres humanos. Alguns estudos demonstram mesmo que as crianças que crescem com animais de estimação têm uma maior probabilidade de virem a ser adultos bem sucedidos. Para os idosos, ter um animal de estimação estimula o raciocínio e o sentido de responsabilidade e promove a actividade física e social. Segundo várias pesquisas, as pessoas que convivem com animais de estimação são mais produtivas no trabalho, e várias empresas estão a abrir as suas portas aos animais de estimação dos seus funcionários, pois acreditam que essa medida não só aumenta a produtividade, mas também reduz o absentismo e melhora o ambiente entre colegas. Em estabelecimentos prisionais, estudos demonstraram que os reclusos a quem foi concedida a possibilidade de cuidar de um animal de estimação se tornaram menos violentos e mais responsáveis. Tudo isto está documentado, e poderíamos falar de muitas outras questões, como a possibilidade de alguns cães serem capazes de detectar doenças, que a ciência se encontra ainda a investigar. Estas são apenas mais algumas das muitas razões pelas quais devemos respeitar e proteger os animais, como seres vivos e sencientes que são, que connosco partilham o planeta e com quem devemos viver em harmonia, para benefício de todos.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Eis o que pensa um candidato ao poder em Portugal... O que pensar disto!?...

Partidos Pelos Animais em todo o mundo




A par do Partido Pelos Animais que estamos neste momento a estabelecer em Portugal, há diversas outras forças políticas dedicadas à defesa dos animais por todo o planeta. A mais proeminente é sem dúvida o Partij voor de Dieren, o Partido Pelos Animais holandês (que já conseguiu eleger dois deputados e um senador, bem como 17 representantes a nível regional e local), mas há vários outros partidos criados para dar voz à causa animal na esfera política dos seus países.

Em Espanha, o PACMA - Partido Antitaurino contra el Maltrato Animal já ultrapassou a barreira dos 40.000 votos e está muito próximo de conquistar um assento parlamentar. Na Itália foi criado o Partito Animalista Italiano, na Áustria e na Alemanha existem os respectivos Tierrechtspartei (Partido pelos Direitos dos Animais), no Canadá o Animal Alliance Environment Voters Party of Canada (Aliança Animal Eleitores pelo Ambiente) e em Israel o Latet Lihyot (Deixa Viver).

Apesar de já terem alcançado algum sucesso, trata-se de partidos muito jovens e com uma enorme margem de progressão. O seu surgimento é mais uma prova da crescente valorização dos animais na nossa sociedade e mais uma indicação de que estamos no caminho certo. O futuro será de harmonia e respeito pelos animais e pela Natureza - basta que nos disponhamos a lutar por isso. Registamos aqui o nosso agradecimento e apoio a todos os partidos pelos animais que estão connosco nessa luta, por todo o Mundo.

Mas dirigimos uma palavra especial àqueles que hoje se encontram onde nos encontrávamos há pouco mais de seis meses. Àqueles que lançam agora a primeira pedra de um projecto arrojado mas absolutamente fundamental. Falamos especificamente do Partido Pelos Animais - Brasil, do Parti Pour Les Animaux, da França, e do Animal Justice Party, da Austrália. Desejamos que tenham a força necessária para enfrentar os obstáculos com que se depararão e esperamos que, tal como nós, encontrem na população dos seus respectivos países o apoio essencial à consecução dos seus objectivos.

Parabéns a todos pela coragem e determinação. Vamos em frente. Por Partidos Inteiros, ao serviço do bem de todos, animais humanos e não humanos!

www.partidopelosanimais.com

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Hoje, 18 h, Jornada em prol dos Direitos dos Animais e do Bem do Planeta



Hoje, 3ª feira, dia 9, pelas 18 h, será exibido no Anfiteatro III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa o documentário "Meat the Truth - Uma Verdade Mais Do Que Inconveniente", que mostra o impacto da indústria da carne sobre o aquecimento global e o sofrimento dos animais. Uma verdade encoberta pela nossa ignorância e pelos grandes interesses económicos que devastam a vida e o planeta.

No final haverá um debate, moderado pela Drª Maria João Coutinho, com a presença de Pedro Sena, do Partido Pelos Animais, e de Paulo Daniel, da Associação Vegetariana Portuguesa.

Vejam e reflictam por vocês mesmos. A entrada é livre.

Eu estarei em directo na SIC Mulher, entre as 19 e as 20 h, para falar dos Direitos dos Animais, em representação do Partido pelos Animais, junto com Miguel Moutinho, da Associação Animal, e o actor Heitor Lourenço.

"Este livro é contra a tirania dos animais humanos sobre os não-humanos. Esta tirania provocou e provoca ainda hoje dor e sofrimento só comparáveis àqueles resultantes de séculos de tirania dos humanos brancos sobre os humanos negros. A luta contra esta tirania é uma luta tão importante como qualquer das causas morais e sociais que foram defendidas em anos recentes" - Peter Singer, Libertação Animal, Prefácio à edição de 1975, Porto, Via Óptima, 2008, 2ª edição, p.I.

sábado, 19 de dezembro de 2009

As alterações climáticas, o consumo de carne e a solução vegetariana - Comunicado à Imprensa do Partido Pelos Animais

Até ao próximo dia 18 de Dezembro realiza-se em Copenhaga a Conferência das Nações
Unidas sobre as Alterações Climáticas, momento fundamental na definição do rumo do
planeta, que o Partido Pelos Animais naturalmente aplaude, sobretudo pelo envolvimento dos mais importantes líderes políticos mundiais e pela sempre positiva exposição mediática de que o tema está a ser alvo. Contudo, e porque os olhos do Mundo se viram nesta altura para Copenhaga e para a Dinamarca, não podemos deixar de recordar os milhares de baleias e golfinhos massacrados anualmente nas Ilhas Faroé em nome de uma bárbara tradição, repudiando que práticas deste género possam persistir no século XXI perante a conivência da coroa dinamarquesa, que detém soberania sobre o arquipélago.

O Partido Pelos Animais tem acompanhado a Conferência de forma atenta e interessada e
pretende por isso manifestar a sua preocupação perante a atenção quase exclusiva dedicada ao dióxido de carbono, votando à indiferença outros gases com efeito de estufa e, acima de tudo, outras possíveis soluções para as alterações climáticas. Estamos absolutamente de acordo com a noção de que a redução das emissões de dióxido de carbono é uma prioridade a que todos os países devem dedicar atenção e investimento, mas preocupa-nos a irrelevância atribuída a outros gases, nomeadamente ao metano, até por se tratar daquele cujas emissões seria, provavelmente, mais fácil reduzir.

O metano é um gás cujo potencial de aquecimento global é de 25, ou seja, cada partícula de metano contribui para o aquecimento global 25 vezes mais do que uma partícula de dióxido de carbono. Embora as emissões de metano para a atmosfera sejam consideravelmente inferiores às de dióxido de carbono, a sua influência nas alterações climáticas é determinante e está rigorosamente documentada. Além disso, mais de metade das emissões de metano devem-se a actividades humanas,
enquanto para o dióxido de carbono essa proporção é inferior a 5%. Por essa razão, a
redução das emissões de metano teria um impacto muito mais significativo na sua
concentração na atmosfera do que a redução das emissões de dióxido de carbono. Assim,
apontar baterias para a redução das emissões de origem antropogénica de metano é tão ou mais importante para o futuro da Terra do que no caso do dióxido de carbono.

A maior fonte de metano de origem antropogénica é a agropecuária
intensiva, em particular o sistema digestivo dos ruminantes. O consumo massivo de carne por grande parte da população ocidental alimenta hoje uma indústria altamente poluente, que além das emissões´de metano contribui também largamente para a poluição dos lençóis freáticos e é responsável por 91% da desflorestação da Amazónia desde 1970 o que por sua vez favorece também a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera.

Pelo exposto, o Partido Pelos Animais, a par de diversas organizações de todo o mundo e de Sir Paul McCartney, que discursou sobre o tema perante o Parlamento Europeu há duas semanas, acompanhado e apoiado pelo Prof. Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas, assume
a sua convicção de que a melhor forma de lutar contra as alterações climáticas é promover activamente a redução do consumo de carne.

Além dos óbvios benefícios para a saúde e em termos de direitos dos animais, é hoje claro que optar por uma dieta sem carne, ou pelo menos diminuir o seu consumo, é uma das decisões individuais com maior e mais positivo impacto ambiental. Por esse motivo, cabe às entidades políticas nacionais e internacionais a divulgação clara desses dados e a sensibilização das populações para essa necessidade. O Partido Pelos Animais considera que esta questão não deveria, de modo algum, estar ausente da agenda da Conferência de Copenhaga, pelo que aqui regista a sua veemente discordância.

De acordo com o seu Manifesto e Declaração de Princípios, o Partido Pelos Animais assume o compromisso de informar os cidadãos e convidá-los à reflexão sobre esta matéria. Nesse âmbito, avançámos recentemente com uma proposta para um Dia Vegetariano por semana, à 3ª feira, confiando na adesão de todos aqueles que partilham das nossas preocupações ecológicas e com o bem-estar dos animais. Insistiremos continuamente na crucial importância deste tema, na expectativa de que não volte a ser excluído do debate político, social e mediático sobre as alterações climáticas e as grandes questões ambientais.

Quartafeira, 16 de Dezembro de 2009

A Comissão Coordenadora do Partido Pelos Animais

Para mais informações contacte:

Paulo Borges
918113021

www.partidopelosanimais.com
geral@partidopelosanimais.com

Fontes:
Intergovernmental Panel for Climate Change, Working Group I (2001). Climate Change 2001:
The Scientific Basis. Contribution of Working Group I to the Third Assessment Report of the
IPCC [versão electrónica]. Cambridge University Press. Cambridge e Nova Iorque. Acedido
em 14 de Dezembro de 2009.
http://www.grida.no/publications/other/ipcc_tar/
Intergovernmental Panel for Climate Change, Working Group I (2007). Climate Change 2007:
The Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to the Fourth Assessment Report
of the IPCC [versão electrónica]. Cambridge University Press. Cambridge e Nova Iorque.
Acedido em 14 de Dezembro de 2009.
http://www.ipcc.ch/publications_and_data/publications_ipcc_fourth_assessment_report_wg1_r
eport_the_physical_science_basis.htm
Livestock a major threat to environment (2006, 29 de Novembro). FAO Newsroom. Acedido
em 14 de Dezembro de 2009.
http://www.fao.org/newsroom/en/news/2006/1000448/index.html
Margulis, Sergio (2004). World Bank Working Paper No. 22: Causes of Deforestation of the
Brazilian Amazon [versão electrónica]. The World Bank. Washington, D. C.. Acedido em 14 de
Dezembro de 2009.
http://wwwwds.
worldbank.org/servlet/WDSContentServer/WDSP/IB/2004/02/02/000090341_2004020213
0625/Rendered/PDF/277150PAPER0wbwp0no1022.pdf
Mohr, Noah (2005). A New Global Warming Strategy: How Environmentalists are Overlooking
Vegetarianism as the Most Effective Tool Against Climate Change in Our Lifetimes [versão
electrónica]. EarthSave International. Acedido em 14 de Dezembro de 2009.
http://www.earthsave.org/news/earthsave_global_warming_report.pdf
Steinfeld, H., Gerber, P., Wassenaar, T., Castel, V., Rosales, M. e de Haan, C. (2006).
Livestock's long shadow Environmental
issues and options [versão electrónica]. FAO. Roma.
Acedido em 14 de Dezembro de 2009.
http://www.fao.org/docrep/010/a0701e/a0701e00.htm

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Declaração de Princípios do Partido Pelos Animais, um Partido Inteiro



O texto que se segue é a Declaração de Princípios do Partido Pelos Animais entregue na passada Sexta-feira no Tribunal Constitucional e que agora partilhamos com os nossos apoiantes e demais interessados. Ao longo dos próximos meses continuaremos a trabalhar no seu desenvolvimento, com vista à definição de um programa político, para o qual contamos com as vossas sugestões e contribuições, que desde já agradecemos.

O PPA representa o surgimento na política portuguesa do novo paradigma mental, ético e civilizacional que se impõe para o bem do planeta e de todos os seus habitantes, humanos e não-humanos.

Declaração de Princípios do Partido Pelos Animais

1 – O PPA é uma associação política que visa transformar a mentalidade e a sociedade portuguesa e contribuir para a transformação do mundo de acordo com os fundamentais valores éticos e ambientais, tornados ainda mais imperativos no século XXI, quando o desenvolvimento tecnológico da humanidade permite um impacto sem precedentes na biosfera planetária que compromete as gerações futuras e a sobrevivência das várias espécies, incluindo a humana, conforme é cientificamente reconhecido. Pela sua maior capacidade de intervenção sobre a natureza, o meio ambiente e os seres sencientes, bem como pela sua possibilidade de livre arbítrio, memória, previsão e opção ética, o homem é o responsável pela harmonia ecológica e pelo bem-estar dos seres vivos. Assumindo que todos os seres sencientes, humanos e não-humanos, são interdependentes no seio de um mesmo ecossistema e têm um principal interesse comum, o de satisfazerem as suas necessidades vitais, não sofrerem e experimentarem sensações e sentimentos de prazer, segurança, bem-estar e felicidade, o PPA visa criar as condições jurídicas e políticas, na sociedade humana, para que esse direito lhes seja reconhecido e isso aconteça o mais possível.

Consciente de representar o surgimento na política nacional de um novo paradigma mental, ético, cultural e civilizacional, emergente em todo o mundo, o PPA rege-se pelo princípio da não-violência, mental, verbal e física, e lutará firmemente pelos seus princípios contra ideias e práticas e nunca contra pessoas. O PPA assume-se como um partido inteiro, que visa promover o bem de todos, humanos e não-humanos, e não apenas de alguns.


2 – O antropocentrismo e especismo dominantes na história da civilização, aliados ao egocentrismo individual e colectivo e acentuados e potenciados no mundo moderno e contemporâneo pelo poder tecnológico, com a exploração desenfreada dos recursos naturais e a instrumentalização dos animais não-humanos para fins alimentares, científicos, de trabalho, vestuário e divertimento, sem qualquer consideração pela sua qualidade de seres vivos e sencientes, têm vindo a causar um grande desequilíbrio ecológico, uma diminuição crescente da biodiversidade e um enorme sofrimento. Esta situação é inseparável de todas as formas de opressão e exploração do homem pelo homem, mas está longe do reconhecimento, denúncia e combate de que estas felizmente têm sido alvo. Considerar normal infligir sofrimento aos animais é uma situação moral e eticamente inaceitável e que lesa a própria humanidade, a todos os níveis, desde o plano ambiental e económico – os processos implicados na alimentação carnívora são uma das principais causas do aquecimento global, ao que se juntam os custos da produção intensiva de animais para abate, a poluição e o acelerado esgotamento dos recursos naturais - ao do seu bem-estar e saúde física e mental, pondo mesmo em risco a sua sobrevivência. Perante a interdependência de todas as formas de vida num único ecossistema, as agressões à natureza, ao meio ambiente e aos animais são agressões da humanidade a si mesma.


3 – Por este motivo, e embora não se limite a essa questão, o PPA considera ser central e urgente, por motivos éticos e para o bem da própria humanidade, uma mutação profunda da sua relação com a natureza, o meio ambiente e os animais, privilegiando-se a harmonia ecológica, o desenvolvimento sustentado e a diminuição progressiva da exploração, dor, medo e stress a que os animais são hoje sujeitos pelo homem, visando-se a sua total abolição. Defender a natureza, o meio ambiente e os animais não humanos é defender o homem, não fazendo qualquer sentido separar as duas esferas de interesses. A luta contra todas as formas de discriminação, opressão e exploração do homem pelo homem deve ampliar-se à libertação dos animais e à defesa da natureza e do meio ambiente, sem o que perde fundamentação, coerência e valor ético.

A diversidade da inteligência humana, permitindo-lhe uma maior antecipação do futuro e das consequências das suas acções, bem como uma maior distância reflexiva perante as emoções, os impulsos e os instintos vitais de sobrevivência, permite-lhe uma maior liberdade de decidir como agir, uma maior consciência dos resultados dessas decisões e acções para os outros seres sencientes e uma maior sensibilidade e abertura às necessidades e interesses dos membros de outras espécies. Tudo isto torna o ser humano responsável por optar pelo egocentrismo especista, ou por não questionar as suas ideias, comportamentos e hábitos especistas, sacrificando os não-humanos com prazer e indiferença. Ao fazê-lo, aceitando como normal e natural fazer sofrer outros seres sencientes, está a degradar a sua humanidade, reforçando hábitos e tendências que mais facilmente o levarão a agir do mesmo modo em relação aos seres humanos.

O PPA defende uma sociedade onde todos os seres sencientes, humanos e não humanos, possam viver numa harmonia tão ampla quanto possível, com bem-estar e felicidade. Os interesses humanos e animais devem ser igualmente tidos em consideração e procurar-se a solução eticamente mais justa quando pareçam estar em conflito, tendo em conta as suas especificidades. No que respeita às históricas tomadas de consciência moral e ética da humanidade, a recusa do esclavagismo, do racismo e do sexismo deve completar-se com a da discriminação baseada na espécie, pois os preconceitos esclavagistas, racistas, sexistas e especistas têm uma mesma natureza injustificável: presumir-se superior e com direito a maltratar, oprimir e explorar outros seres só por se ter mais poder, um diferente tipo de inteligência ou pertencer a uma raça, sexo ou espécie diferentes.


4 – Portugal tem uma legislação escandalosamente atrasada e deficiente no que respeita aos animais, cujo estatuto jurídico é o de meros objectos (maltratar ou tirar a vida a um animal é apenas atentar contra o património do seu proprietário, se o tiver, sendo objecto de uma mera contra-ordenação). Isto é contrário ao senso comum e à comprovação científica da senciência animal, bem como chocante em termos morais e éticos, além de contradizer a sensibilidade da maioria da população e o que está estatuído na lei fundamental da União Europeia, que exorta os estados-membros a ter “plenamente em conta as exigências em matéria de bem-estar dos animais” (Protocolo relativo à protecção e ao bem-estar dos animais, anexo ao Tratado de Amesterdão). O PPA defende a consagração na Constituição da República Portuguesa da senciência dos animais e do seu direito à vida e ao bem-estar, usufruindo do habitat e da alimentação adequados. Essa é a medida de fundo que tornará possíveis todas as suas consequências jurídicas - nomeadamente a criminalização dos atentados contra a sua vida, abandonos e maus-tratos - , políticas e económicas, em todas as actividades humanas que impliquem a relação com os animais.

Deve acontecer o mesmo em todas as leis fundamentais da União Europeia. O PPA apoia todas as iniciativas conducentes a uma Declaração Universal das Nações Unidas que consagre os direitos dos animais e a promoção de meios para a efectivação do seu respeito.

Enquanto a legislação portuguesa a respeito dos animais não for alterada, o PPA defende uma efectiva aplicação da lei existente, apesar das suas gritantes limitações, e a punição dos seus infractores, o que actualmente raramente se verifica por deficiente intervenção e motivação das autoridades policiais e jurídicas. Nesse sentido, propomos a criação de uma unidade policial especificamente voltada para as questões animais, a exemplo do que sucede com o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente.

5 - O PPA defende a proibição imediata de todas as actividades de entretenimento que causem sofrimento animal, tais como as touradas, as chegas de bois, os rodeos, entre outras. A tradição não pode ser vista como um argumento em si mesmo, já que é precisamente o abandono de tradições inadequadas que caracteriza a evolução das sociedades.

A proibição defendida pelo PPA estende-se aos produtos cuja origem implica sofrimento animal extremo, como é o caso do foie gras e das peles.



6 - É imperativo que Portugal, a Europa e o Mundo caminhem no sentido da abolição total da experimentação em animais, apostando fortemente no desenvolvimento de métodos alternativos e encorajando as empresas a assumirem o compromisso do abandono progressivo dos testes em animais, através da chamada política dos 3 R: Replacement (Substituição), Reduction (Redução), Refinement (Refinamento). É necessário definir uma estratégia clara, que inclua a determinação de prazos, de modo a que a progressiva redução dos testes em animais seja um verdadeiro objectivo e não apenas uma aspiração. Todo o processo deverá pautar-se pelo rigor e pela transparência e deverão ser criadas uma comissão de ética com poderes de fiscalização e uma comissão de estudo com o objectivo de avaliar e desenvolver métodos de experimentação alternativos, às quais deverá ser atribuído financiamento adequado.



7 – Consciente de não ser possível alterar imediatamente os hábitos alimentares da população portuguesa, o PPA defende uma progressiva diminuição dos seus efeitos negativos sobre o meio ambiente, a saúde pública e a vida e bem-estar de homens e animais mediante várias medidas:
a) divulgação da possibilidade de se viver saudavelmente com uma alimentação não-carnívora, vegetariana e vegan e das suas vantagens em termos de não causar sofrimento aos seres sencientes, do equilíbrio ambiental e do sabor, diversidade e riqueza.
b) Redução das taxas sobre os produtos de origem natural e biológica.
c) Obrigatoriedade dos restaurantes oferecerem pelo menos um prato vegetariano.
d) Opções vegetarianas em todas as cantinas escolares e das instituições públicas.
e) Incentivo e apoio ao surgimento de lojas de produtos naturais, biológicos e restaurantes vegan-vegetarianos, sobretudo no interior do país.
f) Incentivo e apoio à agro-pecuária extensiva.
g) Eliminação progressiva da produção de ovos em aviário, acompanhada de promoção das empresas com produção de ovos de galinhas criadas ao ar livre.


8 - Além do direito à vida e ao bem-estar que reclamamos para todos os animais, o PPA reclama o reconhecimento social e jurídico da posição dos animais de estimação nas famílias que os acolhem e a valorização dos comprovados benefícios do convívio com os mesmos a nível da saúde psicológica de crianças e adultos. É necessário assegurar, tanto quanto possível, que as famílias sejam capazes de manter os seus animais de estimação mesmo em situações de dificuldade financeira, até porque o seu abandono encerra preocupações a nível de saúde pública e representa um encargo para o Estado. Assim, propomos a criação de hospitais veterinários comparticipados pelo Estado em Lisboa e Porto, que sirvam as populações mais carenciadas, a possibilidade de dedução de medicamentos e cuidados veterinários, bem como despesas com alimentação de animais de estimação, em sede de IRS, e o apoio aos cidadãos com baixos rendimentos e idosos que pretendam manter um animal de estimação.

As responsabilidades dos cidadãos que tomam a seu cargo animais de estimação devem estar claramente estabelecidas na legislação e incluir a frequência de um curso e a avaliação psicológica regular dos donos de animais considerados de raça potencialmente perigosa.

Considerando a actual situação dos Centros de Recolha Oficiais de Animais – a maioria dos quais nem sequer se encontra licenciada pela Direcção-Geral de Veterinária – , o PPA propõe uma reestruturação total do seu funcionamento. É essencial a criação de uma divisão própria afecta ao pelouro do ambiente em todas as autarquias, deixando os centros de recolha de fazer parte da divisão de salubridade. A eutanásia de animais saudáveis é absolutamente inaceitável e deverá ser proibida, substituindo-se a actual política por uma estratégia baseada na esterilização e na adopção responsável, com os centros de recolha a assumirem essa responsabilidade, possivelmente em parceria com associações animalistas locais. Os centros de recolha não deverão ser apenas locais de alojamento de animais, mas pedras basilares na promoção do respeito pelos animais no respectivo concelho, com o compromisso de informar e sensibilizar a população para as questões animais, através de campanhas e outras iniciativas, devendo dispor de pessoal habilitado para esse efeito. Deve-se estudar a possibilidade dos centros de recolha oferecerem serviços ao público – consultas veterinárias, tosquias, incineração de cadáveres de animais, etc. – no sentido de se autofinanciarem, pelo menos parcialmente.


9 – Para que os objectivos anteriores sejam conseguidos, é necessário intervir a todos os níveis: cultural, jurídico, político, social e económico. Destaca-se todavia a necessidade de uma formação integral das gerações mais jovens numa consciência profunda da natureza dos actuais problemas ecológicos, bem como da vida animal e das questões éticas e bioéticas relativas ao homem e à sua relação com a natureza, o meio ambiente e os animais. O PPA defende a inclusão nos programas de ensino, desde o início e em todos os níveis, de uma disciplina obrigatória que contemple estas questões.

As crianças e jovens devem ser educados tanto quanto possível no contacto com a natureza e a vida animal, conhecendo as profundas vantagens disso para o seu desenvolvimento mental e afectivo, extensivo ao dos adultos e idosos. As crianças e jovens devem reconhecer tudo o que os animais oferecem voluntária e involuntariamente ao ser humano – afecto incondicional, companhia, divertimento, alimento, vestuário - e todos os abandonos, maus-tratos, opressão e exploração com que este lhes retribui. É fundamental que a natureza e a vida animal se não reduzam, desde início, sobretudo nas crianças nascidas nas grandes cidades, a imagens estereotipadas nos meios audiovisuais ou à alimentação asséptica disponível nos hipermercados, que oculta as condições dramáticas da sua origem, o modo como o animal foi maltratado, torturado, engordado à pressa e abatido, para satisfazer o prazer do consumidor e a avidez de lucro de pessoas ignorantes e insensíveis.



10 – Há que redignificar, com exigência, os professores e todos os profissionais ligados à educação, que deve ser, junto com a cultura – não só tecnológica, mas filosófica, literária, artística e científica - , um dos investimentos estratégicos do Orçamento do Estado e da governação. A educação e a cultura não devem estar dependentes de critérios economicistas e das flutuações do mercado de emprego. Os vários níveis de ensino visarão a formação integral da pessoa, não a sacrificando a uma mera funcionalização profissional. Neles estará presente a cultura portuguesa e lusófona, bem como as várias culturas planetárias. Um português culto e bem formado deve ter uma consciência lusófona e universal, não apenas europeia-ocidental.

Nos vários níveis de ensino deve ser introduzida, além da disciplina referida no ponto anterior, uma disciplina que progressivamente informe sobre a diversidade e multiplicidade de paradigmas culturais e religiosos que hoje coexistem nas sociedades, preparando para e mostrando o pertinente desafio do diálogo intercultural e inter-religioso.

As técnicas de atenção, conhecidas como meditação, com benefícios hoje científica e internacionalmente reconhecidos, em termos do equilíbrio e saúde psicofisiológicos, do aumento da concentração e da memória, da melhoria na aprendizagem e da harmonia nas relações humanas, devem ser facultadas em todos os níveis dos currículos escolares, em termos puramente laicos, sem qualquer componente religiosa.
Os vários níveis de ensino, do básico ao superior, devem ser acessíveis a todos.


11 – O PPA considera que o atraso da legislação portuguesa no que respeita à defesa da natureza, do meio ambiente e dos animais contrasta com vários aspectos da nossa história e cultura. Fomos pioneiros no desvendamento do mundo físico e no contacto com outros povos e paradigmas mentais e culturais, mais sensíveis à harmonia com a natureza e os seres vivos. Alguns nomes grandes da nossa cultura poético-filosófica – como Antero de Quental, Guerra Junqueiro, Sampaio Bruno, Teixeira de Pascoaes, José Marinho e Agostinho da Silva, entre outros – anteciparam quase um século a actual sensibilidade ecológica, bem como a crítica do antropocentrismo e do especismo, propondo uma ética cósmica. Fomos os primeiros a abolir a pena de morte e sensibilizámos a comunidade internacional para o drama de Timor. Devemos estar hoje à altura desta tradição e mobilizar-nos para os grandes desafios éticos, culturais e civilizacionais do nosso tempo. Portugal deve assumir-se sempre na primeira linha da expansão da cultura e da consciência, da luta por uma sociedade mais justa, da defesa dos valores humanos fundamentais e das causas humanitárias, ambientais e animais.

O PPA defende que Portugal, a par do desenvolvimento económico sustentado, que salvaguarde a harmonia ecológica e o bem-estar da população humana e animal, deve investir mais nos domínios da educação, ciência e cultura. O Orçamento do Estado deve reflectir isso, à custa da redução dos gastos com a Defesa, o Exército e as obras públicas de fachada, da moralização dos salários e reformas da administração pública e privada, bem como do aumento dos impostos sobre os grandes rendimentos.

Portugal deve reger-se pela Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) e pela Carta da Terra (1994). Deve também consagrar na sua Constituição a renúncia a toda a forma de violência bélica, ou ao seu apoio, para a resolução de conflitos nacionais e internacionais.


12 – O PPA considera que a defesa da natureza, do meio ambiente e de todas as formas de vida senciente se integra hoje num novo e urgente paradigma mental, ético, cultural e civilizacional, que respeite a igualdade e diversidade biocêntrica e aponte um caminho para sair da crise do actual modelo e ciclo de civilização antropocêntrico, economicista e tecnocrático, que gera problemas, insatisfação e conflitos crescentes na própria humanidade, cavando fossos cada vez maiores, em termos culturais, sociais e económicos, no seio das sociedades e entre os povos e as nações. É urgente uma mutação da mentalidade e do comportamento, que torne possível uma outra globalização, a da satisfação das necessidades fundamentais das populações, do desenvolvimento mental e cultural da humanidade, do bem-estar animal e da harmonia ecológica. A produção de riqueza e os recursos materiais e científico-tecnológicos devem ser progressivamente postos ao serviço desses fins, numa alternativa ao círculo vicioso das sociedades de produção e consumo, mental e economicamente dependentes do consumismo desenfreado em nome do qual se instrumentalizam e exploram homens, animais e recursos naturais, numa degradação acelerada da qualidade de vida e do meio ambiente e num sacrifício do bem comum à avidez de lucros das grandes empresas e da grande finança mundial.


13 – Portugal deve aprofundar os aspectos positivos da sua integração na União Europeia e aprender com nações europeias mais evoluídas no que respeita às medidas de defesa da natureza, do meio ambiente e da vida animal. Deve todavia adaptá-las à realidade portuguesa, assegurar a soberania nacional e demarcar-se das orientações monoculturais, macropolíticas e macroeconómicas da União Europeia que promovam a centralização administrativa, a uniformidade cultural e o lucro desenfreado, com nítido sacrifício dos interesses humanos e animais e do equilíbrio ambiental, como acontece na agro-pecuária intensiva.

Em Portugal, embora tendo em conta as exigências da actual economia global, devem-se ensaiar e progressivamente privilegiar modelos de desenvolvimento alternativos, que preservem a diversidade cultural, biológica e ecoregional. Há que promover a sustentabilidade económica do país, desenvolvendo as economias locais. Devem substituir-se quanto possível as energias não-renováveis (petróleo, carvão, gás natural, energia nuclear) por energias renováveis e alternativas (solar, eólica, hidráulica, marmotriz, etc.), superando o paradigma, a vulnerabilidade e as dependências de uma economia baseada no petróleo e nos hidrocarbonetos.

Devem-se também explorar as potencialidades de formas de organização económica cujo objectivo fundamental não seja apenas o lucro financeiro. Deve-se assegurar o predomínio da ética e da política sobre a economia, de modo a que a produção e distribuição da riqueza vise o bem comum do ecossistema e dos seres sencientes, a satisfação das necessidades de homens e animais e a melhoria geral da sua qualidade de vida, bem como o acesso de todos os seres humanos à cultura, e não apenas os lucros dos particulares e dos grandes grupos económicos.

Deve-se investir num programa pedagógico que permita oferecer alternativas ao produtivismo e consumismo, fazendo do trabalho e do desenvolvimento económico não um fim em si, com o inevitável dano da harmonia ecológica, da biodiversidade e do bem-estar de homens e animais, mas um mero meio para a fruição de um crescente tempo livre de modo mais gratificante e criativo.
Os serviços de interesse público devem permanecer sob o controlo do Estado, autónomos à lógica comercial inerente ao sector privado e privilegiando a satisfação das necessidades dos cidadãos.


14 – Portugal, a par da integração europeia, deve cultivar a sua tradição de estabelecer pontes, mediações e diálogos entre todos os povos, nações, culturas, civilizações e religiões, promovendo uma cultura da paz, da compreensão, da fraternidade e do universalismo à escala planetária, extensiva não só aos homens mas a todos os seres sencientes. Deve também, para esse efeito, aprofundar as suas relações culturais, económicas e políticas com as nações de língua portuguesa, incluindo a região da Galiza, Goa, Damão, Diu, Macau e os outros lugares da nossa diáspora onde se fala o português, sensibilizando a comunidade lusófona, com 240 milhões de falantes, para as causas humanitárias, ambientais e animais.
Portugal deve promover a Lusofonia e os valores universalistas da cultura portuguesa e lusófona no espaço internacional, dando o seu melhor exemplo e contributo para converter a sociedade planetária na possível comunidade ético-cultural e ecuménica visada entre nós por Luís de Camões, Padre António Vieira, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva. Portugal deve assumir-se e promover-se como um espaço multicultural e de convivência com a diversidade, um espaço privilegiado para o tão actual desafio do diálogo intercultural e inter-religioso, alargado ao diálogo entre crentes e descrentes.

15 – O PPA defende a criação de um serviço público de saúde eficiente e acessível a todos, que inclua a possibilidade de opção por medicinas e terapias alternativas, de qualidade e eficácia comprovada e exercidas por pessoas habilitadas, como a homeopatia, a acupunctura, a osteopatia, o shiatsu, o yoga, a meditação, etc. Estas opções, bem como os medicamentos naturais e alternativos, devem ser igualmente comparticipados pelo Estado.


16 – O PPA considera haver em Portugal e na Europa em geral uma grave crise de representação, patente na elevada abstenção e descrédito dos políticos, dos partidos e da política, os quais, segundo a opinião geral, apenas promovem o acesso ao poder de indivíduos e grupos que sacrificam o bem comum a interesses pessoais e particulares, com destaque para os dos grandes grupos económicos. As eleições são assim sistematicamente ganhas por representantes de minorias, relativamente à totalidade dos cidadãos eleitores, que governam isolados da maioria real das populações, que os consideram com alheamento, desconfiança e desprezo, tornando-se vítimas passivas das suas políticas. O actual sistema eleitoral também não promove a melhor justiça representativa, não facilitando a representação de uma maior diversidade de forças políticas e limitando-a às organizações partidárias, o que contribui para a instrumentalização do aparelho de Estado, dos lugares de decisão político-económica e da comunicação social pelos grandes partidos.

Esta é uma situação que compromete seriamente a democracia e que a história ensina anteceder todas as soluções ditatoriais. Há que regenerar a democracia em Portugal, reformando o estado e o sistema eleitoral segundo modelos que fomentem a mais ampla participação e intervenção política da sociedade civil, facilitando a representação de novas forças políticas e possibilitando que cidadãos independentes concorram às eleições. Deve-se recuperar a tradição municipalista portuguesa e promover uma regionalização e descentralização administrativa equilibradas, assegurando mecanismos de prevenção e controlo dos despotismos locais.

O PPA considera haver que colocar a política ao serviço da ética e da cultura e aposta na mobilização da população para a intervenção cívica e política em torno dos desafios fundamentais do nosso tempo, com destaque para a protecção da natureza, do meio ambiente e dos interesses fundamentais de homens e animais. Há que mobilizar os cidadãos indiferentes e descrentes da vida política, a enorme percentagem de abstencionistas e todos aqueles que se limitam a votar, para a responsabilidade de reflectirem, discutirem e criarem o melhor destino a dar à nação. Há que, dentro dos quadros democráticos e legais, promover formas alternativas de intervenção cultural, social e cívica, que permitam antecipar tanto quanto possível a realidade desejada, sem depender dos poderes instituídos. O PPA exorta à constituição de associações cívicas que sejam núcleos de discussão, divulgação e realização deste projecto.


17 – O PPA defende que as associações e movimentos cívicos, incluindo aqueles que se dedicam à defesa e protecção dos animais, deverão ser apoiados e valorizados, nomeadamente através do estabelecimento de parcerias, da sua inclusão na lei do mecenato, da possibilidade de consignação de 0,5% do IRS, da redução da burocracia associada à sua constituição e gestão, entre outras possibilidades. O empreendedorismo social deverá ser encorajado e recompensado.

www.partidopelosanimais.com

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Partido Pelos Animais entrega 9500 assinaturas, recolhidas em 6 meses, ao Tribunal Constitucional



O grupo de cidadãos responsável pelo projecto de criação do Partido Pelos Animais em Portugal tem o prazer de informar que já se encontra marcada a data e hora em que o PPA formalizará o seu pedido de inscrição junto do Tribunal Constitucional.

Este momento crucial surge apenas seis meses após o arranque da iniciativa, graças ao entusiasmo e dedicação de centenas de voluntários e milhares de apoiantes, que nos permitiram recolher mais de 9500 assinaturas por todo o Portugal continental e regiões autónomas.

A entrega das assinaturas e da restante documentação necessária à formalização do pedido de inscrição está marcada para a próxima Sexta­-feira, dia 4 de Dezembro, pelas 14h30.

A Comissão Coordenadora do Partido Pelos Animais

www.partidopelosanimais.com

domingo, 29 de novembro de 2009

Declaração de Valdjiu, líder dos Blasted Mechanism, de apoio ao Partido Pelos Animais



Retenho outra declaração, em pleno palco, no concerto memorável de ontem no Coliseu dos Recreios: "Agradecemos ao Professor Agostinho da Silva ter-nos mostrado que o Amor existe e dura!"

Assim é, Amigo. Pelo bem de todos os seres, sem qualquer excepção!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Reflexões sobre os princípios e a necessidade de um Partido Pelos Animais - III

A defesa da natureza, do meio ambiente e de todas as formas de vida senciente integra-se hoje num novo e urgente paradigma mental, ético, cultural e civilizacional, que respeita a igualdade e diversidade biocêntrica e aponta um caminho para sair da crise do actual modelo e ciclo de civilização antropocêntrico, economicista e tecnocrático, que gera problemas, insatisfação e conflitos crescentes na própria humanidade, cavando fossos cada vez maiores, em termos culturais, sociais e económicos, no seio das sociedades e entre os povos e as nações. É urgente uma mutação da mentalidade e do comportamento, que torne possível uma outra globalização, a da satisfação das necessidades fundamentais das populações, do desenvolvimento mental e cultural da humanidade, do bem-estar animal e da harmonia ecológica. A produção de riqueza e os recursos materiais e científico-tecnológicos devem ser progressivamente postos ao serviço desses fins, numa alternativa ao círculo vicioso das sociedades de produção e consumo, mental e economicamente dependentes da criação de cada vez mais desejos e necessidades artificiais e fúteis, para cuja impossível satisfação se instrumentalizam e exploram homens, animais e recursos naturais, numa degradação acelerada da qualidade de vida e do meio ambiente e num sacrifício do bem comum à avidez de lucros das grandes empresas e da grande finança mundial.

Para esse efeito, é necessário intervir a todos os níveis: cultural, jurídico, político, social e económico. Destaca-se todavia a necessidade de uma formação integral das gerações mais jovens numa consciência profunda da natureza dos actuais problemas ecológicos, bem como da vida animal e das questões éticas e bioéticas relativas ao homem e à sua relação com a natureza, o meio ambiente e os animais. O PPA defende a inclusão nos programas de ensino, desde o início e em todos os níveis, de uma disciplina obrigatória que contemple estas questões. As crianças e jovens devem ser educados tanto quanto possível no contacto com a natureza e a vida animal, conhecendo as profundas vantagens disso para o seu desenvolvimento mental e afectivo, extensivo ao dos adultos e idosos. As crianças e jovens devem reconhecer tudo o que os animais oferecem voluntária e involuntariamente ao ser humano – afecto incondicional, companhia, divertimento, alimento, vestuário - e todos os abandonos, maus-tratos, opressão e exploração com que este lhes retribui. É fundamental que a natureza e a vida animal se não reduzam, desde início, sobretudo nas crianças nascidas nas grandes cidades, a imagens estereotipadas nos meios áudio-visuais ou à alimentação asséptica disponível nos hipermercados, que oculta as condições dramáticas da sua origem, o modo como o animal foi maltratado, torturado, engordado à pressa e abatido, para satisfazer o prazer do consumidor e sobretudo a avidez de lucro de pessoas ignorantes e insensíveis. É necessário que a sociedade civil desperte para o imperativo ético de um boicote activo a esta situação.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Náo à tourada, sim à cultura! - A caminho das 1000 assinaturas em poucos dias

Car@s Amig@s

Convido-vos a assinarem esta petição contra a transmissão de touradas pela televisão pública – que usa o dinheiro dos contribuintes para divulgar a tortura e não a cultura – , e a favor da sua criminalização.

http://www.petitiononline.com/touradas/petition.html

Pelo bem de todos os seres sencientes, incluindo o de quem, por ignorância, os faz sofrer


Paulo Borges

www.partidopelosanimais.com

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Reflexões sobre os princípios e a necessidade de um Partido Pelos Animais - II

O antropocentrismo e especismo dominantes na história da civilização, aliados ao egocentrismo individual e colectivo e acentuados e potenciados no mundo moderno e contemporâneo pelo poder tecnológico, com a exploração desenfreada dos recursos naturais e a instrumentalização dos animais não-humanos para fins alimentares, científicos, de trabalho, vestuário e divertimento, sem qualquer consideração pela sua qualidade de seres vivos e sencientes, têm vindo a causar um grande desequilíbrio ecológico, uma diminuição crescente da biodiversidade e um enorme sofrimento.

Esta situação é inseparável de todas as formas de opressão e exploração do homem pelo homem, mas está longe do reconhecimento, denúncia e combate de que estas felizmente são alvo. Considerar normal infligir sofrimento aos animais é uma situação moral e eticamente inaceitável e que lesa a própria humanidade, a todos os níveis, desde o plano ambiental e económico – os processos implicados na alimentação carnívora são porventura a principal causa do aquecimento global, ao que se juntam os custos da produção intensiva de animais para abate, a poluição e o acelerado esgotamento dos recursos naturais - ao do seu bem-estar e saúde física e mental, pondo mesmo em risco a sua sobrevivência. Perante a interdependência de todas as formas de vida num único ecossistema, as agressões à natureza, ao meio ambiente e aos animais são agressões da humanidade a si mesma.

Por este motivo, e embora não se limite a essa questão, o PPA considera ser central e urgente, por razões éticas e para o bem da própria humanidade, uma mutação profunda da sua relação com a natureza, o meio ambiente e os animais, privilegiando-se a harmonia ecológica, o desenvolvimento sustentado e a diminuição progressiva da exploração, dor, medo e stress a que os animais são hoje sujeitos pelo homem, visando-se a sua total abolição. Defender a natureza, o meio ambiente e os animais não humanos é defender o homem, não fazendo qualquer sentido separar as duas esferas de interesses. A luta contra todas as formas de discriminação, opressão e exploração do homem pelo homem deve ampliar-se à libertação dos animais e à defesa da natureza e do meio ambiente, sem o que perde fundamentação, coerência e valor ético.

A diversidade da inteligência humana, permitindo-lhe uma maior antecipação do futuro e das consequências das suas acções, bem como uma maior distância reflexiva perante as emoções, os impulsos e os instintos vitais de sobrevivência, permite-lhe uma maior liberdade de decidir como agir, uma maior consciência dos resultados dessas decisões e acções para os outros seres sencientes e uma maior sensibilidade e abertura às necessidades e interesses dos membros de outras espécies. Tudo isto torna o ser humano responsável por optar pelo egocentrismo especista, ou por não questionar as suas ideias, comportamentos e hábitos especistas, sacrificando os não-humanos com prazer e indiferença. Ao fazê-lo, aceitando como normal e natural fazer sofrer outros seres sencientes, está a degradar a sua humanidade, reforçando hábitos e tendências que mais facilmente o levarão a agir do mesmo modo em relação aos seres humanos.

O PPA defende uma sociedade onde todos os seres sencientes, humanos e não humanos, possam viver numa harmonia tão ampla quanto possível, com bem-estar e felicidade. Os interesses humanos e animais devem ser igualmente tidos em consideração e procurar-se a solução eticamente mais justa quando pareçam estar em conflito, tendo em conta as suas especificidades. No que respeita às históricas tomadas de consciência moral e ética da humanidade, a recusa do esclavagismo, do racismo e do sexismo deve completar-se com a da discriminação baseada na espécie, pois os preconceitos esclavagistas, racistas, sexistas e especistas têm uma mesma natureza injustificável: presumir-se superior e com direito a maltratar, oprimir e explorar outros seres só por se ter mais poder, um diferente tipo de inteligência ou pertencer a uma raça, sexo ou espécie diferentes.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Reflexões sobre os princípios e a necessidade de um Partido Pelos Animais - I

Urge transformar a mentalidade e a sociedade portuguesa e contribuir para a transformação do mundo de acordo com os fundamentais valores éticos e ambientais, tornados ainda mais imperativos no século XXI, quando o desenvolvimento tecnológico da humanidade permite um impacto sem precedentes na biosfera planetária que compromete a qualidade de vida das gerações futuras e a sobrevivência das várias espécies, incluindo a humana, conforme é cientificamente reconhecido.

Pela sua maior capacidade de intervenção sobre a natureza, o meio ambiente e os seres sencientes, bem como pela sua possibilidade de livre arbítrio, memória, previsão e opção ética, o homem é o responsável pela harmonia ecológica e pelo bem-estar dos seres vivos. Assumindo que todos os seres sencientes, humanos e não-humanos, são interdependentes no seio de um mesmo ecossistema e têm um principal interesse comum, o de satisfazerem as suas necessidades vitais, não sofrerem e experimentarem sensações e sentimentos de prazer, segurança, bem-estar e felicidade, há que criar as condições jurídicas e políticas, na sociedade humana, para que esse direito lhes seja reconhecido e isso aconteça o mais possível.

Há que fazer surgir na medíocre e descredibilizada política nacional um novo paradigma mental, ético, cultural e civilizacional, emergente em todo o mundo. O PPA reger-se-á pelo princípio da não-violência, mental, verbal e física, e lutará firmemente pelos seus princípios contra ideias e práticas e nunca contra pessoas. O PPA assume-se como um partido inteiro, que visa promover o bem de todos os seres sencientes, humanos e não-humanos, e não apenas o de uma sua escassa minoria.

domingo, 23 de agosto de 2009

Assinem e divulguem a petição "Não à tourada, sim à cultura!"

Car@s Amig@s

Convido-vos a assinarem e divulgarem esta petição contra a transmissão de touradas pela televisão pública - que usa o dinheiro dos contribuintes para divulgar a tortura e não a cultura - , e a favor da sua criminalização.

http://www.petitiononline.com/touradas/petition.html

Pelo bem de todos os seres sencientes, incluindo o de quem, por ignorância, os faz sofrer

Paulo Borges

www.partidopelosanimais.com

terça-feira, 7 de julho de 2009

"E venha o Partido Pelos Animais !"

Silêncio selvagem

Foram admiráveis os elogios de Paulo Rangel aos colegas-adversários do Parlamento, por revelarem que continua pertinente o conceito de elite de Pareto – ou o conceito de pandilha do povo português. Rangel é claramente um homem civilizado. O mesmo ao quadrado digo do meu grande amigo Paulo Portas, do CDS-PP.
Nada me surpreendeu mais do que saber, pelo PÚBLICO de ontem, que essa civilização nem sempre se estende à condenação dos selvagens. Falo dos selvagens que se divertem a pôr cães perigosos (que eles próprios criaram e treinaram para serem assim) a lutar contra outros cães.
Falo dos seres desumanos que põem os cães tão nervosos e agressivos que os condenam a uma existência psicótica. E que, de vez em quando, fogem do controlo dos donos, e atiram-se a quem calhar.
Por que carga de água-de-colónia, então, é que o PSD e o CDS-PP se abstiveram no diploma que criminaliza os promotores de lutas entre animais e os donos de cães perigosos que se atiram às pessoas?
Podem explicar-me o que há de tão polémico nesta lei que castiga quem organiza lutas entre animais? E que dá alguma satisfação às vítimas dos ataques destas bestas?
A nova lei é até daquelas desconcertantes que se estranha não haver já há muitos anos.
Saúde-se o deputado do PSD Mendes Bota, o único que votou a favor. Mas não chega. Fazer bonitos com abstenções é feio quando se trata de proteger pessoas e animais uns dos outros. E venha o Partido Pelos Animais!

- Miguel Esteves Cardoso, Público, 5.7.2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sua Santidade o Dalai Lama apoia o Partido pelos Animais



Partilho com os leitores deste blogue a profunda Alegria por acabar de receber o apoio pessoal de Sua Santidade o Dalai Lama ao Partido Pelos Animais, acompanhado da seguinte declaração, que a seguir traduzo:

"Today, together with a growing appreciation of the importance of human rights there is a greater awareness worldwide of the need for the protection not only of the environment, but also of animals and their rights. Unfortunately, there continue to be those who feel it is not only acceptable, but also a pleasure, to hunt or fight with animals, resulting in the painful deaths of those animals. This seems to contradict the general spirit of egalitarianism growing in most societies today.

I deeply believe that human beings are basically gentle by nature and I feel that we should not only maintain gentle and peaceful relations with our fellow human beings but that it is also very important to extend the same kind of attitude towards the environment and the animals who naturally live in harmony with it. As a boy studying Buddhism in Tibet, I was taught the importance of a caring attitude towards others. Such a practice of non-violence applies to all sentient beings – any living thing that has a mind. Where there is a mind, there are feelings such as pain, pleasure and joy. No sentient beings want pain, instead all want happiness. Since we all share these feelings at some basic level, we as rational human beings have an obligation to contribute in whatever way we can to the happiness of other species and try our best to relieve their fears and sufferings"

"Hoje, em conjunto com um crescente apreço pela importância dos direitos humanos, há uma maior consciência em todo o mundo da necessidade de proteger não apenas o ambiente, mas também os animais e os seus direitos. Infelizmente, continuam a existir aqueles que sentem ser não apenas aceitável, mas também um prazer, caçar ou lutar com animais, resultando nas suas mortes dolorosas. Isto parece contradizer o geral espírito igualitário que hoje cresce na maioria das sociedades.

Creio profundamente que os seres humanos são fundamentalmente amáveis por natureza e sinto que devemos não apenas manter relações gentis e pacíficas com os nossos companheiros seres humanos, mas ser também muito importante estender o mesmo tipo de atitude ao meio ambiente e aos animais que vivem naturalmente em harmonia com ele. Quando era um rapaz que estudava o Budismo no Tibete, foi-me ensinada a importância de uma atitude carinhosa para com os outros. Uma tal prática de não-violência aplica-se a todos os seres sensíveis - toda a criatura viva que tem uma mente. Onde existe uma mente, existem sentimentos como dor, prazer e alegria. Nenhum ser sensível deseja a dor, em vez disso todos desejam a felicidade. Visto que todos partilhamos estes sentimentos nalgum nível fundamental, nós, como seres humanos racionais, temos uma obrigação de contribuir, de todos os modos que pudermos, para a felicidade das outras espécies e dar o nosso melhor para aliviar os seus medos e sofrimentos"

- Sua Santidade o Dalai Lama

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Partido Pelos Animais - Colocar Portugal e a comunidade lusófona ao serviço do Bem do mundo



"[...] a aspiração a uma mais ampla fraternidade vital, que subordine o antropocentrismo ao amor e compaixão por todos os seres sensíveis, como emerge na ética cósmica de Antero de Quental, Sampaio Bruno, Guerra Junqueiro, Teixeira de Pascoaes, José Marinho e Agostinho da Silva, que anteciparam em mais de um século a consciência ecológica e holística que hoje se impõe como condição de sobrevivência da própria humanidade" - Manifesto da Nova Águia

"A comunidade lusófona deve assumir-se sempre na primeira linha da expansão da consciência, da luta por uma sociedade mais justa, da defesa dos valores humanos fundamentais e das causas humanitárias, da sensibilização da comunidade internacional para todas as formas de violação dos direitos humanos e dos seres vivos e do apoio concreto a todas as populações em dificuldades. Para que isso seja possível, cada nação lusófona deve começar por ser exemplo desses valores" - Declaração de Princípios e Objectivos do MIL.

Car@s Amig@s

Por imperativo ético e de consciência, e por considerar que isso corresponde a uma das dimensões da mensagem de Agostinho da Silva e aos valores mais amplos assumidos pela Nova Águia e pelo MIL, decidi integrar a Comissão Coordenadora do Partido Pelos Animais, que visa defender a natureza, o meio ambiente e todas as formas de vida, que aspiram igualmente ao bem-estar e à ausência de sofrimento. Destacamos os animais, pois não se podem defender dos sofrimentos atrozes e desnecessários que lhes são infligidos pelos humanos, sendo considerados meros objectos pelo Código Penal português. Consideramos que esta causa é em prol do desenvolvimento ético e mental do próprio homem e para seu benefício, pois mudar o seu comportamento em relação à natureza e aos animais não humanos só pode traduzir-se numa relação mais harmoniosa e feliz de cada pessoa consigo e com os demais seres humanos. Disso depende hoje a sobrevivência da própria espécie humana. O aumento da protecção aos animais tem também imensos benefícios sociais e económicos, permitindo criar milhares de novos empregos, como acontece em vários países europeus.

O nosso manifesto e outras informações podem ser lidos em www.partidopelosanimais.com
Este é um projecto que emerge em vários países europeus, sendo já o Partido pelos Animais holandês representado no Parlamento.

Publico aqui a primeira entrevista que, em representação do PPA, concedi recentemente à Agência Lusa.

Para que o PPA possa existir, necessitamos de 7500 assinaturas, em listas que podem ser impressas em www.partidopelosanimais.com e enviadas para a morada indicada. Solicito que, caso estejam minimamente de acordo com esta causa, assinem e dêem a assinar a outras pessoas. Assinar as listas não implica aderir ao PPA, mas apenas permitir que ele seja legalmente possível.

Quem quiser assumir uma função mais activa na recolha de assinaturas, pode inscrever-se na Bolsa de Voluntários existente no site.

Reconhecendo o descrédito em que caiu a actividade político-partidária, traduzida numa abstenção massiva, e continuando a defender que a micropolítica está primeiro que tudo, considero todavia que este projecto é uma alternativa radical à política dominante, sendo aquele que mais obriga à mutação de mentalidades que considero mais importante que tudo. Como tenho defendido, aqui e noutros lugares, Portugal e a Lusofonia, a história, a língua e a cultura, não podem ser valores absolutos, devendo ser postos ao serviço de causas superiores, mais amplas e universais, sob risco de verem a sua própria legitimidade diminuída e anulada.

Vamos contribuir para o surgimento, também na intervenção política, de um novo paradigma mental, ético e civilizacional, que hoje se impõe para o bem do Planeta! Vamos enobrecer Portugal e a comunidade lusófona, orientando-os para o Bem de todos os seres vivos! Este é o grande desafio da actualidade.

Saudações cordiais

Paulo Borges

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1 - O Partido pelos Animais vai ser um partido monotemático (dedicado apenas aos direitos dos animais)?

De modo algum, conforme se pode constatar pela leitura do nosso Manifesto. Nós somos a favor da defesa da natureza, do meio ambiente e de todas as formas de vida, o que inclui obviamente o próprio homem, cuja felicidade depende da sua relação harmoniosa com os outros seres e com o universo. Se destacamos a defesa dos direitos dos animais, é por duas grandes razões: 1 - por um lado porque são considerados em Portugal meros objectos, em termos jurídicos, com tudo o que isso implica, o que é escandaloso, além de não terem a possibilidade de se defender dos sofrimentos e exploração desnecessários de que são vítimas por parte dos humanos; 2 - por outro, porque da defesa dos animais e da natureza depende hoje a sobrevivência e a qualidade de vida da própria humanidade, sendo também esta a causa que, pela sua natureza altruísta, mais implica uma mudança mental e ética do próprio homem, que trará grandes benefícios sociais, políticos e até económicos, permitindo criar imensos novos empregos destinados à protecção dos animais, como já acontece em muitos países europeus.

2 - Já teve início a recolha de assinaturas para formalizar o PPA junto do Tribunal Constitucional? Quando pensam concluí-la? (se já houver percepção de uma data)

A recolha de assinaturas já começou e os interessados podem imprimir as folhas directamente no nosso site: www.partidopelosanimais.com

Esperamos concluí-la tão breve quanto possível.

3 - Chegaram a pensar numa adesão ao Bloco de Esquerda ou ao Partido Ecologista ‘Os Verdes’, que defenderam recentemente na AR os direitos dos animais?
Porque decidiram criar um partido autónomo?

Nunca chegámos a equacionar essa hipótese por nos parecer evidente que a defesa dos animais, bem como da natureza, do meio ambiente e de todas as formas de vida, é transversal a todas as orientações político-partidárias, não podendo ficar limitada a nenhuma delas. Por outro lado, a dimensão desta causa é suficientemente ampla para justificar a existência de um novo partido, a ela inteiramente consagrado. Reconhecemos todavia como positivo e desejável o trabalho que outros partidos façam neste mesmo sentido. Surgimos movidos por uma causa ética e altruísta e não pelo apetite do poder.

4 - Que expectativas têm a nível eleitoral?

O nosso objectivo é obtermos representação no Parlamento, tão ampla quanto possível, e gerarmos um movimento de opinião que obrigue as demais forças políticas a uma actuação mais efectiva neste domínio.

5 - As diferenças entre o sistema eleitoral de Portugal e o da Holanda (onde o Party for the Animals tem dois deputados no parlamento) vão ser um obstáculo à eleição de deputados do PPA. Estão conscientes disso? Como pensam contornar o problema?

Sabemos isso, mas confiamos na vocação do povo português para ser solidário e abraçar causas nobres. Fomos os primeiros a abolir a pena de morte e despertámos a comunidade internacional para o drama de Timor. Cabe-nos hoje ampliar o nosso universalismo para além dos limites da nossa espécie e sermos solidários com todas as formas de vida. Sabemos que seremos a voz de muitos e muitos portugueses que amam a natureza e os animais, aos quais se dedicam desinteressadamente, e que não se revêem numa política que esquece completamente os direitos dos seres vivos não humanos.
Por outro lado, um dos pontos do nosso programa visará a alteração da actual lei eleitoral, que sanciona erros e injustiças flagrantes, como permitir que numa determinada região seja eleito um candidato que nada tem a ver com ela ou que os votos em branco não tenham qualquer expressão, quando manifestam uma legítima opção do eleitorado que se deveria traduzir por cadeiras vazias na Assembleia da República.

6 - A que eleições pensam candidatar-se? As legislativas ou autárquicas deste ano estão no vosso horizonte?

Tudo depende da rapidez com que recolhermos as assinaturas, mas todas as formas de eleição estão no nosso horizonte.

7 - Já têm o incentivo da activista dos direitos dos animais Maneka Anand Gandhi, presidente da People for Animals Índia e que foi ministra em quatro governos.
Qual a importância e o simbolismo deste apoio?

Os maiores! Trata-se “apenas” de uma das maiores representantes desta causa a nível mundial, membro da família do próprio Gandhi, que já aceitou vir a Portugal quando o Partido tiver formalizado a sua constituição. Ela incarna hoje o mesmo espírito de “ahimsa”, “não-violência”, do Mahatma Gandhi.

8 - Onde se vai situar o PPA no espectro partidário tradicional (esquerda, centro, direita)?

Não nos parece que faça qualquer sentido aplicar essas etiquetas tradicionais, hoje bastante equívocas, a um Partido que pela sua natureza transcende essas classificações. Defendemos o bem-estar e a felicidade de todas as formas de vida, pois todas elas estão intimamente ligadas. Isso não é de esquerda, do centro ou da direita e vai para além do antropocentrismo e egoísmo predominantes nas tradicionais forças políticas.
O PPA é a manifestação em Portugal, na esfera da acção política concreta, de uma nova forma de consciência e de sensibilidade, que surge em todo o mundo, e que visa pôr em prática um novo paradigma mental, ético e civilizacional. Sob risco de uma degradação cada vez maior da vida sobre o planeta, incluindo a vida humana, o futuro exige a prática dos valores que defendemos.

www.partidopelosanimais.com