A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sábado, 19 de dezembro de 2009

As alterações climáticas, o consumo de carne e a solução vegetariana - Comunicado à Imprensa do Partido Pelos Animais

Até ao próximo dia 18 de Dezembro realiza-se em Copenhaga a Conferência das Nações
Unidas sobre as Alterações Climáticas, momento fundamental na definição do rumo do
planeta, que o Partido Pelos Animais naturalmente aplaude, sobretudo pelo envolvimento dos mais importantes líderes políticos mundiais e pela sempre positiva exposição mediática de que o tema está a ser alvo. Contudo, e porque os olhos do Mundo se viram nesta altura para Copenhaga e para a Dinamarca, não podemos deixar de recordar os milhares de baleias e golfinhos massacrados anualmente nas Ilhas Faroé em nome de uma bárbara tradição, repudiando que práticas deste género possam persistir no século XXI perante a conivência da coroa dinamarquesa, que detém soberania sobre o arquipélago.

O Partido Pelos Animais tem acompanhado a Conferência de forma atenta e interessada e
pretende por isso manifestar a sua preocupação perante a atenção quase exclusiva dedicada ao dióxido de carbono, votando à indiferença outros gases com efeito de estufa e, acima de tudo, outras possíveis soluções para as alterações climáticas. Estamos absolutamente de acordo com a noção de que a redução das emissões de dióxido de carbono é uma prioridade a que todos os países devem dedicar atenção e investimento, mas preocupa-nos a irrelevância atribuída a outros gases, nomeadamente ao metano, até por se tratar daquele cujas emissões seria, provavelmente, mais fácil reduzir.

O metano é um gás cujo potencial de aquecimento global é de 25, ou seja, cada partícula de metano contribui para o aquecimento global 25 vezes mais do que uma partícula de dióxido de carbono. Embora as emissões de metano para a atmosfera sejam consideravelmente inferiores às de dióxido de carbono, a sua influência nas alterações climáticas é determinante e está rigorosamente documentada. Além disso, mais de metade das emissões de metano devem-se a actividades humanas,
enquanto para o dióxido de carbono essa proporção é inferior a 5%. Por essa razão, a
redução das emissões de metano teria um impacto muito mais significativo na sua
concentração na atmosfera do que a redução das emissões de dióxido de carbono. Assim,
apontar baterias para a redução das emissões de origem antropogénica de metano é tão ou mais importante para o futuro da Terra do que no caso do dióxido de carbono.

A maior fonte de metano de origem antropogénica é a agropecuária
intensiva, em particular o sistema digestivo dos ruminantes. O consumo massivo de carne por grande parte da população ocidental alimenta hoje uma indústria altamente poluente, que além das emissões´de metano contribui também largamente para a poluição dos lençóis freáticos e é responsável por 91% da desflorestação da Amazónia desde 1970 o que por sua vez favorece também a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera.

Pelo exposto, o Partido Pelos Animais, a par de diversas organizações de todo o mundo e de Sir Paul McCartney, que discursou sobre o tema perante o Parlamento Europeu há duas semanas, acompanhado e apoiado pelo Prof. Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas, assume
a sua convicção de que a melhor forma de lutar contra as alterações climáticas é promover activamente a redução do consumo de carne.

Além dos óbvios benefícios para a saúde e em termos de direitos dos animais, é hoje claro que optar por uma dieta sem carne, ou pelo menos diminuir o seu consumo, é uma das decisões individuais com maior e mais positivo impacto ambiental. Por esse motivo, cabe às entidades políticas nacionais e internacionais a divulgação clara desses dados e a sensibilização das populações para essa necessidade. O Partido Pelos Animais considera que esta questão não deveria, de modo algum, estar ausente da agenda da Conferência de Copenhaga, pelo que aqui regista a sua veemente discordância.

De acordo com o seu Manifesto e Declaração de Princípios, o Partido Pelos Animais assume o compromisso de informar os cidadãos e convidá-los à reflexão sobre esta matéria. Nesse âmbito, avançámos recentemente com uma proposta para um Dia Vegetariano por semana, à 3ª feira, confiando na adesão de todos aqueles que partilham das nossas preocupações ecológicas e com o bem-estar dos animais. Insistiremos continuamente na crucial importância deste tema, na expectativa de que não volte a ser excluído do debate político, social e mediático sobre as alterações climáticas e as grandes questões ambientais.

Quartafeira, 16 de Dezembro de 2009

A Comissão Coordenadora do Partido Pelos Animais

Para mais informações contacte:

Paulo Borges
918113021

www.partidopelosanimais.com
geral@partidopelosanimais.com

Fontes:
Intergovernmental Panel for Climate Change, Working Group I (2001). Climate Change 2001:
The Scientific Basis. Contribution of Working Group I to the Third Assessment Report of the
IPCC [versão electrónica]. Cambridge University Press. Cambridge e Nova Iorque. Acedido
em 14 de Dezembro de 2009.
http://www.grida.no/publications/other/ipcc_tar/
Intergovernmental Panel for Climate Change, Working Group I (2007). Climate Change 2007:
The Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to the Fourth Assessment Report
of the IPCC [versão electrónica]. Cambridge University Press. Cambridge e Nova Iorque.
Acedido em 14 de Dezembro de 2009.
http://www.ipcc.ch/publications_and_data/publications_ipcc_fourth_assessment_report_wg1_r
eport_the_physical_science_basis.htm
Livestock a major threat to environment (2006, 29 de Novembro). FAO Newsroom. Acedido
em 14 de Dezembro de 2009.
http://www.fao.org/newsroom/en/news/2006/1000448/index.html
Margulis, Sergio (2004). World Bank Working Paper No. 22: Causes of Deforestation of the
Brazilian Amazon [versão electrónica]. The World Bank. Washington, D. C.. Acedido em 14 de
Dezembro de 2009.
http://wwwwds.
worldbank.org/servlet/WDSContentServer/WDSP/IB/2004/02/02/000090341_2004020213
0625/Rendered/PDF/277150PAPER0wbwp0no1022.pdf
Mohr, Noah (2005). A New Global Warming Strategy: How Environmentalists are Overlooking
Vegetarianism as the Most Effective Tool Against Climate Change in Our Lifetimes [versão
electrónica]. EarthSave International. Acedido em 14 de Dezembro de 2009.
http://www.earthsave.org/news/earthsave_global_warming_report.pdf
Steinfeld, H., Gerber, P., Wassenaar, T., Castel, V., Rosales, M. e de Haan, C. (2006).
Livestock's long shadow Environmental
issues and options [versão electrónica]. FAO. Roma.
Acedido em 14 de Dezembro de 2009.
http://www.fao.org/docrep/010/a0701e/a0701e00.htm

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