Donde vimos, para onde vamos...

Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
segunda-feira, 2 de junho de 2025
Novo Livro MIL: de António Braz Teixeira (nos seus 89 anos): "O sentido das formas: páginas de estética luso-brasileira"
segunda-feira, 1 de julho de 2024
De António Braz Teixeira: "A reflexão ética luso-brasileira"
Nascido em 1936, António Braz Teixeira é, actualmente, como nós próprios já tivemos a oportunidade de sinalizar, “o maior hermeneuta vivo do nosso universo filosófico e cultural, não só português mas, mais amplamente, lusófono” (in Jornal de Letras, Artes e Ideias, 1-15 de Dezembro de 2021, p. 29). Tendo cunhado o conceito de “razão atlântica” – para, precisamente, sinalizar o chão comum do pensamento filosófico luso-brasileiro –, ele próprio, como também já tivemos a oportunidade de escrever, esclareceu entretanto “que esse era um conceito, em grande medida, ‘ultrapassado’; e que, hoje, mais do que de uma ‘razão atlântica’ (circunscrita ao espaço luso-brasileiro ou, quanto muito, luso-galaico-brasileiro), se deve falar, cada vez mais, de uma ‘razão lusófona’, senão mesmo de uma ‘filosofia lusófona’, porque aberta a todo o pensamento expresso em língua portuguesa, por muito que esse pensamento mais filosófico ainda não tenha realmente desabrochado em todo o espaço lusófono” (in António Braz Teixeira: Obra e Pensamento, coordenação de Celeste Natário, Jorge Cunha e Renato Epifânio, Porto, Faculdade de Letras da Universidade do Porto/ Bairro dos Livros, 2018, p. 547). Tese que, paradigmaticamente, subjaz a uma das mais recentes obras – A saudade na poesia lusófona africana e outros estudos sobre a saudade (2021) –, onde, a propósito da expressão poética da saudade na poesia lusófona africana, mostra bem o quanto está nela ínsita uma filosofia, como já acontece, de forma clara, no pensamento português, galego e brasileiro.
Já neste ano de 2023, António Braz Teixeira confirma essa tese – e esse estatuto –, com mais uma obra: A Reflexão Ética Luso-Brasileira (igualmente editada com a chancela do MIL: Movimento Internacional Lusófono). Trata-se de uma obra monumental, verdadeiramente enciclopédica, onde António Braz Teixeira reconstitui, com singular erudição e finura, as principais correntes e figuras da reflexão ética luso-brasileira desde o século XVIII – a saber: Ética Ecléctica: Nuno Marques Pereira, Martinho de Mendonça, Manuel de Azevedo Fortes, Luís António Verney, Matias Aires, Feliciano de Sousa Nunes, António Soares Barbosa, Tomás António Gonzaga, Teodoro de Almeida, Inácio Monteiro, José Agostinho de Macedo, Frei Francisco de Mont’Alverne, Diogo António Feijó e José da Silva Lisboa; Ética Utilitarista: Joaquim José Rodrigues de Brito, Silvestre Pinheiro Ferreira e António Henriques da Silva; Ética Espiritualista: Eduardo Ferreira França, Domingos Gonçalves de Magalhães, Joaquim Maria da Silva, Amorim Viana, Cunha Seixas, Antero de Quental e Ferreira Deusdado; Ética Tomista: José Soriano de Sousa e Tiago Sinibaldi; Moral Sociológica: Teófilo Braga e Sílvio Romero; Ética Cósmica: Guerra Junqueiro, Farias Brito e Sampaio Bruno; Ética Ontológica: Leonardo Coimbra, Manuel Barbosa da Costa Freitas e Joaquim Cerqueira Gonçalves; Ética Racionalista: Raul Proença, António Sérgio, Newton de Macedo e Roque Spencer Maciel de Barros; Ética da Força; Ética Neo-utilitarista: Sílvio Lima, Edmundo Curvelo e Mário Sottomayor Cardia; Ética Neo-tomista; Lúcio Craveiro da Silva, Roque Cabral e Henrique Lima Vaz; Ética Neo-idealista; Teoria da Experiência Ética: Renato Cirell Czerna, Miguel Reale e António Paim; Ética Fenomenológica; e Ética Existencial: Vicente Ferreira da Silva, Gerd Bornheim e Luís de Araújo.
Num tempo em que tanto se questiona o chão comum (no plano cultural, filosófico e até linguístico…) entre Portugal e o Brasil, eis, em suma, uma obra maximamente pertinente.
Renato Epifânio
"A reflexão ética luso-brasileira"
MIL/ DG Edições, 2023, 386 pp.
ISBN: 978-989-35021-2-9
terça-feira, 20 de fevereiro de 2024
Na NOVA ÁGUIA nº 33: de António Braz Teixeira...
PRESENÇA DO AUTO NO ESPAÇO CULTURAL LUSÓFONO
António Braz Teixeira
1. No seu início, no século XVI, o teatro português
demandou duas vias diversas, a primeira na ordem do tempo, a do auto ou
do teatro popular e a segunda, um pouco mais tardia, de feição renascentista ou
neo-latina.
Iniciada por Gil Vicente, no alvorecer da centúria e
por ele dominada até meados da década de 30, a primeira seria prosseguida,
depois, por comediógrafos e dramaturgos como Anrique da Mota, Afonso Álvares,
António Ribeiro Chiado, Baltasar Dias, António Prestes, Simão Machado e por
vários outros autores de menor envergadura, como Jerónimo Ribeiro, Jorge Pinto,
João Escobar, António de Lisboa, Sebastião Pires ou Francisco Vaz, de Guimarães
e pelos autores desconhecidos de textos religiosos e profanos como o Auto da
geração humana, o Auto de Vicente Anes Joeira, o Auto de D. André,
o Auto dos Sátiros, o Auto de D. Luís e os turcos ou o Auto do
Duque de Florença.
sexta-feira, 30 de junho de 2023
domingo, 14 de maio de 2023
17 de Maio, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto: Lançamento do Livro MIL “A reflexão ética luso-brasileira”, de António Braz Teixeira
“A reflexão ética luso-brasileira“, Lisboa, MIL/ DG Edições, 2023, 386 pp.
ISBN: 978-989-35021-2-9
Mais Livros MIL: https://millivros.webnode.com/
Para encomendar: info@movimentolusofono.org
domingo, 27 de fevereiro de 2022
Na NOVA ÁGUIA 29: de António Braz Teixeira, sobre Lima de Freitas...
O
pensamento estético de Lima de Freitas insere-se, desde o seu juvenil início,
na mais rica e significativa linha especulativa da nossa contemporaneidade, a
de uma estética de cariz simbólico,
iniciada por Aarão de Lacerda (1890-1947), na década de 1910, prosseguida pelos
seus discípulos José Marinho (1904-1975) e Álvaro Ribeiro (1905-1981) e por
dois discípulos destes, Afonso Botelho (1919-1996) e António Quadros
(1923-1993), e na qual se integra, igualmente, a meditação sobre a arte levada
a cabo por Almada Negreiros (1893-1970), Vergílio Ferreira (1916-1996) e Dalila
Pereira da Costa (1918-2012).
É este concepção simbólica da estética de Lima de Freitas que fundamenta e explica não só toda a sua criação plástica como também a sua permanente atitude crítica relativamente à arte abstracta (nisso se contrapondo, implicitamente, às posições estéticas de Eduardo Lourenço[1]), bem como a sua compreensiva valorização do surrealismo, sem prejuízo de reconhecer e assinalar as suas limitações ou insuficiências, bem como o sentido da sua crítica valorativa de alguns pintores portugueses contemporâneos (cf. PI e II).
[1] Cf. A. Braz Teixeira, “O pensamento estético de Eduardo Lourenço”, in NOVA ÁGUIA, nº 24.
domingo, 4 de abril de 2021
sábado, 6 de março de 2021
De António Braz Teixeira, para a NOVA ÁGUIA 27...
APROXIMAÇÃO
DO ACTUALISMO PEDAGÓGICO DE EDUARDO ABRANCHES DE SOVERAL
António Braz
Teixeira
1. Havendo exercido o magistério filosófico, em
Portugal e no Brasil, durante três décadas e meia, natural seria que Eduardo
Abranches de Soveral (1927-2003), como Leonardo Coimbra (1883-1936), Delfim
Santos (1907-1966), José Marinho (1904-1975) ou Agostinho da Silva (1906-1994),
se tivesse detido a considerar, reflexivamente, os problemas fundamentais
suscitados pela formação do homem, a que dedicou os volumes de ensaios Educação e Cultura (Lisboa, INP, 1993) e
Pedagogia para a era tecnológica
(Porto Alegre, EDIDUCRS, 2001), nos quais expôs os lineamentos da sua Filosofia da Educação que denominou actualismo pedagógico.
Em três ideias ou teses se fundava o pensamento
educativo do filósofo portuense:
― a de que, na pedagogia, existem estruturas e objectivos formais prévios aos condicionalismos e às finalidades
próprias de cada época, correspondentes às estruturas essenciais permanentes do
homem e da sua situação existencial;
― a de que todo o processo educativo visa promover a
maturidade pessoal do educando, dotando-o da capacidade para o exercício
permanente de uma liberdade responsável;
― a de que a Filosofia se acha no início e no fim de todo o processo educativo.
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
Sobre António Braz Teixeira, na NOVA ÁGUIA 22...
segunda-feira, 22 de janeiro de 2018
22-24 de Janeiro de 2018: Colóquio "António Braz Teixeira: a Obra e o Pensamento"
A Universidade do Porto (Instituto de Filosofia) e a Universidade Católica Portuguesa (Centro de Estudos de Filosofia - Centro Regional do Porto), em parceria com outras Universidades e entidades, irão promover, entre os dias 22 e 24 de Janeiro de 2018, um Colóquio sobre a Obra e o Pensamento de António Braz Teixeira.
Ver Programa: http://coloquiobrazteixeira.
quinta-feira, 21 de julho de 2016
21 Julho: 80 anos de António Braz Teixeira
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
De António Braz Teixeira, para a NOVA ÁGUIA 17...
terça-feira, 28 de julho de 2015
De António Braz Teixeira, para a NOVA ÁGUIA 16...
domingo, 12 de abril de 2015
sexta-feira, 6 de março de 2015
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
De António Braz Teixeira, para a NOVA ÁGUIA 14
sábado, 22 de fevereiro de 2014
De António Braz Teixeira, para a NOVA ÁGUIA 13 | A Ética Dialéctica de António José de Brito
(excerto)
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Sobre Orlando Vitorino, nos 10 anos da sua morte, para a NOVA ÁGUIA 12: António Braz Teixeira, "O LIBERALISMO DE ORLANDO VITORINO"
(excerto)