A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Sobre António Braz Teixeira, na NOVA ÁGUIA 22...



A TEORIA DO MITO NA FILOSOFIA DA RELIGIÃO LUSO-BRASILEIRA DE ANTÓNIO BRAZ TEIXEIRA
Samuel Dimas


Introdução: a que condição da experiência do Ser corresponde o mito?
António Braz Teixeira desenvolve uma Filosofia da Religião que se fundamenta na experiência do Absoluto indecifrável[1], a qual se realiza através da instância superior da inteligência que encerra uma intuição intelectual do invisível[2]. A razão que preside à sua reflexão filosófica excede a abstração formalista e a experiência empírica, para se fundamentar numa harmonia gnósica entre sensação, intuição, sentimento, inteleção, imaginação e crença[3]. Trata-se de uma razão que integra o contributo das diversas formas da experiência, como a ética, a estética, a metafísica e a religiosa, ascendendo do numinoso do mito até à sublimidade do mistério sagrado pela união mística (Cf. loc. cit.).
Mas esta perspetiva exige o esclarecimento de duas questões fundamentais no pensamento do autor. Em primeiro lugar: esta intuição intelectual corresponde à contemplação sub specie aeternitatis da filosofia de Espinosa, que Dalila Pereira da Costa associa à união mística[4], e segundo a qual é possível um conhecimento adequado da essência eterna e infinita de Deus, ou corresponde à experiência atemática e transcendental do ser em que Deus se revela misteriosamente de forma implícita[5]? Em segundo lugar: o mito é concebido como uma forma alegórica de explicar a realidade espiritual da experiência imediata do mistério do ser originário, que é subjacente ao devir histórico, através de uma realidade concreta e com o recurso à analogia e à poesia por meio de imagens e metáforas, ou, de modo distinto, é concebido como uma forma tautegórica de uma presentificação de si mesma no drama ritual de deus, homem e natureza, e é concebido como uma forma teogónica da realidade divina da Origem que vem a ser no mundo?



[1] Cf. Manuel Ferreira Patrício, «Reflexão sobre o modo português de pensar filosoficamente em diálogo subtil com António Braz Teixeira e em sua homenagem», in AA. VV, Convergências e Afinidades, Homenagem a António Braz Teixeira, p. 172.
[2] Cf. António Braz Teixeira, Caminhos e Figuras da Filosofia do Direito Luso-Brasileira, 2.ª ed ampliada, Lisboa, Novo Imbondeiro, 2002, p.19.
[3] Cf. António Braz Teixeira, Deus, o Mal e a Saudade: Estudos sobre o Pensamento Português e Luso-Brasíleiro Contemporâneo, p. 11.
[4] Cf. Dalila Pereira da Costa, A Nova Atlântida, Porto, Lello & Irmão Editores, 1977, p. 359.
[5] Cf. B. Espinosa, Ética, parte II, prop. XLVII, Lisboa, Relógio d’Água Editores, 1992, p. 251.