Em todos os seus números, a
Revista NOVA ÁGUIA tem assumido o propósito de, sem qualquer complexo
histórico, dar voz às várias culturas lusófonas. Eis o que neste número uma vez
mais acontece, de forma particularmente eloquente, desde logo na secção de
abertura, onde publicamos uma selecção de textos apresentados no V Congresso da
Cidadania Lusófona, promovido pelo MIL: Movimento Internacional Lusófono.
Na secção seguinte, publicamos
uma dezena de textos sobre Dalila Pereira da Costa, cujo centenário do
nascimento se comemora em 2018. Depois de já a termos homenageado no ano do seu
falecimento (2012), promovemos este ano um Ciclo Evocativo sobre a sua Obra no
Palacete Viscondes de Balsemão, no Porto, sua cidade natal, onde alguns dos
textos que aqui publicamos foram apresentados em primeira mão.
A par de Dalila Pereira da
Costa, Francisco de Holanda é a grande figura em destaque neste número da NOVA
ÁGUIA. Em 2017 assinalaram-se os quinhentos anos do seu nascimento e o
Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, em parceria com outras entidades,
promoveu, na Biblioteca Nacional, em Lisboa, um Colóquio sobre a sua “Pintura e
Pensamento”. No essencial, são os textos apresentados nesse Colóquio que aqui
publicamos: dezena e meia de textos, que dão conta das diversas facetas de uma
obra absolutamente singular no âmbito da cultura lusófona.
Temos depois uma série de
outras “Evo(o)cações”, naturalmente mais breves: de Albano Martins, que nos
deixou neste ano, até Dora Ferreira da Silva e Manuel Antunes (que completariam
igualmente cem anos em 2018), passando por outras figuras não menos relevantes
– nomeadamente, Ferreira Deusdado, falecido há cem anos (e que será o autor de
referência do IV Colóquio do Atlântico, por iniciativa do Instituto de
Filosofia Luso-Brasileira, da Universidade dos Açores e da Universidade
Católica Portuguesa).
Na secção seguinte, “Outros
voos”, mantemos essa senda lusófona, começando por dois ensaios: um sobre a “Expressão
e Sentido da Saudade na poesia angolana e moçambicana”, outro sobre o “Ensino
da Filosofia em Cabo Verde”. Como igualmente tem sido hábito, publicamos, em
“Extravoo”, mais alguns inéditos – nomeadamente, de Agostinho da Silva e
António Telmo, dois autores de referência para a NOVA ÁGUIA. Por fim, em
“Bibliáguio”, publicamos uma série de recensões de algumas obras recentemente
lançadas (parte das quais publicadas também com a nossa chancela), e, em
“Memoriáguio”, registamos fotograficamente alguns eventos para memória futura.
A Direcção da NOVA ÁGUIA
Post Scriptum: Dedicamos este número, no plano pessoal, a Manuel
Ferreira Patrício, que completou em Setembro oitenta anos (particularmente
fecundos) de vida – no próximo número, publicaremos um extenso ensaio, de
Emanuel Oliveira Medeiros, sobre a sua Obra. No plano institucional, dedicamos
este número à Academia Internacional da Cultura Portuguesa, que, em Junho deste
ano, honrou o MIL: Movimento Internacional Lusófono (e, por extensão, a NOVA
ÁGUIA) com a distinção de “Instituição Honorária”. À Academia Internacional da
Cultura Portuguesa, na pessoa de Adriano Moreira, o nosso público
reconhecimento por tão honrosa distinção.