A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Da Epopeia do Mar à de Amar

«Mas a Ideia quem é? quem foi que a viu,
Jamais, a essa encoberta peregrina?
(...)
Outra amante não há! não há na vida
Sombra a cobrir melhor nossa cabeça,
Nem bálsamo mais doce, que adormeça
Em nós a cantiga, a secular ferida!
(...)
Será sempre ela a esposa prometida
Antero de Quental, Prosas da Época de Coimbra

«Pois aquilo que cada navegante e seu capitão [coração] realizam nesta ilha [vida] será o acto supremo de conhecer seu anjo e com ele se unir, para sua imortalidade. A alma só tomando consciência de si mesma, como Anima, poderá conhecer o seu anjo, ou duplo celeste.

É uma morte iniciática o que provoca a sua contemplação: poderoso choque que levará o amante a outro nível espiritual de vida (...). Dirá Dante: «transformar-se-á em nobre coisa ou morrerá» (Vita Nova). E Camões dirá desse choque, tal o dum relâmpago: «Amor, que o gesto humano na alma escreve, / Vivas faiscas me mostrou um dia (...).

Dante dirá: «assim sou Ella» (Vita Nova) e Camões, «Olhai-me a mim, que sou feitura vossa».

Em todos os relatos do sulismo, de fonte gnóstica o Anjo do Conhecimento é identificado ao Espírito Santo; Natureza perfeita, ou Inteligência agente, como o Dador. A angelologia sendo aqui inseparável do processo de individuação, ou libertação perfeita da alma, como face a face última do homem com seu eu verdadeiro, supra-pessoal (...) Havendo ainda nesta tradição, uma referência a partir do Espírito Santo e Anjo Gabriel, à «Virgem da Luz» do maniqueísmo, como figura de Sophia divina, que na gnose, é identificada ao Espírito Santo.
Vemos assim, que fundas implicações de sabedoria e de tradição religiosa portuguesa, estarão implicadas na figura divinizada da mulher, na poesia lírica de Camões, como «figura angélica» e na sua poesia épica, como «ninfa mor»: a figura feminina surgindo como doadora da sabedoria suprema, iniciadora dos mistérios invisíveis do céu.»
Dalila Pereira da Costa, Raízes Arcaicas da Epopeia Portuguesa e Camoniana



«Deixa-me ouvir o que não ouço...
Não é a brisa ou o arvoredo;
É outra coisa intercalada...
É qualquer coisa que não posso
Ouvir senão em segredo
(...)
Vejo-me, somos dois...»
Fernando Pessoa

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