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5 comentários:
O Cavaleiro e os Moinhos
Composição: João Bosco & Aldir Blanc
Acreditar
Na existência dourada do sol
mesmo que em plena boca
nos bata o açoite contínuo da noite.
Arrebentar
a corrente que envolve o amanhã,
despertar as espadas,
varrer as esfinges das encruzilhadas.
Todo esse tempo
foi igual a dormir num navio:
sem fazer movimento,
mas tecendo o fio da água e do vento.
Eu, baderneiro,
me tornei cavaleiro,
malandramente,
pelos caminhos.
Meu companheiro
tá armado até os dentes:
já não há mais moinhos
Devolver o coração de um cavaleiro é viajar no tempo e reintegrar valores esquecidos.
Beijos pro maninho-poeta.
O que se perde ou renuncia só regressa no reencontro do que nunca houve.
Graças! Saúde!
[...]
(As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei!...)
E sinto que a minha morte -
Minha dispersão total -
Existe lá longe, ao norte,
Numa grande capital.
[...]
Mário de Sá-Carneiro, Dispersão
Para que o que nunca houve, seja, alguém tem que procurar caminho - um de terra.
Abraço, Paulo.
P. S. Tu conheces o meu coração... o mais são palavras que o fogo, no fim, devorará.
Obrigado pela letra, Bia; Quixote me inspira muito - embora o meu cavaleiro nada tenha de pícaro... é o mundo em volta que se tornou sem sentido, uma miragem.
Beijinho... ;)
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