A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sábado, 12 de julho de 2008

O CAVALEIRO SEM CORAÇÃO

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Dedicado ao Paulo Borges



Entre valas negras, enterrou fundo
O seu pobre coração de chumbo e
Vai, para onde vai o vento. Os lábios,
Secos, a pedir a paga mais simples,
A sombra, o pão, a água e o caminho.

Devolvam ao cavaleiro perdido
A sua rosa de sangue, a que é pura,
A que canta alto na noite e,
Quando mãos a tocam, se desfaz
Em pássaros roxos. Escuras, tristes,
As águas choram, choram
Porque ele passa, passa e não fica.

Cavaleiro sem coração, «Adeus!»,
«Voltas quando voltar o vento?»,
O vulto que passa, passa e não fica,
Os pássaros roxos por companhia.

Ó devolvam-lhe, águas chorem, ó
Devolvam-lhe a sua rosa de sangue.


Lord of Erewhon

5 comentários:

Ana Beatriz Frusca disse...

O Cavaleiro e os Moinhos
Composição: João Bosco & Aldir Blanc

Acreditar
Na existência dourada do sol
mesmo que em plena boca
nos bata o açoite contínuo da noite.
Arrebentar
a corrente que envolve o amanhã,
despertar as espadas,
varrer as esfinges das encruzilhadas.
Todo esse tempo
foi igual a dormir num navio:
sem fazer movimento,
mas tecendo o fio da água e do vento.
Eu, baderneiro,
me tornei cavaleiro,
malandramente,
pelos caminhos.
Meu companheiro
tá armado até os dentes:
já não há mais moinhos

Ana Beatriz Frusca disse...

Devolver o coração de um cavaleiro é viajar no tempo e reintegrar valores esquecidos.
Beijos pro maninho-poeta.

Paulo Borges disse...

O que se perde ou renuncia só regressa no reencontro do que nunca houve.

Graças! Saúde!

Lord of Erewhon disse...

[...]
(As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei!...)

E sinto que a minha morte -
Minha dispersão total -
Existe lá longe, ao norte,
Numa grande capital.
[...]

Mário de Sá-Carneiro, Dispersão



Para que o que nunca houve, seja, alguém tem que procurar caminho - um de terra.

Abraço, Paulo.
P. S. Tu conheces o meu coração... o mais são palavras que o fogo, no fim, devorará.

Lord of Erewhon disse...

Obrigado pela letra, Bia; Quixote me inspira muito - embora o meu cavaleiro nada tenha de pícaro... é o mundo em volta que se tornou sem sentido, uma miragem.

Beijinho... ;)