A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
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Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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sábado, 20 de setembro de 2014

DESAFIOS DE PORTUGAL: A IDENTIDADE NACIONAL | De Adriano Moreira, para a NOVA ÁGUIA 14

 
Numa data em que é evidente a crise de mais de um Estado, designadamente na área ocidental, e particularmente no Norte do Globo onde residiu durante séculos a hegemonia global, no sentido de evoluírem para a categoria de Estados Exíguos, isto é, com relação deficitária entre as suas capacidades e objectivos, parece-nos do maior interesse e actualidade meditar sobre a relação entre a Nação e o Estado, que apenas em 1918 foram proclamados como realidades que devem coincidir.
Tendo por segura a ideia de que a identidade da Nação Portuguesa, é uma das mais antigas, senão a mais antiga europeia, as Cortes de Coimbra, reunidas entre 3 de Março e 10 de Abril de 1385, também podem entender-se como consagrando, em vésperas de uma guerra longa com Castela, a união entre a Nação e o Estado querido pela primeira, entendido aqui o Estado como o enquadramento institucional da governança soberana.
Esta união entre a Nação e o Estado, no sentido que viria a ser afirmado nos lembrados 18 Pontos de Willson em 1918, foi quebrada pela Dinastia dos Habsburgos Espanhóis, que governaram Portugal entre 1580-1640, com violação das leis do Reino, pelo uso das armas e da corrupção, dando origem à consolidação do mito do Sebastianismo, que alimentou a vontade de regressar a uma dinastia também nacional, o que é lembrado e celebrado por esta Sociedade Histórica da Independência de Portugal no 1.º de Dezembro de cada ano, no Palácio que abrigou os Conjurados. O facto que historicamente marca esta alteração gravosa do estatuto do Reino de Portugal é sempre identificado com a Batalha de Alcácer-Quibir, travada em 14 de Agosto de 1578, onde morreu talvez metade dos efectivos do exército português, foram aprisionados milhares de combatentes incluindo os representantes da nobreza mais destacada; na base do desastre, além da inexperiência e impetuosidade do jovem Rei, que diz respeito à condução das operações, a situação de o Estado exíguo ficou demonstrada, e a primeira questão importante que as circunstâncias evidenciaram foi a de preservação da identidade nacional, ponto de apoio para a resistência ao infortúnio e recuperação de um Estado nacional.
Não deixaram de existir motivações menores, quer para acompanhar os riscos da Restauração, quer para evitar os riscos consequentes do levantamento, quer para reivindicar o êxito seguro da conspiração e revolta, mas o que interessa e releva é a determinação com que “sábado, primeiro de Dezembro de 1641, dia memorável para as idades futuras, a nobreza da Cidade de Lisboa, para remédio da ruína em que se via, e ao Reino todo, aclamou por Rei o Duque de Bragança Dom João, príncipe benigníssimo, magnânimo, fortíssimo, piedoso, prudente, nos trabalhos incansável, no governo atento, no amor da república cuidadoso, do seu acrescentamento ardentíssimo, e vigilante, legítimo sucessor do Império Lusitano”. [1]
A crítica contemporânea, apoiada nos adiantamentos da ciência política, na mudança de perspectivas, e no progresso da metodologia e fontes da história, separa a definição, como que mitológica, do evento, das realidades dominantes na área das legitimidades jurídicas da época, na distância de então entre o princípio tardio da exigente coincidência entre Nação e Estado e as vigências do legitimismo.
Mas do ponto de vista da identidade nacional, e do que isso significa e crescentemente importa na conjuntura que vivemos nesta entrada do terceiro milénio, é que a História de Portugal Restaurado, escrita pelo Conde da Ericeira D. Luís de Meneses, a persistente doutrinação do Padre Vieira, o sobrevivente sebastianismo a adaptar-se a cada época, é finalmente, (Ramos, 2010) o facto de que “no ambiente nacionalista da viragem para o século XX, não só se ampliou o interesse pelo estudo do acontecimento, como o mesmo foi elevado ao estatuto de uma das datas essenciais da afirmação da identidade nacional”. As dificuldades da mobilização militar, as dificuldades financeiras, a designação das chefias militares competentes, e os condicionamentos adversos da circunstância internacional, não impediriam que a mais longa guerra em que Portugal esteve envolvido, de 1640 a 1668, vencesse os Habsburgos, recuperasse o império com perdas limitadas, recuperando igualmente o lugar independente na cena internacional. Como lembrou D. Manuel Clemente, em 1810 o Estado estava falido e foi necessário refundar o Estado, em 1910 o Estado estava falido e foi necessário refundar o Estado, em 2010 o Estado está em circunstância de desastre, e, com base na identidade, é necessário de novo reconciliar a Nação com o Estado, com base no espírito que vive nesta instituição. As evidências não parecem discutíveis.
Na dificílima circunstância em que se encontra Portugal, amarrado à séria circunstância do globalismo sem regras, começa a ganhar enorme relevo o facto de ter sido negociado um acordo internacional de auxilio financeiro, com regras severas e vigilantes atentos, e tudo parece remetido para futuriveis incertos pelos debates que antecedem necessariamente as eleições.
Não se trata apenas de ter um povo para governar, dentro de um território limitado e excessivamente abandonado, com escassos recursos próprios a dinamizar, e leis da Republica a observar, também acresce nesta data um compromisso internacional que estrutura o limite da criatividade sem regras que a soberania usou demasiadas vezes, ao longo da história e para além das capacidades e das leis.
O debate sobre as personalidades, e sobretudo envolvendo as ambições incompatíveis dos interlocutores, ultrapassa facilmente a capacidade de o eleitorado finalmente ver a realidade que permanece para além do que se consegue ouvir. Disse o Padre Vieira, no Sermão para o dia de S. Bartolomeu, que “não há coisa mais difícil, que eleger um homem outro homem”, porque “com a paixão, ou ainda sem ela, nenhum homem conhece o outro”, e o alarido em que frequentemente se transformam os debates e comentários não contribuem para vencer esta barreira. Do que se trata é do futuro, se possível aceitável, porque do passado todos conhecem o suficiente pelos efeitos que atingem a terra e as gentes, situação que não melhora com reinterpretações e voz forte.
Voltando ao Padre Vieira, e agora ao Sermão da Quarta Feira da Quaresma do ano de 1669, parece apropriado lembrar este texto: “Estais Cegos. Ministros da República, da Justiça, da Guerra, do Estado, do Mar, da Terra, vedes as obrigações, que se descarregam sobre o vosso cuidado, vedes o povo, que carrega sobre as vossas consciências, vedes as desatenções do governo, vedes os enredos, vedes as dilações, vedes os subornos, vedes os respeitos, vedes as potências dos grandes, e as vexações dos pequenos, vedes as lágrimas dos pobres, os clamores, e gemidos de todos? Ou os vedes, ou os não vedes. Se o vedes, como o não remediais? E se não remediais, como os vedes? Estais cegos”.
O Padre não viveu os tempos em que os meios de comunicação consentissem que o Estado Espectáculo, em todas as suas vertentes da soberania, sem distinguir entre detenção do poder e oposição, se tornou no modelo mais cultivado, de modo que nem o eleitorado, não fora medir as circunstâncias pelos efeitos que sofre, não conseguiria ver, ao menos parte da realidade, pela cortina de palavras que tem de ouvir. De algum modo, a própria Europa no seu todo, tendo por alarme algumas anunciadas reacções não efectivadas contra o auxilio a Portugal, designadamente da Finlândia, da Alemanha, ou da Inglaterra, está a por em causa a percepção da debilidade colectiva em que se encontra perante o resto do mundo, supondo que o regresso aos atomismos dos interesses próprios de cada país não atinge gravemente a debilidade colectiva de um agregado que, com as suas guerras interiores, destruiu o império que tinha sobre o que chamou “resto do mundo”, que é onde se encontram as matérias primas, as energias não renováveis, e até os suplementos da alimentação que não produz.
E também a nova vaga dos que crescem de poder e não diminuem a memória de submissões passadas. A política não tem a gratidão como uma das suas virtudes fundamentais, mas a solidariedade de um espaço que decaiu de poder, e que pretende não apenas salvaguardar o que ainda tem, mas progredir, se possível, no equilíbrio mundial, é com base nos interesses, que moveram a sabedoria dos fundadores, que tem de basear decisões bem definidas para salvaguardar não apenas o espaço europeu, mas de facto o espaço ocidental. Os ditos de espírito, ou falta dele, podem aliviar tensões individuais, mas não resolvem problemas. Precisamos sobretudo de vozes que ajudem a ver a realidade, que promovam as solidariedades cívicas, que tenham o bem comum como paradigma. Com isto preservam as diferenças.
Quando, em 1890, a humilhação do Ultimato feito pela Inglaterra, colocando um ponto final na ambição excessiva do Mapa Cor de Rosa, as manifestações patrióticas que tiveram expressão no apelo à vontade nacional com A Portuguesa de Alfredo Keil e Henrique Lopes de Mendonça, mas também de desânimo expresso com o Finis Patriae de Junqueiro, não foi o regime político o valor a salvar, não foi o declínio desse regime o inspirador, tratou-se da identidade nacional, do seu paradigma apoiado como sempre em realidades e mitos, mas proclamado, ou com esperança e projecto, ou com desânimo e lamentos, de facto animando finalmente a constituição do Terceiro Império, o africano, que terminaria, acompanhando o fim do Império Euromundista em que participava, em 1974.
Neste ano, parece-me oportuno referenciar, relembrando D. Manuel Clemente, esta permanência da identidade nacional como valor directivo da mobilização das vontades cívicas, não subordinadas à estrutura política como demonstrou no passado, consolidado progressivamente o princípio de que o Estado, como estrutura de governança, que na convicção do Lord Acton em regra precedeu a Nação, é definitivamente um servidor dela, e que deve ser reformulado sempre que a função o exige.
A esta tendência impulsionada pelo globalismo, que é um factor externo, acrescenta-se em vários casos, numa das integrações em regionalismos como o da União Europeia, a evolução do Estado para Estado Exíguo, isto é, para uma situação de relação acentuadamente negativa entre os recursos e os objectivos dessa entidade, já submetida à evolução da soberania renascentista para a soberania cooperativa que implica transferência de competências para centros de poder do novo espaço integrador. É nesta situação que se encontra o Estado Português, abrangido com os parceiros da União nas transferências de competência do Tratado de Lisboa, mas também fortemente atingido pela crise financeira e económica mundial, sendo objecto da crise de confiança que lavra por toda a União, quer na relação da sociedade civil com o Poder político, quer na vida privada em que, ao lado da sociedade civil, cuja estrutura de solidariedade e confiança, expressa no património imaterial da sua cultura específica, sofre deteriorações várias, quer na sequência da transformação das fronteiras geográficas em apontamentos administrativos, quer pelo descontrolo das migrações, uma realidade não absorvida pelo tecido cultural da sociedade civil, e que corresponde ao conceito de multidão, com as implicações de conflitos que se multiplicam em várias grandes cidades europeias.
Nesta crise, com certamente raros exemplos passados de referência, a questão do valor fundamental das identidades emergiu entre as inquietações que interpelam grandes e pequenos Estados.
Nos EUA, a chegada das antigas minorias ao poder, que inquietou Huntington, foi sublinhada pela proclamação de Obama quando afirmou – somos todos americanos –, uma temática que começa a ter réplicas preocupantes dentro da superpotência sobrante. Mas é o globalismo, de efeitos colaterais insuficientemente identificados, que obriga a acompanhar com atenção preocupada, indagações como a levada a cabo por François Jullien, sobre os conceitos de universal, uniforme e comum, em confronto com realidades a que correspondem os conceitos de alteridade, heterogéneo, e singular.[2]
É nesta categoria do singular que a questão da identidade dos povos tem um lugar principal e uma exigência de meditação inadiável.
Voltando à relação actual de Portugal com a sua circunstância, interna e externa, tudo aponta para o imperativo de olhar com sentido histórico, cívico, e de futuro, para relação entre identidade e Estado, numa data em que o Estado dá sinais irrecusáveis de evolução para Estado Exíguo, com o valor básico da confiança atingido na vida civil e na relação entre a Nação e o Estado, para assumir que a crise do Estado não é a crise da identidade nacional, que no passado graves crises do Estado foram resolvidas e ultrapassadas pelo dinamismo cívico derivado da solidez da identidade nacional. Seria inteiramente falso e abusivo, e talvez agravante da crise, imaginar ou sugerir que é a natureza filosófica e jurídica dos regimes que estas crises inevitavelmente atingem. De facto é a crise do valor da confiança que leva ao apelo urgente à autenticidade, à exigência de vozes capazes de elucidar sobre a realidade desafiante e mobilizar para respostas inovadoras com os sacrifícios indispensáveis. É a própria soberania, que não pode deixar de evoluir respondendo à mudança imperativa das circunstâncias mundiais, mas que não é imperativo que nessa evolução perca o sentido da igualdade na tomada de decisão e a noção da exigência de assegurar a capacidade de a manter. Recentemente, o professor Jonh Crowley escrevia que “longe de ser um “repli”, a identidade é, para o melhor e o pior, um avanço. Para o pior se tomarmos à letra a sua pretensão de ser “naturelle”; para o melhor se os particularismos puderem ser o ponto de apoio para um universalismo coerente”.
Voltando aos conceitos de François Jullien, no globalismo que nos envolveu sem projecto e largamente construído com efeitos colaterais, o particularismo da identidade nacional não se confunde nem com as interdependências desses efeitos colaterais, nem com a uniformidade dos consumismos que resulta da teologia de mercado: a identidade nacional é um institucionalismo criado pela história, é uma célula irredutível da marcha para a articulada unidade da governança mundial a construir, e por isso mesmo a titular da vontade de reorganizar o Estado em crise para o habilitar a servir a comunidade. Foi o que aconteceu no 1.º de Dezembro de 1640, uma celebração que não é apenas um exercício de veneração do passado, é um exercício de inspiração no passado a pensar na responsabilidade cívica de reabrir o futuro.
No caso português, sem poder ignorar o processo evolutivo do Brasil, que prudentemente avalia a escolha de futuros entre os compromissos com o regionalismo sul-americano e a sua própria afirmação de grande potência, a solidariedade procurada entre os países de língua portuguesa, na organização que espera mais atenção e desenvolvimento, que é a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), é uma contribuição sua. Não apenas para a racionalização do globalismo, e para o património imaterial de que se ocupa a UNESCO, mas também para o interesse desta Europa, à procura de objetivo estratégico convictamente partilhado, de governança finalmente racionalizada, com imaginação criadora e lideranças credíveis. Tudo para que a Euráfrica não seja apenas um sonho que a realidade semeie de pontos de interrogação, a que lembranças revitalizadas do passado impeçam de encontrar respostas construtivas. Na circunstância atual, não é fazendo renascer o espirito de cidadelas na União que a fraqueza desta encontrará remédio, porque não poderá dispensar os esforços ordenados para dominar a irracionalidade do globalismo.
Finalmente, sempre lembrarei que não se escolhe o país em que se nasce, mas que decidir ficar é um ato voluntário e de amor. Uma decisão que não se toma a benefício de inventário do passado, torna-se, com esperança, a benefício do futuro da maneira portuguesa de estar no mundo.

[1] In Rui Ramos (coord.), História de Portugal, A Esfera dos Livros, Lisboa, 2010, pg. 295.
[2] François Jullien, O Diálogo entre as culturas, do universal ao multiculturalismo, ZAHAR, Rio de Janeiro, 2009.