A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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quinta-feira, 9 de abril de 2009

Finalizando...

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Sem meias palavras: a favor do Acordo Ortográfico (III, IV e V)

III
Muito gostam os detractores do Acordo de citar, entre outros, Teixeira de Pascoaes, a respeito da Reforma Ortográfica de 1911, com o qual se acabou, por exemplo, o “ph”, com o argumento de que era preciso simplificar a grafia, em prol de uma mais ampla alfabetização do povo. Mas – este é o ponto – os detractores do actual Acordo não defendem o regresso a 1910. Mesmo os monárquicos…
Ou seja, quem está contra o Acordo em nome da integridade da língua portuguesa – ou, mais exactamente, da sua grafia – passa, consciente ou inconscientemente, por cima do facto de que esta foi sendo alterada por diversas vezes. Por dever de ofício, tenho tido experiência directa disso – tendo digitalizado os “Cadernos” de Agostinho da Silva dos anos 30 e 40, dei-me rapidamente conta de que a ortografia que ele segue nos primeiros já não a mesma que segue nos últimos. Nos primeiros “Cadernos”, por exemplo, a palavra “mãe” aparece com um “i”: “mãi”. Há alguém hoje que escreva ou queira de novo escrever “mãe” assim? Nem, decerto, os velhos republicanos…

IV
Dito isto, tenho a dizer que, se na altura fosse vivo, teria sido contra a Reforma de 1911. Pela mesma primacial razão, de resto, pela qual defendo o actual Acordo Ortográfico.
A Reforma de 1911 foi unilateral – ou seja, realizou-se sem o prévio Acordo com o Brasil. Do que se trata agora, no essencial, passados quase cem anos, é de reunificar a Grafia em todo o espaço lusófono (incluindo a nossa “noiva-irmã” Galiza).
Nessa medida, este é um Acordo sobretudo político – e é também, sobretudo, nesse plano que eu o defendo. É importante, na minha perspectiva, para Portugal e para todos os demais países lusófonos que se chegue, cada vez mais, a um Acordo – desde logo ortográfico. E que depois esse Acordo se estenda aos mais diversos planos…
Replicar-me-ão que, com este Acordo, se perde, nalguns casos, a sustentação etimológica – é verdade, mas essa sustentação já hoje, em muitos casos, não existe.
Replicar-me-ão ainda que este Acordo não unifica realmente a ortografia, dado que, nalguns casos, permite uma grafia dupla – é verdade, mas este foi o Acordo possível. Se este Acordo, que demorou tantos anos a construir, fosse agora derrubado, nunca mais – atrevo-me a dizê-lo – se voltaria a falar do assunto…
Daqui a vinte anos, entrando em vigor este Acordo, o mesmo, de resto, sucederá. Será a nova geração, aquela que crescer a escrever já segundo o Acordo, aquela que enterrará de vez o assunto. Eu próprio, que tanto defendo o Acordo, já sou demasiado velho para isso. E por isso escrevo este texto (e todos os outros) “à antiga”. Sendo ainda jovem, sou já demasiado velho para me “atualizar”.

V
Ainda assim, há casos bem piores. Há quem tenha chegado “demasiado tarde para os deuses e demasiado cedo para o ser”. Essa parece-me ser uma situação bem mais dramática. Talvez, quem sabe, se por aqui me perdoarem esta provocação, vos fale sobre isso numa próxima oportunidade…

4 comentários:

Casimiro Ceivães disse...

A provocação final fica desde já perdoada, caro Renato Epiphaneo... :)

Também não gostaria de ser forçado a escrever 'mãi', e não sou um velho republicano. Mas não por não gostar do 'i' final; apenas porque me entedia ser forçado.

Por outro lado é claro que é de pequenino que se torce o pepino; mas nessa vicissitude frutícola e nesse provérbio enuncia-se o problema grande da fronteira subtil entre a educação e a tirania ('antes quebrar que torcer', também diz o povo, mas a infância quebra facilmente demais e não gostamos de nos reconhecer o fácil pepino-do-Outro).

Dito isto, venha rapidamente o Acordo e a sua implementação, que o mundo já não está para caturras como eu.

Ariana Lusitana disse...

Gostei, é um texto claro sem fundamentalismos.

julio disse...

E "Finalizando..." disse o que eu diria diria, com certeza, se assim bem o soubesse dizer.

OCTÁVIO DOS SANTOS disse...

Sinceramente, Renato, espanta-me como vocês continuam a perder tempo com o Acordo Ortográfico, uma «causa» que, além de inútil e ridícula, é, está, perdida à partida... Para o comprovar, veja-se quantos signatários tem, actualmente, a vossa petição, a favor: pouco mais de... mil. E quantos tem a petição contra: mais de cem mil.

Este «aborto» será, acredito, definitivamente posto de lado quando tanto Sócrates como Lula forem corridos do poder. Os esquerdistas como eles é que são adeptos da «novilíngua» à George Orwell.

E, para acentuar ainda mais o absurdo desta parvoíce, veja-se quantas variantes de inglês existem (basta abrir um documento em Word, ir às «Ferramentas» e depois à «Língua»): dezoito! Acaso os anglófonos se preocupam com a suposta «fragmentação» do inglês? Não! Porque são pessoas com juízo, e têm coisas mais importantes com que se preocupar...