A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

SOBRE A GALIZA E OUTRAS “REGIÕES” IBÉRICAS: 9 BREVES NOTAS…













Para o Clavis, o Luís Cruz Guerreiro e o Miguel Santos (e o Casimiro, se é que ele ainda nos segue…).

1. Gosto muito da Galiza, em particular de Santiago de Compostela. Imaginar-me-ia, mesmo, a viver lá…

2. Insiro a Galiza no espaço lusófono. Mais do que uma simpatia geral para com os portugueses, na Galiza tenho encontrado um grande amor pela nossa língua e cultura, muito maior do que em muitos portugueses. Verifiquei isso em 2006, aquando das Comemorações do Centenário de Agostinho da Silva, verifiquei isso, mais recentemente, aquando do lançamento da NOVA ÁGUIA…

3. A Galiza é muito mais do que uma “região espanhola”. Tal como a Catalunha e o País Basco não são “regiões espanholas”. São nações. Tendo uma língua e cultura própria, são, de facto, nações. Ainda que nações sem Estado.

4. Como já aqui escrevi, acho que o futuro natural dessas nações será a independência. Começando pela Catalunha, passando pelo País Basco…

5. E a Galiza? Quanto a ela, tenho mais dúvidas. Durante muitos anos, Fraga Iribarne, ex-ministro de Franco, cimentou a inclusão em Espanha. Depois, há um nível de vida que poderia ficar em causa com a independência… Mas, talvez, esta venha a acontecer, mais tarde. E se, assim for, a relação com Portugal será sempre muito particular…

6. Com Portugal enquanto nação, e não com apenas uma região em particular. Se em Portugal existem regiões, elas não são comparáveis com as referidas “regiões espanholas”. Desde logo pela dimensão – se olharmos para Península Ibérica e a dividirmos em “regiões” com uma dimensão semelhante, verificamos que Portugal forma uma única…

7. Daí, de resto, as minhas reservas quanto ao regionalismo. A União Europeia incentiva-o para, a meu ver, melhor poder reinar… No actual estado de coisas, a instância “nação” é a melhor barreira de resistência à União Europeia em particular e à Globalização em geral. Isto, como é óbvio, na perspectiva de quem pretende preservar a sua língua e cultura…

8. Já o municipalismo, no quadro na “nação”, parece-me algo de mais fecundo… Até porque os municípios, em livre associação, é que deveriam formar depois as “regiões” – naturais, de geometria variável, não desenhadas, a régua e esquadro, pelo Governo…

9. Tudo isto, como é óbvio, no quadro maior da convergência lusófona – desígnio primacial do MIL…

2 comentários:

Rui Martins disse...

"2. Insiro a Galiza no espaço lusófono. Mais do que uma simpatia geral para com os portugueses, na Galiza tenho encontrado um grande amor pela nossa língua e cultura, muito maior do que em muitos portugueses."
-> Quando recentemente estive na AR, a propósito do Acordo, admito que fiquei espantado pela presença de associações galegas. A Galiza está tb representada na CPLP. E existe em muitos galegos um sentimento de aproximação com Portugal, especialmente com o nosso norte.

"3. A Galiza é muito mais do que uma “região espanhola”. Tal como a Catalunha e o País Basco não são “regiões espanholas”. São nações. Tendo uma língua e cultura própria, são, de facto, nações. Ainda que nações sem Estado."
-> E que a prazo, quando o poder do centro castelhano e madrilheno esmorecer, serão tentadas a derivar e a procurar a liberdade perdida... Nesse momento, Portugal deve estar preparado para cumprir o seu dever histórico e apoiar essas liberdades que seguem, afinal, o seu próprio exemplo.

"4. Como já aqui escrevi, acho que o futuro natural dessas nações será a independência. Começando pela Catalunha, passando pelo País Basco…"
-> Exato... Sendo que a essa lista eu somaria também Olivença, onde seguindo a estes exemplos, talvez surjam então forças anímicas bastantes...

"5. E a Galiza? Quanto a ela, tenho mais dúvidas. Durante muitos anos, Fraga Iribarne, ex-ministro de Franco, cimentou a inclusão em Espanha. Depois, há um nível de vida que poderia ficar em causa com a independência… Mas, talvez, esta venha a acontecer, mais tarde. E se, assim for, a relação com Portugal será sempre muito particular…"
-> O nível de vida em Espanha é - sabe-se hoje - muito frágil, porque construído sobre o crescimento sem sustentação do setor imobiliário e sobre uma baixa produtividade (inferior à portuguesa, aliás). Por isso, a grave crise que se avizinha (e que terminará só depois de 2012, como indicam os recentes problemas chineses) vai aproximar as economias portuguesa e espanhola. Sim, porque acredito que Portugal vai suportar muito melhor a queda que Espanha... veremos.

"6. Com Portugal enquanto nação, e não com apenas uma região em particular. Se em Portugal existem regiões, elas não são comparáveis com as referidas “regiões espanholas”. Desde logo pela dimensão – se olharmos para Península Ibérica e a dividirmos em “regiões” com uma dimensão semelhante, verificamos que Portugal forma uma única…"
-> As "regiões" portuguesas, não passam de divisões a esquadro, feitas para satisfazer cliques partidárias e dar tachos a partidos minoritários. Nada mais.

"7. Daí, de resto, as minhas reservas quanto ao regionalismo. A União Europeia incentiva-o para, a meu ver, melhor poder reinar… No actual estado de coisas, a instância “nação” é a melhor barreira de resistência à União Europeia em particular e à Globalização em geral. Isto, como é óbvio, na perspectiva de quem pretende preservar a sua língua e cultura…"
-> Sim, o "regionalismo" promovido pela UE é suspeito... é apenas uma forma de diminuir a independência dos governos estatais e introduzir o seu federalismo ademocrático.

"8. Já o municipalismo, no quadro na “nação”, parece-me algo de mais fecundo… Até porque os municípios, em livre associação, é que deveriam formar depois as “regiões” – naturais, de geometria variável, não desenhadas, a régua e esquadro, pelo Governo…"
-> É a "federação de municípios livres" de AS.

"9. Tudo isto, como é óbvio, no quadro maior da convergência lusófona – desígnio primacial do MIL…"
-> Sendo este municipalismo, e o reintegracionismo um percursor da União Lusófona, ou "Quinto Imperio" ou "Reino do Espírito Santo".
-> Essa é a minha visão pessoal do MIL. Sim, porque o MIL é suficientemente rico, diverso e multiforma para englobar várias opiniões e visões pessoais.

AAG News disse...

Caro Renato, li com atenção o seu texto e acho que está correto em relação às Nações Catalunha e País Basco, já a Galiza que eu também sinto ser a região de Espanha mais próxima de Portugal, me parece também o caso mais complexo...

Leia por favor mais acima o texto que publique sobre o Municipalismo.

Saudações de
Luís Cruz Guerreiro