Caro Casimiro Ceivães, perdoe-me a sinceridade, mas esperava bem mais da sua inteligência, bem como da de muitas outras pessoas que prezo... Na verdade, pergunto-lhe, e aos outros, onde é que digo que "o mundo não é senão a ilusão e o nada", onde é que falo de atingir o "não-ser" ou o "vazio" como "Pátria" comum, onde é que falo de ondas, Oceanos ou Abdicação!?... E onde é que falo de querer converter alguém a uma religião, ao budismo ou ao vegetarianismo!? Se soubessem alguma coisa de budismo saberiam que é um dos seus princípios fundamentais não fazer proselitismo e aconselhar as pessoas, pelo contrário, e em princípio, a aprofundarem a sua própria tradição religiosa.
O problema, creio, é que vocês sabem que sou budista e, como não percebem nada de budismo, continuam a repetir os lugares-comuns dos intérpretes ocidentais do séc.XIX, que identificam budismo com niilismo... Ora é o próprio budismo que formulou a mais antiga crítica e denúncia do niilismo como um erro paralelo ao essencialismo!
Mas eu não falei de budismo no meu texto, falei apenas da convergência de milenares tradições sapienciais, que recorrem à introspecção meditativa - como ainda Descartes, por exemplo, o pai do racionalismo moderno - , e da microfísica contemporânea, para nos darem um quadro do mundo onde a noção de relação prima sobre a de substância e a de interdependência prima sobre a de existência em si e por si. Parti daí para aplicar isto à questão das identidades nacionais e lembrar que os povos, as culturas, as nações e as pátrias não podem ser abstractamente pensados como entidades ou coisas independentes, mas antes como processos inscritos na trama de interdependências que é a história e o próprio universo.
E para quê ? Apenas para recordar o que está presente na Declaração de Princípios e Objectivos do MIL, ou seja, que Portugal e a Lusofonia não são um fim em si, mas que o melhor da sua tradição cultural visa pô-los ao serviço do desenvolvimento da consciência e do bem comum de todos os homens e de todos os seres, ou seja, do universo. Isto, também, para contrapor a um nacionalismo ou patriotismo autocentrado a ideia de um novo patriotismo, que defini como trans-patriótico e universalista.
Se falei de meditação, não foi de meditação budista, mas do indispensável exercício de observação introspectiva e de auto-conhecimento que se requer quando queremos superar as nossas tendências egocêntricas e colocar as nossas energias ao serviço não só dos amigos, dos compatriotas ou de grupos restritos, mas de projectos generosos e universais, como pretendo que seja o do MIL. Esta auto-observação da mente foi praticada por todas as escolas de filosofia gregas - chamavam-lhe "meleté" - , foi praticada na tradição cristã (por Vieira, por exemplo, segundo as instruções de Inácio de Loyola) e, comum a religiões e irreligiões, é hoje redescoberta em todo o mundo e alvo da pesquisa de vanguarda no domínio das neurociências, estando a ser proposta nos EUA para substituir o consumo de Prozac.
Ao falar da sua relação com a política - onde não invento nada, porque já há em todo o mundo quem fale disto há muito tempo - , poderia ir muito longe, mas basta-me dar um exemplo da sua grande utilidade: se a maioria dos actuais políticos, em todo o mundo, praticassem sinceramente esta introspecção meditativa, verificando sinceramente se iam para a política por engodo da fama, da riqueza e do poder, ou para servir o bem comum, decerto tinham desistido, para seu bem e nosso!...
Espero que estas reacções à flor da pele, ao falar-se de política e meditação, não indiquem haver no MIL quem queira, por recusa de observar a própria mente, ir no mesmo caminho de sempre...
Aprendi muito ao ler os vossos comentários e fico-vos imensamente grato por isso. Mas também algo céptico, relativamente à possibilidade de se cumprir verdadeiramente a Declaração de Princípios e Objectivos do MIL: vejo em vocês muita coisa, menos aspiração à compreensão de ideias novas e diferentes e ao bem universal...
Ainda bem que vos incomodo!
O problema, creio, é que vocês sabem que sou budista e, como não percebem nada de budismo, continuam a repetir os lugares-comuns dos intérpretes ocidentais do séc.XIX, que identificam budismo com niilismo... Ora é o próprio budismo que formulou a mais antiga crítica e denúncia do niilismo como um erro paralelo ao essencialismo!
Mas eu não falei de budismo no meu texto, falei apenas da convergência de milenares tradições sapienciais, que recorrem à introspecção meditativa - como ainda Descartes, por exemplo, o pai do racionalismo moderno - , e da microfísica contemporânea, para nos darem um quadro do mundo onde a noção de relação prima sobre a de substância e a de interdependência prima sobre a de existência em si e por si. Parti daí para aplicar isto à questão das identidades nacionais e lembrar que os povos, as culturas, as nações e as pátrias não podem ser abstractamente pensados como entidades ou coisas independentes, mas antes como processos inscritos na trama de interdependências que é a história e o próprio universo.
E para quê ? Apenas para recordar o que está presente na Declaração de Princípios e Objectivos do MIL, ou seja, que Portugal e a Lusofonia não são um fim em si, mas que o melhor da sua tradição cultural visa pô-los ao serviço do desenvolvimento da consciência e do bem comum de todos os homens e de todos os seres, ou seja, do universo. Isto, também, para contrapor a um nacionalismo ou patriotismo autocentrado a ideia de um novo patriotismo, que defini como trans-patriótico e universalista.
Se falei de meditação, não foi de meditação budista, mas do indispensável exercício de observação introspectiva e de auto-conhecimento que se requer quando queremos superar as nossas tendências egocêntricas e colocar as nossas energias ao serviço não só dos amigos, dos compatriotas ou de grupos restritos, mas de projectos generosos e universais, como pretendo que seja o do MIL. Esta auto-observação da mente foi praticada por todas as escolas de filosofia gregas - chamavam-lhe "meleté" - , foi praticada na tradição cristã (por Vieira, por exemplo, segundo as instruções de Inácio de Loyola) e, comum a religiões e irreligiões, é hoje redescoberta em todo o mundo e alvo da pesquisa de vanguarda no domínio das neurociências, estando a ser proposta nos EUA para substituir o consumo de Prozac.
Ao falar da sua relação com a política - onde não invento nada, porque já há em todo o mundo quem fale disto há muito tempo - , poderia ir muito longe, mas basta-me dar um exemplo da sua grande utilidade: se a maioria dos actuais políticos, em todo o mundo, praticassem sinceramente esta introspecção meditativa, verificando sinceramente se iam para a política por engodo da fama, da riqueza e do poder, ou para servir o bem comum, decerto tinham desistido, para seu bem e nosso!...
Espero que estas reacções à flor da pele, ao falar-se de política e meditação, não indiquem haver no MIL quem queira, por recusa de observar a própria mente, ir no mesmo caminho de sempre...
Aprendi muito ao ler os vossos comentários e fico-vos imensamente grato por isso. Mas também algo céptico, relativamente à possibilidade de se cumprir verdadeiramente a Declaração de Princípios e Objectivos do MIL: vejo em vocês muita coisa, menos aspiração à compreensão de ideias novas e diferentes e ao bem universal...
Ainda bem que vos incomodo!
11 comentários:
Também me deverei incluir no «nós» que nada sabemos? Suponho que sim.
Lamento que, pelos vistos, haja um tu (ou é um vós?) e um nós. Tu (ou vós?) o/s iluminado/s e nós os que nada sabemos.
Poderia discutir o Budismo contigo, mas não o farei. Não encontro nenhum proveito político nisso, nem em meditações, nem em regimes alimentares, nem em oraçãos, nem em intencionadas éticas do bem.
E olha, Paulo, tu estás muito longe do desapego ao Eu, ao Mundo, etc, muito mesmo... agora até me pareceste quase um gajo qualquer. Isso agradou-me, eu sou um grande apreciador dos defeitos dos outros - virtudes é que não suporto.
Mas é isso mesmo, eu sou um gajo qualquer, cheio de defeitos! Por isso é que sigo a via budista. Nunca serei é um vampiro de blogues e de movimentos, a escorraçar pessoas de bem e a defender ditaduras.
Caro Paulo, parece-me que vai ter que repetir as palavras que ontem me dirigiu:«Anabela, em primeiro lugar peço desculpa pelo tom arrogante e marcado por algum desprezo com que me dirigi a si: não observei devidamente a minha mente nesse momento», só que desta vez ao Casimiro e aos demais deste Blogue!!
Sabe Paulo, não é necessário ser professor universitário para se ser culto, inteligente, sensível... e o Paulo melhor do que ninguém o deveria saber, mas parece que anda esquecido destas pequenas verdades, quem sabe não tenha que apelar um pouco mais à humildade que decerto está dentro de si.
Resta-me dizer que o Casimiro é uma pessoa sábia e que tem o apreço de muitos de nós que temos vindo a aprender com a sua enorme cultura mas acima de tudo com a sua enorme humildade.
Um abraço
Eu acho que tu deverias mesmo dar um tempo a ti mesmo e reflectir. Estás a pôr em causa coisas pessoais, por rolos de fumo...
P. S. Acreditas que o Alexander Search era canibal?
Caro Paulo Borges, antes de mais definitivamente não lhe perdoo a sinceridade porque só a agradeço.
Não sei quem são os "outros" com quem me vejo misturado (os comentadores anónimos do seu inicial post e do meu?), pelo que respondo só por mim, como é natural.
Isso deixa logo de lado o vegetarianismo - a que nem de perto me referi, pelo qual, se o pratica, o admiro, e que em qualquer caso aplaudo como princípio. Em tempos tentei eu mesmo segui-lo, exactamente não como "dieta" mas como resultado de uma constatação ética - e por isso na sua formulação "vegan". Aprendi muito com a experiência, que abandonei por ser incapaz de a conciliar com a vida prática a que estava - e estou ainda - agarrado. E aprendi muito nesses dias, se posso chamar aqui à conversa um excelente texto do Paulo Feitais de há um ou dois dias, sobre a insuficiência da "tolerância ocidental", por assim dizer, e da sua diferença face à "compaixão".
De resto, diz você que sei (sabemos?!) que é budista e que logo saltei numa caterva de lugares-comuns... Quer experimentar comigo - no que a mim e ao que eu disse respeita - olhar de novo o que foi escrito? Com mais tranquilidade lhe digo que lhe falei no "Nada" (já veremos em que termos) e que o Paulo me veio gritar "lá está você a mofar do meu budismo". Ou não?!
Do que diz - agora, mas isso aplica-se ao seu inicial texto - sobre a convergência de tradições milenares, e daí até ao final do comentário (ressalvando o pessoal desabafo finalíssimo, que por ser isso mesmo não me cabe incluir aqui) estou completamente de acordo, e digo-lhe mais: fale-nos mais sobre isso, escreva mais. Ensine, que o Paulo tem muito, aí, a ensinar. Isto no budismo, na grega "meleté" (esta, de facto, não a conhecia eu), nos exercícios inacianos, nas conclusões da microfísica. Escreva, que eu - e estou certo de que todos aqui - o lerão atentamente; e como dizia eu há dias a pretexto do império, bem vindo seja quem vier por bem.
Indo agora ao ponto central: eu escrevi - e nada do que me respondeu lhe é resposta - sobre a ligação entre a "existência do MIL" (as palavras são suas) e os objectivos últimos que tão convictamente expôs.
Tenho que fazer notar isto "ponto a ponto", Paulo Borges, e a sua inteligência permitir-me -ia ser mais directo: mas escrevo por forma que irá ser lida por quem o quiser ler. Vamos, por isso, devagarinho.
Estamos a discutir o MIL, que é um movimento, e não a lusofonia, que é uma realidade-em-devir; estamos a discutir a ligação entre um grupo de pessoas que se propõe trabalhar, agir e pensar em conjunto, e não a definir ou delimitar as crenças que essas pessoas são supostas ter.
Se alguém dissesse (mesmo não tendo as suas responsbilidades no movimento) "Para mim o MIL só faz sentido à luz da comunhão em Jesus Cristo" não haveria quem o alertasse para a confusão entre planos? Não seria de esperar ter anónimos comentadores a ganir "este se o deixamos virá aí com a Inquisição"? E não seria diferente, muito diferente, se esse mesmo dissesse (mesmo tendo as suas responsabilidades no movimento) "eu acredito que todos aqueles que sentem que em última análise tudo tende e depende da comunhão em Jesus Cristo poderão de boa vontade empenhar-se no MIL; e terão decerto muito a aprender e a ensinar"?
Crenças, religiões, caminhos de espiritualidade fazem parte do que de mais alto há na nossa tradição lusófona (e vinco aqui que uma delas, a católica, a certa altura exorbitou -é o menos que se pode dizer - do seu papel); e toda a nossa experiência e herança de lusofonia, exactamente porque ainda se não alçou a universal, tem pelo menos tanto a receber como a dar de outros caminhos, regiões geográficas e experiências. Claro.
Que o MIL reconheça que não há um caminho "político" que prescinda de uma meditação pessoal sobre a alma e o que mais importa: quem de bom senso quererá pôr isso em causa?
E agora o famoso Nada, que ocidentalmente tem, para mais, essa componente germânica do niilismo: o que eu disse, Paulo Borges, foi que é assim que eu vejo o caminho que para o MIL propõe, se quiser continuar a propor para o MIL caminhos que, enquanto caminhos seus, são indiscutíveis. Precisamente por causa da interdependência das coisas, precisamente porque um caminho comum se não traça senão ao caminhar (oh Paulo Borges, mas eu tenho que lhe dizer isto a si?! mas acautelemo-nos de leituras "equivocas" de terceiros), não proponha para o MIL um caminho de dissolução.
Deixe-me agora dizer que toda esta conversa (como saberá melhor do que eu, que só sei o que aqui é publicado) está a cruzar-se com outra em que se discute o "perigo" de impérios, ditaduras e outras coisas igualmente indignas. Não por acaso: como a tradição da sapiência milenar também sabe, a dissolução e a coagulação são formas - e eu aqui, neste contexto, posso dizer "tentações" ou "perigos" complementares. A palavra "império" pode ser capa de enfeite para o nazismo, e pode ser a referência íntima de Pessoa: a ordem e a hierarquia dos mundos podem ser pretexto para o alevantar dos instintos canalhas.
E da mesma forma a dissolução - ou, se quiser, o desapego - que metaforicamente designo como Oceano ou Abdicação - podem, e estão a ser no momento em que conversamos - pretexto para a onda de esmagamento identitário, pessoal e colectivo, que é a característica maior do mundo moderno.
Por isso o MIL tem de situar entre Sila e Caribdis, e temos para isso a feliz presença simbólica da barca dos corvos: por isso, Paulo Borges, tem que ser claro perceber se quem aqui invoca o império ou o rei defende a mineralização das almas, e se quem defende a imediata compreensão/imersão no Todo não está antes a propor a dissolução das almas.
Dito de outra forma, porque se não isto não acaba, Pascoaes é a busca ilimitada da divindade e a respiração chã e rasteira do Marão: para o entendermos não nos podemos dirigir apenas à primeira, a pretexto de que o divino é superior ao mineral, nem nos podemos quedar na adoração rígida da pedra. Porque em ambas se fundam os homens.
Para que a lusofonia seja mais do que um lobby de interesses ou uma variamte local das câmaras de gás da alma é preciso que Vieira escreva na noite o seu cantar de império, e escreva de dia o sermão sobre as armas da Holanda.
Cordiais cumprimentos,
Casimiro
Muito bem! Não há místicas boas e más: há homens, com tudo dentro da alma do que dos homens é...
Mas se há algo em que nunca tive dúvidas, no meu ocidentalismo, é com o Renascentismo espiritual que separou da política e do saber aquilo que da religião é, naquilo em que a religião se arroga da arrogância de se querer fazer dona e senhora do Espírito.
ninguém é perfeito, claro e todos temos momentos mais ou menos perfeitos, chama-se a isso "humanidade".
Quanto ao essencial da questão:
repito, leiam a declaração de principios e busquem ai incompatibilidades com a prática do budismo ou da meditação.
Não as encontrarão.
É possível ser muçulmano guineense, evangelista brasileiro ou católico portuguẽs e ser MILista.
Nada obstaculiza a tal.
E este não é um movimento religioso ou filósofico.
Ainda que contenha religiosos e filósofos.
"Ainda bem que vos incomodo!"
Esta afirmação, no contexto em que é feita, não é demonstrativa mais uma vez de uma certa arrogância?
Não temos aspiração à compreensão de ideias novas e diferentes e ao bem universal...
Não nos está a passar um atestado de menoridade intelectual?
"Estamos a discutir o MIL, que é um movimento, e não a lusofonia, que é uma realidade-em-devir; estamos a discutir a ligação entre um grupo de pessoas que se propõe trabalhar, agir e pensar em conjunto, e não a definir ou delimitar as crenças que essas pessoas são supostas ter."
Frisou o Casimiro e muitissimo bem. As opções religiosas de cada um não são para aqui chamadas, são totalmente irrelevantes.
"Nunca serei é um vampiro de blogues e de movimentos, a escorraçar pessoas de bem e a defender ditaduras."
Não é comigo, provavelmente deveria ficar calada, mas não consigo.
A si não o conheço, Paulo, mas conheço o Klatuu e, sinceramente, não entendo como pode fazer uma afirmação dessas.
Parece-me que está a necessitar urgentemente de praticar mais a meditação, digo-lhe com toda a franqueza.
Caro Casimiro, agradeço o tom tranquilo e atencioso da resposta, que tanto contrasta com as reacções emocionais que por aqui predominam. Agora, francamente continuo a sentir que está a falar de coisas que absolutamente não disse!... Quanto ao budismo, continuo a pensar que identificou a minha posição como tal e que a colou a lugares-comuns desprovidos de fundamento. Quanto ao resto, onde é que eu digo que é preciso a alguém ter crenças ou religião para estar no MIL!? Onde é que falo de dissolução ou imersão no Todo!?
A única coisa que digo é que faz todo o sentido o órgão máximo de um movimento que tem como objectivo programático promover o bem comum, concentrar-se precisamente nisso antes de reuniões onde se vão tomar decisões importantes, de modo a que as mentes se encaminhem para o esencial e se auto-protejam dos impedimentos psicológicos a isso. Por experiência própria sei que resulta bastante bem. A isto chama-se concentração nos objectivos, o que qualquer um de nós faz quando se recolhe para ponderar e tomar uma decisão importante. Nada mais: onde está aqui a religião ou o budismo!?... Se lhe chamei ético-espiritual é porque os objectivos do MIL são éticos e não há ética sem um trabalho da mente sobre si mesma, para que leve uma vida de acordo com os valores que assume.
Por outro lado, que tem a ver com dissolução no Todo falar de um patriotismo não autocentrado na própria pátria, até porque ela não existe separada das demais, mas no serviço que ela pode oferecer à humanidade e ao universo? Foi isso que aprendi com os nossos e outros grandes autores e que está claramente formulado em Vieira, Pessoa e Agostinho da Silva. Francamente, não sendo a má fé e até a maldade, quando não a simples leitura precipitada, não percebo como pode isso gerar tanta inquietação neste blogue... Daí o meu desabafo final.
Cordialmente
Caro Paulo, li-o e por causa do seu parágrafo final fui reler o belíssimo "Fernando Pessoa o Africano" aqui publicado por Lord of Erewhon a 29 de Agosto.
Se o "patrotismo não-autocentrado" de que fala é o que ali se expressa em linguagem maior, estamos de acordo no essencial :)
Quanto ao resto, obviamente passo a lê-lo à precisa luz do seu esclarecimento. E andemos adiante que o caminho está por andar...
Cordiais cumprimentos,
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