A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
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Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

EXÍLIO

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Para o Casimiro Ceivães

Cabeça, Guilherme de Santa-Rita, 1910


De O MEDO DE SATAN PELA NOITE

II

Desce a Noite pelos montes.
Escuto. Sinto-lhe os passos.
Vai beber Saudade às fontes
E anda co’a Morte nos braços.

As minhas mãos arrefecem,
E se as ponho sobre os lírios,
Meus dedos tornam-se círios
Como se os lírios morressem.

E quando num jardim passo,
Brinco co’as rosas e corro
Atrás das sombras que faço.

Sou no Silêncio um recorte.
E por saber que não morro
Eu tenho medo da Morte.

Pedro de Menezes


De VIA SACRA

III
TERCEIRA ESTAÇÃO


Sonham comigo tuas mãos esguias,
As tuas mãos esguias no regaço…
Minhas saudades são as pedrarias
Estrelas dos teus dedos no espaço.

Sonham comigo tuas mãos esguias
Num gesto de abandono e de cansaço,
E o mesmo gesto unge as horas frias
Que a Distância vem pôr no teu regaço.

Teus dedos longos são as naus partidas
Por noites sem luar e sem estrelas
A paragens remotas, esquecidas.

E tua alma fica sempre em vão
Olhando dos teus olhos nas janelas
O mar sem naus e apenas solidão.

Côrtes-Rodrigues


In revista Exílio, nº 1 (e único), Abril de 1916.

7 comentários:

Lord of Erewhon disse...

Aqui tens... o Integralismo Lusitano com um pé já no Primeiro Modernismo - poeticamente mais interessante do que o Saudosismo tout court.

Foi também na «Exílio» que Fernando Pessoa publicou a Hora Absurda.

pianistaboxeador21 disse...

Cara, bicho, brother, mano meu. Não conheço nenhum dos dois escritores, mas estão aí dois sonetos esplendidos. Vou atrás.

Abraço,

Daniel

Marcia Barbieri disse...

Parecem meio simbolistas. E que força!!!Gostei mais do primeiro soneto, contudo o segundo tb é muito mais que belo.

Beijos,

Márcia.

Ana Beatriz Frusca disse...

Também não conheço nenhum dos dois autores e adorei os sonetos, e nem saberia dizer de qual gostei mais.

Beijinho.

PS: Estou cada vez mais a precisar de minha ração de pintainha...JAJAJAJAJAJA!

Ruela disse...

Adoro esta obra.



Abraço.

SAM disse...

Me ilustrando com seu post, Lord!

Beijo

Casimiro Ceivães disse...

Que beleza.