Oportuno, não pelo que parece ser a temática da peça: a corrupção numa «Lisboa decadente que já foi a capital de um império», mas, sim, por tornar tão claro o compadrio que existe entre uma certa Esquerda e a visão de um certo Islão acerca da Europa e de Portugal!
Este é o Al-Andaluz de que não temos falta: somos arábicos de pleno direito histórico – o da história da civilização de excelência, tolerância, supremo conhecimento, arte, filosofia, astronomia, matemática, geometria, poesia e elegância que foram os dos Reinos Taifas; «somente» o melhor momento da Civilização Islâmica, a dos Príncipes Perfeitos, como Al-Mutamid, nascido em Beja, Príncipe de Silves, Rei de Sevilha, que tomava por esposas, cristãs, bebia vinho e não perdia uma boa conversa sobre o Ser e o Nada.
O que mais me espanta numa certa Esquerda não é a sua demagogia alarve, nem a suspeita de traição – é mesmo a sua tamanha falta de cultura!
Klatuu Niktos
Este é o Al-Andaluz de que não temos falta: somos arábicos de pleno direito histórico – o da história da civilização de excelência, tolerância, supremo conhecimento, arte, filosofia, astronomia, matemática, geometria, poesia e elegância que foram os dos Reinos Taifas; «somente» o melhor momento da Civilização Islâmica, a dos Príncipes Perfeitos, como Al-Mutamid, nascido em Beja, Príncipe de Silves, Rei de Sevilha, que tomava por esposas, cristãs, bebia vinho e não perdia uma boa conversa sobre o Ser e o Nada.
O que mais me espanta numa certa Esquerda não é a sua demagogia alarve, nem a suspeita de traição – é mesmo a sua tamanha falta de cultura!
Klatuu Niktos
6 comentários:
Assino por baixo.
Há aquele provérbio que diz: uma mentira muitas vezes repetida parece verdade.
É o que acontece com a ideia repetida até à exuastão de que a esquerda é que é culta!
Outra é a de que a "presença" árabe na península foi exemplo de tolerância e cultura!
Isto esquece que a conquista do Norte de África e Sul da Europa pelo Islão se deu a fio de espada ( ao contrário da expansão Cristã, que sofreu os horrores dos romanos, nos Coliseus, e das invasões bárbaras); e que Portugal era, nos sécs XIV e XV o país cientificamente mais desenvolvido do Mundo, tanto que fez as viagens marítimas por mares desconhecidos do Atlântico e Índico.
Mas a Esquerda actual tem uma empatia pelo radicalismo islâmico que só nos faz sorrir de complacência: a origem está talvez na "cultura" totalitária e violenta do marxismo, o que aproxima essas ideologias.
P.S. Essa do Muthami ter esposas Cristãs não é propriamente sinal de tolerância: eram obrigadas a aceitar o "casamento", mudar para o Islão e...sinal de poligamia.
Olha, depois de andar na espreita das Caixas de Comentários... fiquei com saudade de alguns velhos comunistas, que conheci em miúdo e estão já defuntos: eram homens de muito orgulho, que não se vergavam a nada!
O que o amigo diz de acertado é contraditado pelo que diz de absurdo...
1. «Pela espada» era tudo à época - mas a expansão islâmica para a Península foi de grande tolerância, poupando população civil e respeitando a religião e os costumes. Como Saladino o viria a demonstrar na tomada de Jerusalém; e mais tarde Solimão o Magnífico, que reinou sobre uma boa parte da Europa; ao contrário dos Templários, pouco mais que assassinos psicóticos.
2. A expansão cristã, toda, em todos os períodos, foi sempre violentíssima, desde minar por dentro o Império Romano - que mais por isso caiu, do que pela pressão exterior dos bárbaros -, a execução de Prisciliano (e de tantos outros ao longo dos séculos), passando pelo genocídio dos Cátaros, as Cruzadas (de que a «cruzada contra os Cátaros» foi o ensaio), a Inquisição, as guerras religiosas na Europa, as matanças e perseguição dos Judeus, etc, etc.
3. As esposas... são sinal de paixão e pouco mais, de fascínio por mulheres de cabelos arruivados, louros, etc. Leia a sua poesia... Até uma escrava cantou num poema, porque, na lógica do desejo, ela se lhe dirigiu com um «tu», como se o Príncipe fosse um homem qualquer.
Al-Mutamid foi um homem invulgar, que transcende qualquer maniqueísmo contemporâneo.
P. S. Eu não «digo mal do Islão», não tenho uma posição «de partido» - afirmo o que me parece justo e verdadeiro. Bem como «não digo mal» do Cristianismo, critico-o. Nem sou cristão, mas não conheço menos o Islão que o Cristianismo.
Digamos que não sou um homem que se entende com duas miradas...
Numa coisa o comunismo é coerente. São todos iguais... na pobreza.
Amigo... diga algo com sentido.
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