A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Tempos que não mudam


Fernando Pessoa, no teu tempo havia ignorância,
Havia descompaixão pela vida e pelo mundo,
Mas não havia um pedaço de sensatez,
E um desejo de criar mais profundo?


Naquela velha Lisboa que tanto navegavas,
Que criticavas a céu aberto o mal que se criou,
Havia tanta asneira feita, tanta coisa por remediar,
Que fazer o bem ninguém se lembrou?


E tu, que nas tuas palavras tão comoventes,
Que não havia motivo especial de viver,
Que a alfama, o bairro alto ou até mesmo o chiado,
Não te haviam de querer?


Sabes Pessoa, hoje não é diferente,
Encontras no mundo que tanto descrevias, a mesma ignorância,
E para tu veres, agora consegues alcançar qualquer produto,
Sem qualquer substância.


Não tenho inveja do teu tempo porque sei que era assim,
Não tenho inveja do que escrevias porque o sentimento era igual,
Só tenho a pena que tenha acabado o teu reinado,
E assim morreu um bocadinho de Portugal.


Por isso, tentei que as noites fossem o mero descanso,
Daqueles que o dia os fez pousar,
As armas que outrora sustentavam vidas,
Que houvesse mais momentos que não o luar.


E chorei, o que tu não fazias,
Não me contive nas estradas íngremes que encontrei,
Só via o que não queria, misericórdia inexistente,
Nem uma lufada de sorrisos havia, que tanto eu lutei.


Queria agora descansar de tanto ajudar,
Reaver nesta cabeça uma sala vazia por preencher,
E noutra altura voltar de energias renovadas,
E continuar a lutar, e aquilo que nunca vi, um dia ver.


E queria que pudesses saber por mim,
Que inspiraste o povo a recriar,
A cultura que tanto lutaste,
A vida que te fez tanto amar.


Nunca serei um poeta como tu,
E mesmo assim serviste-me a inspiração,
Que viva a cultura que é precisa,
Que vivamos nós, que temos coração.


4 comentários:

Unknown disse...

Rei-nado

"Um dia, lá para o fim do futuro,
alguém escreverá sobre mim um poema,
e talvez só então eu comece a reinar no meu Reino."
Fernando Pessoa

Sim David, agora vivemos nós...

Klatuu o embuçado disse...

Belo poema, David - como vês, não custa nada... ;)

Abraço.

Klatuu o embuçado disse...

P. S. Quando na postagem não se mantiverem os espaços (entre as estrofes, ou seja no que for), escreve no lugar do espaço < br > (mas com as «setas» juntas a br, se eu fizer aqui assume como html e desaparece): é o html para brake.
Isto é uma template new blogger; está feita para nabiços e não vale um corno, é só bugs.

Ana Beatriz Frusca disse...

Um poeta nunca é igual ao outro. Não és Fenando pessoa, mas és o meu gajinho poeta em pessoa.
Valeu, Davi!

Beijos do aquém-mar.