A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A Língua e a Cultura Portuguesa no Senegal

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A língua portuguesa já fala do Senegal desde há vários séculos. Os cronistas que referiram as primeiras escalas dos navegadores na costa ocidental de África falaram de Çanaga. Não era a terra, nem um país, era um rio, o primeiro grande rio que encontraram naquela costa, hoje chamado Rio Senegal.

Mas os descobridores não iam à procura de rios, mas de mares, e por isso continuavam sem se deter. À passagem, ainda no Senegal, encontraram, em 1444, uma ilha a que deram o nome de ilha da Palma (hoje Gorée, património mundial da humanidade) e um outro rio que já não existe, coberto pela urbanização, a que chamaram Rio Fresco, que deu o nome à cidade arrabalde de Dakar, hoje chamada Rufisque.

O objectivo dos navegadores era a Índia, mas a língua portuguesa, antes de falar da Índia, falava de Cabo Verde, ponta da península em forma de cone pela qual a África entra pelo mar oceano, dando a esse miradouro de África sobre o Atlântico o nome de cabo Manuel, do Rei D. Manuel I.

Duarte Pacheco Pereira, no «Esmeraldo de Situ Orbis», Valentim Fernandes, Gomes Eanes de Zurara, Francisco de Lei-nos Coelho, Francisco de Andrade, Álvares de Almada, e vários outros, escreveram sobre as costas e as gentes do que é hoje o Senegal. E outros escritores contemporâneos de língua portuguesa escreveram também sobre o país - Agostinho da Silva, Jorge de Sena, António de Certima (este, dois livros inteiros), José Eduardo Agualusa.

Faltava ainda que a poesia de língua portuguesa falasse do Senegal. E não foram dois poetas quaisquer. Um, o maior da língua, o outro dos maiores, fizeram a língua portuguesa falar de Çanaga, falar do Senegal: Luís de Camoes, n' Os Lusíadas, escreve uma estância no canto V sobre a costa do Senegal e, no século XX, João Cabral de Melo Neto, que foi embaixador do Brasil em Dakar, dedicou alguns poemas ao Senegal.

O ensino da língua portuguesa no Senegal é dos mais significativos em todo o mundo. O português faz parte do currículo liceal, como língua de opção, e é hoje ensinado em cerca de 60 liceus públicos e alguns colégios privados, com 120 professores senegaleses, agrupados numa «Associação de Professores de Português no Senegal», e 12 mil alunos inscritos. Em 8 dessas escolas há mesmo um Clube de Português.

O decreto que instituiu o ensino do português deve-se ao presidente Leopold Sedar Senghor, em 16 de Março de 1972, para o qual contribuiu muito a positiva influência do guineense Benjamim Pinto Bull, nesse tempo professor em Dakar.

Em Outubro de 2006, completou-se o primeiro centenário do nascimento de Senghor que, no discurso de doutoramento honoris causa pela Universidade de Évora, em 17 de Junho de 1980, falou da língua portuguesa:"Le portugais est une des langues vivantes enseignees au Senegal, dams les lycées et a l'Université. Cette langue aux sons fondus et nuances, au vovelles en demi-teintes, airy successions, deconcertantes, de nasales et de chuintantes."

In
dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br.

1 comentário:

Carlos Gil disse...

pertinente informação. eu, e se calhar mais alguns, não fazia ideia da dimensão da implantação da língua portuguesa num país de tradição francófona como é o Senegal.
obrigado. eis o que chamo de post de "serviço público", uma mais-valia não restrita ao enriquecimento dos amantes dum ou doutro campo literário específico, mas de interesse geral a todos os participantes, pois gravita perfeitamente em volta do núcleo que nos une na NA.