A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Cadernos de Agostinho da Silva (excertos)

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Alexandre Herculano

A morte de D. Pedro V, em que Herculano pusera todas as esperanças, agra­vou-lhe a visão pessimista quanto às possibilidades nacionais; como acontecia no campo económico com o livre-cambismo, um patriotismo bem marcado do tempo impedia Herculano de pensar em Portugal como inte­grado num conjunto onde fosse mais fácil encontrar dirigentes em número necessário; é o que vai corrigir Antero com o seu pensamento socialista e ibérico; mas faltava em Portugal, para que realmente o salvasse de uma ruína iminente, quem juntasse à larga visão de Quental e à inquebrantável energia de Herculano os dotes políticos que nenhum destes possuiu.
Não pensava, porém, em recuar, nem foi desistên­cia nenhum dos seus actos; fez parte da vereação de Belém em 54, reclamou a constituição de Caixas Agrí­colas para que se melhorasse a agricultura, e se fizes­sem escolas, e mesmo depois do conflito na Academia, que o impediu de continuar os Portugaliae Monumenta Historica, em que coligia os textos portugueses medie­vais, não deixou de se ocupar dos estudos históricos, procurando materiais para o V volume da História de Portugal, nem se desinteressou dos problemas públicos: em 66 defende o casamento civil, mostrando-o dentro das tradições nacionais e das leis eclesiásticas, em 71, quando o julgavam ocupado já de todo com os traba­lhos agrícolas, protesta contra o encerramento do Ca­sino, onde Antero e os companheiros realizavam as suas conferências; o seu interesse pela juventude per­manecia o mesmo e nenhum desiludido, nenhum céptico radical acredita nas possibilidades dos jovens; Vale de Lobos não foi um refúgio, a tebaida de um proscrito do mundo, mas uma base melhor de combate, porque, não o impedindo de escrever, lhe dava mais fundo conhecimento do povo actual, lhe permitia ensiná-lo na actividade agrícola que sempre olhara como primordial, e o afastava do meio corrompido, inútil e enfraquecedor da capital; Herculano não acredita nem no escol da nação nem na populaça sempre pronta a seguir o político mais hábil em palavras e mais fértil em empregos: mas acredita no povo, na gente tenaz, sóbria, calma, generosa, optimista, cheia de inteligência prática e de bom senso, que formara outrora um país modelar e era capaz, se encontrasse bons chefes, de voltar ao nível de vida dos tempos antigos.

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