A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 7 de julho de 2008

O TERRITÓRIO



A Espanha dos nossos dias é o resto de um continente terciário que, ligado à África por Gibraltar, fechava num lago o Mediterrâneo, e estendo-se para Noroeste, em territórios depois submersos, ia talvez chegar à América.
Observe-se o mapa geológico da Península, e ver-se-á que, cingindo-a em duas metades quase iguais pelo meridiano de Madrid, se tem para Oriente uma Espanha terciária lacustre, para Ocidente um maciço de terrenos silúricos e graníticos principalmente. Foi esta circunstância que levou a geologia a reconhecer a necessidade da existência de uma Atlântida, na qual grandes rios terciários vinham, rumando a Sueste, entrar pela Biscaia e formar os lagos de então, hoje bacias do Ebro, do Douro, do Esla, e o planalto central de Castela, origem do Tejo, do Guadiana e do Jucar. Através das actuais províncias de Tarragona e Múrcia, o sistema lacustre da Espanha terciária vazava para o lago que então era o Mediterrâneo.
As revoluções que assinalaram a entrada da nossa idade geológica cindiram a Espanha da África pondo em comunicação o Mediterrâneo e o Atlântico, subverteram a Atlântida limitando a Espanha por Norte no Mar Cantábrico, e, secando as fontes que alimentavam os lagos interiores, erguendo contra o mar as barreiras cretáceas da Biscaia, deixaram a nu o fundo dos velhos lagos que são hoje campinas regadas por novos rios, cobertas de plantações e vilas.

[…]

A Espanha é outra para o Sul do paralelo que de Coimbra, em Portugal, acompanhando as cumeadas da espinha dorsal da Península vai passar em Madrid e através da Serra de Molina chegar a Tarragona no Mediterrâneo. Desde Perpinhão nos Pirinéus, por Barcelona a fabril, pelas bocas do Ebro, cujos vinhos são célebres, por Tortosa, até Valência, teatro das campanhas do Cid, nós já vimos que um cordão de montanhas limita contra o Mediterrâneo os vales interiores da Espanha Oriental.
A Ocidental, nesta metade, pode dividir-se em três zonas: o planalto das Castelas com as suas vertentes mediterrâneas até Valência e Múrcia; os vales do Tejo e do Guadiana, vertentes ocidentais ou atlânticas, com as serranias divisórias, isto é, a Lusitânia dos romanos; e, finalmente, a velha Bética ou a Bacia do Guadavalquivir engastada pela Serra Morena, montes Marianos, e pela Nevada, montes de Hipula. – Na primeira e na última destas regiões, dominam quase absolutamente os terrenos terciários; pertencem ambas à metade da Espanha geologicamente moderna. A segunda forma o resto da primitiva construção geognóstica da Península.


Oliveira Martins



In História da Civilização Ibérica, Oliveira Martins, Guimarães Editores, 13ª edição, Lisboa, 2007, pp. 21 e 25.

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2 comentários:

Ana Beatriz Frusca disse...

És gótico?
O que é que tu tens contribuído para o desenvolvimento deste País?
Qual a diferença entre literatura e sub-literatura?

Beijos, maninho.

Lord of Erewhon disse...

Pior, sou um vampiro com 300 anos! :)=

Beijinhos, minha Vampirella tropical.

P. S. A de quem sabe e a de quem não sabe ler.