A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
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Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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sábado, 5 de julho de 2008

COMENTÁRIO AO TEXTO DE RENATO EPIFÂNIO «Resumo de um texto a fazer…»


Muito honestamente, penso que a trave fundamental do Grupo da Filosofia Portuguesa é um recurso; mas não se pode ignorar que sobre o chão de uma mitosofia se ergueu sabedoria válida. Além de que o recurso não é de lunático: é um postulado.

Esse postulado, que sempre questionou e incomodou o pensamento mais europeísta por cá, também sempre me questionou, mais do que me incomodar. Transformar atrasos em virtudes, pouco me diz; principalmente porque Álvaro Ribeiro (e também Marinho, embora com maior amplidão) se reportou em demasia a um diagnóstico do presente (a primeira metade do século XX); Portugal não foi sempre atrasado em relação à Europa.

Hoje este postulado tem que ser reformulado, receber novo vigor. Não continuemos a fundamentar a nossa especificidade na evocada virtude de um atraso. O caminho é outro:

o da atipicidade da História do nosso País.

Esta ideia começou a assaltar-me não na leitura dos filósofos mas na dos historiadores (a História é a minha leitura mais recorrente; nela se funde todos os que sou). Charles Boxer permitiu-me reler os nossos historiadores do passado e a História de Portugal num novo rumo:

Portugal não tem funcionado pelos mesmo vectores genéricos da demais Europa Ocidental.

Ora toma a dianteira, ora se retarda. Alguma semelhança encontro na pátria de Boxer: o Reino Unido, mas Portugal é ainda mais atípico.

Portugal é um ilhéu dentro da ilha Ibérica. Esta insularidade do extremo, com o oceano sem fim ao lado, determinou a Alma desta Pátria, o seu destino e o carácter genérico dos Portugueses. As nossas virtudes, falências e singularidade.


P. S. Eu quero um Verney, um António Sérgio, etc. Se aqui não há polémica é porque os nossos opositores sempre estiveram mal representados!

P. P. S. Até já pensei encarnar um... agora com esta coisa da heteronímia anónima! Este carrasco pensa pra caraças dentro do carapuço... (-_-)


NOTA
Concebi dois novos conceitos – de poeta, claro, mas não isentos de sapiência:

(1) o de Império Último – que substitui o V Império; trata-se genericamente da Terceira Reconquista, encerrada a Segunda, as Descobertas, e o retorno à Primeira (interrompida pela Segunda, que a pretendeu continuar além fronteiras) e à valentia de recuperar o território da Primeira Dinastia;

(2) o de Arca de Chão (no sentido duplo de baú de tesouro e arca de navegar e também guardar); conceito que transforma o postulado de Álvaro Ribeiro numa Finisterra mágica, suspensa num tempo que namora a eternidade, que todos os homens, povos e credos procuram desde o início da Civilização Mediterrânica, por terra, como os Cavaleiros que procuram o Cálice, por mar, desde o que Avieno repõe de um passado que apenas escutou.



Klatuu Niktos

8 comentários:

Jesus Carlos disse...

Felicito-o, por ter inaugurado este caminho, antes do que agora escreve. Infelizmente neste papiro estendido por feitiços de novel tecnologia parece que os olhos se desatentam com o supérfluo. Guarde-se os bolsos rotos para as miudezas que desaparecem, nas quais se incluem cumprimentar amigos, que nunca podemos saber quanto tempo são nossos.
Vou pensar fundamente tudo o que aqui diz, bem como o texto a que dá resposta.

Renato Epifânio disse...

Acho que vamos escrever esse texto a meias...

Klatuu o embuçado disse...

Na volta; apesar de seres muito melhor filósofo do que eu, mas eu ouço este Chão, sempre, sempre, e o ar e a luz e tudo o que é a nossa Pátria - chega a ser doentio; não fosse eu saber que os poetas nunca devem desmerecer a Loucura que lhes é confiada.

P. S. Tem que se estender a Serpente, ouvi-La, na sua vida inteira que escapa ao tempo - não é um atraso; é uma singularidade: a Serpente treme, assim se move, coleante, um atravessar que toca em simultâneo Cume e Abismo.

andorinha disse...

Gosto destes posts que me fazem reflectir em assuntos aos quais muitas vezes não presto a devida atenção.

Nunca tinha visto o nosso "atraso" sob este prisma, sob o prisma da atipicidade da nossa História.

Isso vai-me fazer reflectir e só através da reflexão se consegue chegar mais longe.

Vou, portanto,seguir-vos com todo o interesse.

Klatuu o embuçado disse...

Junta aos do Nietzsche, «O Problema da Filosofia Portuguesa» de Álvaro Ribeiro - depois de leres, há mais.

andorinha disse...

Já apontei:)

Klatuu o embuçado disse...

Meu caro Senhor, hesitei sobre o que lhe deveria responder... e, na verdade, o silêncio basta, porque quando, por preconceito, ou pior, não nos apreciam, pouco nos valorizam.

Chama-se mundo. E vileza.

Viva Portugal!

Casimiro Ceivães disse...

"[Na História] se funde todos os que eu sou". É isso, meu caro, é isso mesmo.

Arca de chão: que beleza.