A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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domingo, 20 de julho de 2008

BOCA DO INFERNO

.
Para Fernando Pessoa e Aleister Crowley

.Boca do Inferno, Wolf Appelt, 1963


Se te debruças para o céu plúmbeo os ouvidos
Ressoam-te vazios, vácuo de concha
Para um ressoar maior;
Se te debruças para o turbilhão das águas
Quatro bocas hiantes te dilaceram.
Voragem do ser, mais do que água és, fonte,
Canto, estrela, laje: espelho do mundo;
Dilacerado espelho que constrói o espelho,
O informe: furna: boca hiante:
Boca: cloaca: báratro das imagens.

Ouves as trompas. Por baixo os esgotos,
O esterco das eras, fósseis,
Peixes cegos, mais fundo, lagunas,
O labor de vermes de ouro,
O horror primordial, o belo, a noite,
A tua vida como um uivo da água.


Lord of Erewhon

21 comentários:

andorinha disse...

O poema está soberbo!

"A tua vida como um uivo da água."
Cá estou eu a realçar pedacinhos de escrita...:)

A foto é muito bela, também.

Beijinhos.

Ruela disse...

poema infernal ;)

também gosto muito da fotografia.


Abraço.

Lord of Erewhon disse...

Sem dúvida... e o Wolf até passou a ser o autor do meu poema, para um certo senhor!

(Clica aí no link, que vais perceber este comentário que se segue, feito noutro lugar.)

Lord of Erewhon disse...

Meu caro, este poema é de minha autoria! - e não de Wolf Appelt, que é um fotógrafo de Vila Nova de Gaia, que, sim, é o autor da foto com que ilustrei o poema.

Já nem falo de me pedir autorização para republicar o poema, parece que isso não contou para si... mas exijo a correcção da autoria.

P. S. Outra coisa: o poema «Horizonte», também publicado no blogue da Nova Águia, é de Fernando Pessoa.



NOTA: E depois ainda há quem me recomende calma... É difícil!

Lord of Erewhon disse...

Outro blogue do cavalheiro! A sério, falta-me paciência para esta merda!!

Ana Beatriz Frusca disse...

Poema porreta!
Confesso que tive que lançar mão de um dicionário para entender o poema:plúmbeo, hiante, voragem, báratro. Depois tive que ler mais umas duas vezes, mas poema de aristocrata é assim mesmo. Será que algum dia eu conseguirei ler o que escreves sem dicionário?LOLLLLL!
A vida tem lá seu charme, porém, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Beijinhos, maninho.

Frankie disse...

Gostei muito deste.

Já o li de manhã mas faltaram-me as palavras.
Agora, que voltei para relê-lo, continuo sem as ter encontrado mas, mais uma vez, rendi-me a este poema: belo horrível.
(Tu sabes que não é um insulto)

Dark kiss*

Lord of Erewhon disse...

NOTA: Enviei dois e-mails a este cavalheiro.

Este é o segundo:

Lord of Erewhon to: rui.moio@gmail.com
dateSun, Jul 20, 2008 at 6:43 PM
subjectRe: BOCA DO INFERNO
mailed-bygmail.com


Rectificação! EXIJO que retire de imediato o poema! Não o quero emporcalhado por um simpatizante do salazarismo!!

Ruela disse...

É um blogue de informação(publicidade) sobre outros blogues?

andorinha disse...

Esse link que indicas não vai dar a nada, aparece apenas a mensagem: "Lamentamos mas a página que procura no blogue....não existe."
O fulano deve ter retirado...

Percebe-se perfeitamente que o autor do poema e o autor da foto são pessoas distintas, portanto...

De facto, haja pachorra!

Ruela disse...

Claro andorinha,
os nomes estão escritos em baixo...


talvez seja a pressa de publicar algo.

andorinha disse...

Talvez seja, Ruela, talvez...
:)

Ana Beatriz Frusca disse...

Bem, fico mais tranqüila em saber que meu maninho é registrado na Sociedade Portuguesa de Autores.
Mas fica a sugestão de se adotar scripts anticópia aqui.
Eu vi o blogue do gajo em tempo, mas ele realmente o excluiu o que denota má fé, já que ele realmente atribui a autoria do poema a outra pessoa, como disse a tia,"Percebe-se perfeitamente que o autor do poema e o autor da foto são pessoas distintas, portanto...

De facto, haja pachorra!"

Fico com dó de sugerir o script porque vivia a afanar as fotos do Ruela e os desenhos da Frankie!
Mas enfim, acho por bem se pensar nesta medida.
Beijos pra todos.

Ruela disse...

Bia

O script anti cópia não é eficaz...quem percebe mais um pouco copia na mesma.



Quem quiser pode fanar as minhas fotos mas senão revelar o autor
eu lanço um vírus para os seus computadores ;)

Ana Beatriz Frusca disse...

Hahahaha...eu sei Ruela, eu mesmo vivo a roubar fotos de um gde amigo que tem script anticópia, e ele sempre diz que vai morder minhas orelhas...mas é óbvio que sempre cito a autoria da foto, exceto, quando desconheço o autor.

Ana Beatriz Frusca disse...

Esse script só dificulta, mas realmente não impede...a propósito, há uma etiqueta em meu blogue pro autor das fotos que QUER MORDER MINHAS ORELHAS.
JAJAJAJAJAJAJA!

Lord of Erewhon disse...

O cavalheiro não apagou o blogue, mas sim o post com o meu poema, como lhe pedi. Menos mal - apesar de não me ter dado resposta a dois e-mails, demonstrou alguma ética... mas quando à questão política, não posso deixar de afirmar isto:

sou um Monárquico parlamentarista - sê-lo nem foi uma opção política, é algo que sempre esteve comigo -, mas se todos os simpatizantes da Monarquia fossem como alguma gente... eu seria um Republicano feroz.

Anónimo disse...

excelente excelente poema :)

Ana Beatriz Frusca disse...

Eu vendo o título desse poema lembrei que há um poeta com esse epíteto(Adorei essa palavra nova!).
O Gregório de Matos, também conhecido como Boca de Brasa, tanto poeta nosso como vosso.

Adoro esse poema, principalmente o título:

Rompe o Poeta Com a Primeira Impaciência Querendo Declarar-se e Temendo Perder Por Ousado.


Anjo no nome, Angélica na cara,

Isso é ser flor, e Anjo juntamente,

Ser Angélica flor, e Anjo florente,

Em quem, senão em vós se uniformara?





Quem veria uma flor, que não a cortara

De verde pé, de rama florescente?

E quem um Anjo vira tão luzente,

Que por seu Deus, o não idolatra?





Se como Anjo sois dos meus altares,

Fôreis o meu custódio, e minha guarda,

Livrara eu de diabólicos azares.





Mas vejo, que tão bela, e tão galharda,

Posto que os Anjos nunca dão pesares,

Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

Ruela disse...

Bem que podia apagar o blogue,
não tem comentários.

Anónimo disse...

É o tipo de blogue que não influi nem contribui....

Klatuu o embuçado disse...

É o teu caso - mas vens cá.