Círio de Belém

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Caros Amigos,
Amanhã realiza-se mais um Círio Marítimo em Belém do Pará, um dos maiores espectáculos religiosos do mundo, de teor folclórico e popular. As raízes históricas do evento estão na lenda de D. Fuas Roupinho, em Nazaré, Portugal
Estávamos na multidão há 2 anos, em 2007. Para partilhar o evento com Fafá de Belém basta clicar em www.antonioabreufreire.bloguepessoal.com

A de Abreu Freire

Círio de Nazaré

Círio de Nazaré: na Praça da República em 2006

Traslado da imagem da santa Nossa Senhora de Nazaré na Av. Augusto Montenegro (2006)

A cidade de Belém hoje está pequena para tantos romeiros, para tamanha fé que toma forma de massa humana no círio de Nossa Senhora de Nazaré. As casas desde a manhã encontram-se quase totalmente vazias: Belém está nas ruas dando vida a uma das mais bonitas manifestações religiosas do Brasil.

O segundo domingo de Outubro é tão, ou até mais, importante que o Natal para o belemenses. Esta tradição é reverenciada com a procisão e o “almoço do Círio”, em que pratos típicos são compartilhados por familiares e amigos, assim como com turistas de todas as regiões do Brasil e de outras partes do mundo.

A procissão segue debaixo de sol escaldante, amenizado pelas avenidas margeadas de mangueiras e pela solidariedade dos que levam água fresca aos romeiros. No almoço tem vatapá, maniçoba, pato no tucupi e demais delícias da culinária paraense. E as crianças também fazem a festa com os brinquedos de miriti típicos da região.

A beleza desta festa religiosa começou ontem, com o traslado e procissão fluvial pela baía do Guajará. Durante o translado fogos acompanham a passagem da imagem da santa emocionando a todos os presentes. Acompanhei o Círio todas as vezes em que estive em Belém nesta época, é impossível não se deixar contagiar pela emoção e pela fé que “move montanhas”.

Para saber mais sobre o Círio de Nazaré acesse o site Círio de Nazaré.

Adriana Costa

liter.adriana@gmail.com

Prosadora

Versos Bárbaros

Regresso a Belém do Pará

Um dia irei voltar a Belém
Tem alguma coisa nessas águas e nessas mangueiras
Que está enraizado em mim
Como magia, benção, encantamento

Alguma coisa na chuva que colho com ambas as mãos
No céu estrelado quando do seu reflexo no igarapé
Da areia fina, branca, da ilha
Do verde esmeralda que se fecha sobre a mata

Tem algum segredo que o sanhaço leva em seu bico

Um dia voltarei a Belém
Para desvendar esse mistério

Enquanto isso, o sino da Matriz badala em meu peito
E exalo o cheiro do patchouli
E com o ritmo do carimbó nos pés e nas ancas

Percorrerei o mundo inteiro!

Adriana Costa

Versos Bárbaros

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