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OJE/Lusa
A oposição cabo-verdiana chumbou hoje a proposta de oficialização do crioulo, durante a sessão especial do parlamento para a revisão da Constituição.
O artigo 4.º da proposta de revisão constitucional do Partido Africano para a Independência de Cabo verde (PAICV, partido que sustenta o Governo), que incide sobre a oficialização da língua cabo-verdiana, foi chumbado no Parlamento com votos contra da UCID (União Cabo-verdiana Independente e Democrática) e abstenção do MpD (Movimento para a Democracia).
As duas forças políticas da oposição cabo-verdiana consideram que não estão criadas as condições para a oficialização do crioulo neste momento.
O deputado da UCID, António Monteiro, disse que há ainda a necessidade de se realizar estudos aprofundados sobre a matéria, no sentido de contribuir para a coesão nacional.
"É preciso fazer um estudo aprofundado e, quiçá, ouvir a própria população nesta matéria. Possivelmente, ao oficializarmos a língua através da nossa Constituição, poderemos estar a não trabalhar no sentido de uma coesão nacional, mas sim no sentido inverso", salientou.
Por seu lado, a deputada do MpD Filomena Delgado disse que nada foi feito para criar as condições para a oficialização do crioulo.
Filomena Delgado ressaltou que o seu partido não é contra a oficialização da língua materna, mas defende que a discussão sobre o assunto deve continuar.
"Entendemos que o artigo 9.º (da Constituição), com a redacção que tem, neste momento, vai continuar a permitir aos cabo-verdianos utilizar a língua materna no seu dia-a-dia", defendeu.
A deputada avançou ainda que não estão criadas as condições para uma paridade do crioulo com a língua portuguesa.
"Vamos colocar na Constituição que a língua cabo-verdiana é língua oficial em paridade com a língua portuguesa e vamos continuar a utilizar na educação, nos boletins oficiais, o português. Por isso, consideramos que as condições não estão criadas e abstivemo-nos", acrescentou.
Já o deputado do PAICV Rui Semedo considerou a rejeição do artigo 4.º da proposta do seu partido "uma ofensa e um desprezo" à língua nacional.
Rui Semedo considerou ainda que não é possível criar condições ideais para depois tomar a medida de oficialização do crioulo.
"Condições óptimas nunca são criadas à partida. Medidas desta natureza são tomadas e continua-se a trabalhar na criação de condições para dar sustento à medida tomada. Achamos que esta é a via", disse.
A sessão especial do Parlamento para a revisão da Constituição teve início segunda-feira com a discussão na especialidade da proposta do PAICV.
Os quatro artigos já discutidos foram todos chumbados pela oposição.
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