
O mundo lusófono vive nesse princípio de século sob uma constante ameaça: a quebra da identidade lingüística portuguesa patrocinada por um movimento denominado reintegracionismo galego. Estamos a ver passivamente um orquestrado desenrolar de acontecimentos com finalidades não declaradas que procuram de todas as formas subjugar ou trazer ao seu controle 500 anos de lusofonia global. Embora, na última reunião de ministros da CPLP, tenha ficado claro a não aceitação da Galícia, território espanhol, como membro da comunidade da língua, continuamos a ver de forma passiva e até indolente as continuadas tentativas de se forçar uma aproximação cultural que não mais existe, que se perdeu no tempo e espaço. Com relação a identificação e proximidade lingüística do Português e do Galego, percebemos que toda a península ibérica mantém certa coesão, o que nos torna tão distantes da língua galega, quanto a língua galega o é da castelhana. Não vejo como aceitar a participação galega na lusofonia, seria um retrocesso na evolução e identidade dos povos que, com muito orgulho e honra, transformaram a língua de Camões na terceira mais falada, escrita e pensada do mundo ocidental. “O galego para a Galícia, o português para a portugalidade”.
Aurélio Amado de Oliveira - Brasil
aurelioamado@yahoo.com
9 comentários:
Caro Sebastião
Essa sua obsessão anti-galega... não a acha excessiva?
Imagem e texto completamente absurdos.
Não se trata de uma obsessão. Apenas de uma constatação.
Certas coisas são inevitáveis, todas as línguas do planeta irão convergir para diferentes dialectos do inglês…
As chagas de Cristo fundidas com a bandeira do positivismo?...
Certas coisas são inevitáveis, todas as línguas do planeta irão convergir para diferentes dialectos do Português…
Completamente de acordo com o texto e o autor.
Luís Cruz Guerreiro
Bem, eu não tenho orgulho nenhum em que a lingua portuguesa seja a "terceira mais falada", pela única razão de que a quantidade não é critério. Muito menos a "terceira do mundo ocidental", o que é isso?!
"ameaçar" e "subjugar" são verbos demasiado bélicos para o meu gosto.
Nao posso estar mais nas tintas para o que dizem os ministros da CPLP (?!) do que o que estou.
Quanto à "aproximação cultural que se perderu no tempo e no espaço" eu, que sou minhoto, duriense e galego, só me posso rir. Não quero aproximar-me culturalmente da Baía nem do Rio Grande do Sul nem de Timor: quero que a Lusofonia seja uma casa com muitas moradas.
"Retrocesso na evolução" não quero comentar.
Não poderia estar mais de acordo com o Casimiro .Também sou tripeiro , minhoto e calaico .Unidade na diversidade .
Rogério Maciel
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