Louvo a Pátria
E aqueles que a louvam
E deles não me envergonho
Os que connosco gozam
Ou os desprezo em silêncio
Ou com a lança lhes respondo
Assim sou
E não me envergonho disso
Disse
P.S.: Último de uma segunda série de dez epigramas aqui publicados sob o título geral de «Educação da Nova Águia: pós-graduação» (ver etiquetas). Uma vez mais, agradecemos todos os comentários entretanto feitos.
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
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11 comentários:
Louve a pátria quem a louva
mas no louvar perguntemos
se sabemos porque louvamos
ou se louvamos porque não sabemos
Sinceros demandemos ainda
se em verdade a louvamos
ou se apenas a nós mesmos
na ideia de ser nossa incensamos
Louvar algo é depreciar o diverso
por isso meu louvor apenas irá
para o que seja comum a todos
e de partidos e pátrias me livrará
De Portugal e da Lusofonia só prezo
o que nesse rumo for bem ligeiro
e assim liberto mente e coração
da lança e do desprezo altaneiro
Renato,
O que é louvável em ti é a verdade, o rosto alvo do que dizes e do que expões para salvar e proteger. O que ainda é mais louvável é a coragem de seres como és, sem correcções de sentido por temeres os desentendidos. O que ainda é mais belo é que a forma suave com que do alto do que sabes deixas cair estes epigramas como folhas de um outono permanente que parece percorrer a tua alma quando olhas para o mundo. Mas sabes, que enquanto as folhas caem, é ainda um Paraíso que nos veste a animalidade e nos acena com as distintas formas de percorrermos a saudade da santidade. Por todo este conjunto de epigramas e pela ternura do último recebe a minha simpatia e a minha continuada admiração.
Cara Leitora Atenta
Bom saber que há quem me leia atentamente. E com boa-vontade.
Um Abraço MIL, de quem da sua Pátria não se quer livrar
P.S.: Mas que reconhece aos outros o direito de realizar esse desejo expresso.
Pela libertação sim
porque a Frátria
é franca e a todos enlaça
nasce das fontes puras da Pátria
às que tornam os outros parte de mim
a todos acolhe e abraça
todos nela serão
herdeiros de tudo o que fez
pulsar o secreto coração
do povo outrora chamado português
e que hoje se encontra ancorado
na esperança de realizar no Universo
aquilo que foi amado, sonhado e pensado
em prosa, em prato e em verso
Há quem te leia atentamente, claro.
Mas que MILitante tão céptico!:)
Abraço.
Onde está a ternura no desprezo e na lança!?
Livrar-se da Pátria!!!???
Talvez... livrar-se do que não é a Pátria: nada. (e mesmo assim, já diria Agostinho, que o nada também a é...) :)
"Louvo a Pátria
E aqueles que a louvam
E deles não me envergonho"
Versos que louvam a Pátria e evidentemente os que a dignificam.
Beijo
Que vale mais, a pátria ou o bem comum? Façam-se as contas aos interessados...
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