A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 24 de junho de 2008

EUROPA

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O despojo, um crânio sobre pneus,
Confunde a esfinge e o seu escriba
Sentado. (O búzio
Perdeu a ressonância,
Não canta por si,
É preciso soprá-lo.)
O deserto derrete as páginas.


Ecos, cópias, luzes falsas.

Lucrécio atormenta-se em casa,
Trancado com o Universo… enigmas
Prenhes de enigmas prenhes
De enigmas... Lucrécio não tem fundo.
E, de noite, o deus
Fá-lo cantar.

Imundície, pestes, mentiras.

(Quem comanda os meus passos?
As vielas, o tear de túneis,
Mergulham no Hades.)

Telémaco no bordel.
Penélope no secador.

As parcas douradas que tecem as ruas
Tecem o labirinto. Os sinais. Os corvos
De Zeus devoraram-se
No ar. Ulisses,
Não encontra o caminho de volta.
As vagas e os campos
São martelados pela tempestade.

As tochas dançam sem faunos,
Nem música. A nudez,
A beleza, etc, são agora crime.
Os lagos foram abandonados.
A populaça em fúria
Persegue o Minotauro,
Os cegos, o rapaz
De braços de gafanhoto que nasceu
Com seios, o chiador,
Os disformes; mongolóides, anões.
Os centauros são abatidos nas praças.

Teseu de ariana espada vem para nós
A 120 km/h da hidra subterrânea.

(Livros, rosas, seios, não sei,
Faltam-me as palavras.
A guerra – em breve
Os poetas serão um luxo.)

Chegou o mensageiro, falou:
«Prodígios no mar.
____A ira da noite nos ares.
A muralha Este ameaça derrocar.
____A pítia pariu um monstro,
Dizem que fala
____Com a voz de Péricles.
Uma praga de ratos no centro da cidade.
____César está doente.»

Segunda-feira de manhã, aguaceiros.
O espelho recusou-se a reflectir o rosto
Da mulher do cozinheiro.
Não sei onde meti as chaves,
Procurei, procurei,
Nada.



Klatuu Niktos