A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ALEXANDRE HERCULANO

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"Vale de Lobos não foi um refúgio, a tebaida de um proscrito do mundo, mas uma base melhor de combate, porque, não o impedindo de escrever, lhe dava mais fundo conhecimento do povo actual, lhe permitia ensiná-lo na actividade agrícola que sempre olhara como primordial, e o afastava do meio corrompido, inútil e enfraquecedor da capital; Herculano não acredita nem no escol da nação nem na populaça sempre pronta a seguir o político mais hábil em palavras e mais fértil em empregos: mas acredita no povo, na gente tenaz, sóbria, calma, generosa, optimista, cheia de inteligência prática e de bom senso, que formara outrora um país modelar e era capaz, se encontrasse bons chefes, de voltar ao nível de vida dos tempos antigos.
Na quinta adquirida com o produto do seu traba­lho e melhorada no cultivo dedicou-se Herculano a fabricar azeite que rapidamente se impôs como o me­lhor que aparecia no mercado; o homem que recusara as condecorações que se davam aos titulares de fresca data e aos afilhados de ministros, orgulhava-se da me­dalha que recebera numa exposição agrícola; e, pacien­temente, mas sempre com o seu jeito de certa rudeza, ia instruindo os camponeses, dando-lhes o exemplo do seu trabalho, defendendo todo o direito que tinham, e ninguém reconhecia, de se alimentarem, se vestirem, se instruírem como homens; a quem lhe pergunta pe­los meios de evitar a emigração, replica que se melho­rem as condições do trabalhador português, que feliz na pátria, não precisará de a abandonar. Em 75 escreve novos estudos históricos com os artigos sobre o Feuda­lismo em Portugal, em que defendia a inexistência do regime na nossa Idade-Média; dois anos depois recebe a visita de D. Pedro, imperador do Brasil, e, na vinda a Lisboa em Setembro, um golpe de frio fez que se declarasse uma pneumonia; ainda voltou a Vale de Lobos, mas nunca mais se levantou: faleceu a 13, à noitinha, depois de ter pedido que lhe abrissem as janelas, para ver pela última vez as suas oliveiras."

In Alexandre Herculano, Lisboa, Edição do Autor, 1942, pp. 21-22.

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