A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
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quinta-feira, 30 de abril de 2009
Lágrima do Sul
«Chorar é arder no lume do Purgatório, - uma purificação deslumbradora! Duas sensações irmãs: o deslumbramento e o alívio. É o alívio da criação, o da mãe ao ver pousar, no berço, o filho que trouxera nas entranhas! E o de Rafael ao ver, numa tela, a Madona que se lhe pintara na fantasia. É a mesma treva que se ilumina, e nos mostra esse jardim do Éden encantado em cada deserto, como se cada areia do deserto escondesse uma gota de orvalho, e a sede ardente a fresca fonte.
(...) O riso, que é luz, brilha nas lágrimas; e adquire, no seio daquelas gotas cristalinas, a força explosiva (...).»
Teixeira de Pascoaes, Ensaios de Exegese Literária e Vária Escrita
«Uma lágrima é a melhor poesia.
É esse o soberano poema da mulher - a Piedade.»
Antero de Quental, Prosas da Época de Coimbra
«E há muito sol que nunca amanheceu»
Teixeira de Pascoaes
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11 comentários:
Pascoaes intuiu que a visão-sentimento saudoso do mundo foi pela primeira vez expressa nas "lacrimae rerum" de Virgílio, não sendo exclusivamente galaico-portuguesa, pois "viagens da saudade" houve e há por muitos povos e culturas.
Sentir as "lágrimas coisas" supõe a com-paixão, a sim-patia com todas as formas de vida, o fundamento da "moral cósmica", não antropocêntrica, que é um dos tesouros do pensamento português, em Antero, Sampaio Bruno, Junqueiro, Pascoaes, Marinho e Agostinho da Silva.
Tesouro ignorado ou desprezado por quem o possui, como sempre.
«Tesouro ignorado ou desprezado por quem o possui, como sempre.»
Mas não de sempre: não para sempre.
Cara Maria Ana Silva, sabedoria e compaixão não são para todos, são coisas raras e de raros. Infelizmente, não creio que o mundo humano evolua para melhor. Os homens, como nos ensina a história, são sempre os mesmos, com as mesmas ilusões e tormentos recorrentes. Para quem, todavia, vir mais alto e fundo, mais amplo, em tudo isto há uma Grande Perfeição.
A História ainda não acabou (de ensinar)...
«O mundo está em processo, e o processo ainda não transitou em julgado. Ninguém sabe o que está em questão na História do mundo e na História dos homens. A História lê-se do fim para o princípio e precisamente o fim ainda não chegou.»
Anselmo Borges
Não me sinto capaz de definir o que virá...
A não ser que seja a definição do Indefinido - que não põe fim.
Na verdade não sei se há fim e princípio, algo que venha ou que vá... Vejo apenas o presente, a repetir os mesmos erros e acertos de sempre. Pois que porventura tudo é sempre presente. Passado e futuro são apenas os nomes que damos ao presente que "foi" e ao presente que "será".
A visão do meu amigo Padre e Professor Anselmo Borges é uma visão cristã da história, mas temo não ser a de Cristo, que anunciou que o Reino de Deus já estava entre os homens ou no seu interior (as palavras evangélicas podem ter esses dois sentidos). O problema é que o Cristianismo triunfante e "ortodoxo" não viu que Cristo é o fim (o termo) da história e que Cristo é cada um de nós, ungido pelo despertar espiritual. Dessa invisão brota toda a história de um Ocidente sempre à espera do que nunca chega nem pode chegar, pois já cá está, sem ser visto. Nessa invisão ainda se enreda muito do messianismo português, desde Vieira a algo em Pascoaes, Pessoa e Agostinho da Silva.
«tudo é sempre presente.»
Ou poderá ser e não ser ao mesmo tempo Presente - Passado e Futuro... Pois só assim pôde a vida ocorrer, correndo como rio que 'nunca está', ao haver partido de uma fonte cuja essência é ausência.
Parece haver uma parte de nós que se mantém fixa, e outra que se mantém... movendo. Cristo representará as Duas, sublimemente Unidas - sem nada de si perderem, por serem uma só. (Ao serem elas Nada em separado e Tudo em conjunto.)
Atenciosamente,
Atenciosamente, sim, mas não por deferência ou etiqueta. De atenção é que carecemos, pois de intenção sobejamos. A atenção instala no presente, logo no real. A intenção faz-nos fugir para a frente, para o que se imagina, toldado pelo medo e pela expectativa.
É, e seria interessante deixarmos um espaço livre à nossa intenção, pois ela, a Original, supera-nos sempre - tal como nós a nós próprios.
Além...
(Que o Além do Além é que é o Vero Aqui - pela junção dos Dois.)
Nascimento, Alma e Essência
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