"Parece que a guerrilha à volta do AO voltou, agora que se está a aproximar a data da sua entrada em vigor. A polémica continua, impulsionada pelos fundamentalistas e pelos defensores de interesses já nada misteriosos.
Disse-se de tudo: “o mais espantoso é que Portugal tenha concordado em assiná-lo; “Portugal saiu machucado”; “Portugal perdeu toda a dignidade filológica”; “…os burocratas que trabalharam este acordo insensato…”; “…deve haver uma Academia que proponha uma ortografia…”; etc.,etc.
Tanta bizarria e tão pouco conhecimento dos antecedentes.A maioria ignora, propositadamente ou por desconhecimento, que as ortografias evoluem e tudo se pode convencionar. Peguemos em dois exemplos bem elucidativos
No Século XIII, o português escrevia-se assim:
"Otra uice ueneruli filar ante seus filios quato qve li agaru i quele casal"; (em versão moderna será: "Outra vez, vieram tomar ante seus filhos quanto lhes acharam em aquele casal").
(excerto de “Notícia de Torto”(1214) ........
"Otra uice ueneruli filar ante seus filios quato qve li agaru i quele casal"; (em versão moderna será: "Outra vez, vieram tomar ante seus filhos quanto lhes acharam em aquele casal").
(excerto de “Notícia de Torto”(1214) ........
( segue-se uma relação dos períodos e dos acontecimentos mais significativos da hístória do Acordo Ortográfico )
....Parece impossível ter sido necessário tanto tempo para se chegar a um acordo sobre um instrumento tão importante como é a língua. Cerca de 130 anos !...
Será que, a partir de agora, os manuais e os anúncios de funções computorizadas deixarão de utilizar as designações ridículas de “português de Portugal”….e ”português do Brasil”…?!
A minha impressora é um exemplo significativo desta dicotomia: se eu escolher o “português do Brasil” ela avisa-me que “a impressão começou”; se eu escolher o “ português de Portugal” ela diz-me que “a impressão foi iniciada”! Que tal ?...
Não há dúvida que já era tempo das negociações sobre o acordo ortográfico deixarem de ser brincadeira de jardim infantil.
Será que deixaram de ser ?!... O tempo o dirá...
Será que deixaram de ser ?!... O tempo o dirá...
(texto completo em http://rosadosventosnorton.blogspot,com/ )
2 comentários:
Eles precisam dizer não, sempre, e se lhes perguntarmos o que será o sim, ninguém sabe.
Isso tudo já é passado e o acordo só falta mesmo adquirir o hábito, e seguir as novas regras.
Que falem! já repararam que a esse falem serve de falir!
E eles faliram nas palavras.
Portugueses e Brasileiros que se deixem de criancices e de retóricas de café e reconheçam a importância que tem a normalização da língua. Se tivessem juízo uniam esforços em todos os campos.
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