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(…) a história da filosofia portuguesa é, em meu entender, a história dos pensadores que equacionaram, desenvolveram e (ou) sistematicamente pretenderam solucionar filosofemas nascidos da tradição nacional, ou nela inscritos pelas suas consequências. E assim, em termos práticos de metodologia da história das ideias, convirá: a) partir do estudo dos autores e das obras sem preconceitos críticos ou interpretativos; b) integrá-los no respectivo contexto histórico e sociológico, marcando a sua originalidade e fecundidade; c) analisar-lhes, respectivamente, a exigência e a estrutura gnosiológica para aquilatar da sua qualidade filosófica; d) elaborar, por último, largos quadros sintéticos onde os vários autores e as suas obras mutuamente se situem, e seja possível conhecer a fisionomia peculiar do pensamento filosófico nacional.
Só isso permitirá que a inteligência portuguesa tome nítida consciência da sua identidade, e possa participar, na plenitude das suas potencialidades, na génese da nova teologia, do novo humanismo, da nova cosmovisão, da nova cultura, enfim, que a era tecnológica urgentemente exige.”[1]
Eduardo Abranches de Soveral
[1] In “Pensamento Luso-Brasileiro”, Pensamento Luso-Brasileiro: estudos e ensaios, Lisboa, Instituto Superior de Novas Profissões, Lisboa, 1996, p. 17.
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
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