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Em Santiago de Compostela, uma manifestação a favor da supremacia do castelhano na Galiza convoca 1500 pessoas (alguns jornais espanhóis elevam esta cifra a 4000). O protesto, para pedir a derrogação da legislação protetora da língua da Galiza, e exigir a segregação dos estudantes no ensino, conforme à língua familar (galego ou castelhano), foi contestado por cidadãos galegos (250, segundo fontes policiais), convocados por diversos coletivos cívicos e culturais, e o apoio do partido político independentista Nós-Unidade Popular.
Contingentes da polícia, deslocados para proteger o protesto dos espanhóis, dissolveram com com brutais agressões os galegos que se manifestavam, simultaneamente, contra a aniquilação da sua língua. Informações da imprensa indicam que doze galegos, alguns dos quais militantes independentistas, foram espancados e levados às esquadras policiais.
Os manifestantes antigalegos, alguns vindos de Madrid ou o País Basco, mostraram numerosas bandeiras espanholas e reclamaram a defesa dos seus privilégios políticos com lemas como "Derecho a elegir" e "Libertad de elección". O protesto, convocado pela associação "Galicia Bilingue", foi apoiada pelos partidos políticos Falange Española, Partido Popular, Unión Progreso y Democracia, e outras entidades como "Asociación de Vítimas contra el terrorismo", "Asociación Por la Tolerancia de Cataluña", "Circulo Balear" ou "Plataforma para la Libertad de Elección Lingüística de País Vasco".
A Galiza, em que historicamente foi imposto o castelhano, com especial violência e repressão durante a ditadura do General Franco (1939- 1975), com milhares de patriotas galegos fugidos, assassinados e desaparecidos, o galego é co-oficial com o castelhano desde 1980. Na prática, é possível exercer parcialmente este direito ao uso da língua da Galiza em alguns âmbitos sociais, mas, de facto, continua excluído em diversos âmbitos, como a justiça. Para o ensino, a atual legislação, que desenvolve a "Lei de Normalización Linguística" aprovada unanimemente por todos os grupos do Parlamento Autónomo (Partido Socialista, Partido Popular e Bloco Nacionalista Galego), dita que deverá leccionar-se um 50% das matérias em galego, mantendo outro 50% das matérias em língua espanhola, que continua a usufruir, em muitos casos, os mesmos privilégios do regime da ditadura do General Franco. Há casos de escolas com um 90% de aulas leccionadas em espanhol, em que só o galego é leccionado em galego, situação tolerada pela inspeção do ensino, conivente com as práticas castelhanizadoras, mas muito atenta ao "excesso" do uso da língua da língua da Galiza, na Galiza.
Notícia redigida por Ângelo Cristóvão a partir das seguintes informações:
http://www.vieiros.com/nova/71885/inedita-manifestacion-contra-o-galego-na-capital-do-pais
http://www.galizalivre.org/
http://www.anosaterra.org/nova/os-antidisturbios-cargan-na-protesta-de-galicia-bilinguumle-.html
http://www.lavozdegalicia.es/portada/index.htm
http://www.elcorreogallego.es/galicia/ecg/3-000-personas-manifiestan-santiago-galicia-bilingue-imposicion-linguistica/idEdicion-2009-02-08/idNoticia-393607/
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domingo, 8 de fevereiro de 2009
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