A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

E americanos também...

A VIDA DE LINCOLN[1]

- (...) os mais argutos adivinhavam nele o grande homem; a fronte ampla e rasgada, de heróico talhe, o jeito decidido dos lábios, a luz que lhe brilhava nos olhos, feita de toda a concentração de pensa­dor e de toda a firmeza de político, não enganavam os previdentes; ao mesmo tempo, a honestidade inquebrantável ganhava-lhe a simpatia de todos
- Prestava já, no entanto, bastantes serviços ao seu partido whig para que as invejas germinassem e os inferiores se coligassem contra ele; apro­veitavam-no para tudo que representava vantagens, mas sempre as intri­gas e os maquiavelismos se arranjaram de modo a excluírem-no dos pri­meiros lugares; a perspicácia e a popularidade de Lincoln começavam a assustá-los, temiam a rigidez do seu carácter e o seu desprendimento das vaidades do mundo; preferiam dar a proeminência aos medíocres que estavam dispostos a moldar-se aos interesses da maioria e eram capa­zes de entrar nas sórdidas campanhas dos empregos ou de lançar mão de expedientes que repugnavam a Lincoln; depois, havia nele, às vezes, uma impressão de isolamento, de fundo meditar, de melancolia distan­te, que impedia as intimidades e os excessos; sentiam-lhe a reserva e afastavam-se.
- Certos eleitores começavam a achá-lo um deputado pouco cómodo; às razões públicas juntavam-se as particulares: não se esforçava por arran­jar empregos para os amigos, nem pactuava com os intrigantes; viera ao Congresso para tratar de interesses da União, para manter em toda a actividade política uma linha moral sem quebras; assegurar votos com promessas de lugares no correio ou na polícia aparecia-lhe como um suborno a que não desceria; se algum candidato era competente para o cargo, apoiava-o junto das secretarias de Estado; se era incompetente, ele próprio informava o secretário, com toda a lealdade, do conceito em que tinha o pretendente. Nada fazia contra a sua consciência; nenhu­ma combinação política o levaria a um acto menos digno; pronto a ceder nos pontos mínimos, a que às vezes se prendiam os outros, organizara nas posições essenciais uma linha de defesa que ninguém conseguia transpor.
- O sentimento de fraternidade que punha como essencial à sua exis­tência e ao cumprimento da missão que teria de desempenhar não era de modo algum efeminado e mole; o rude rachador do Illinóis, o pilo­to do Ohio, o advogado tenaz e decidido, estava demasiado afeito às tarefas viris para cair no sentimentalismo e na fraqueza; duro quando era necessário, dando por vezes aos ouvintes uma impressão de brutali­dade, sabia forçar as circunstâncias e sabia também que nem sempre uma bondade incondicional é a melhor alavanca pedagógica (...).


[1] In Seara Nova, Lisboa, nºs 566 a 572, 18 de Junho de 1938 a 30 de Julho de 1938; Lisboa, Seara Nova, 1938.

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