O mestre Lima de Freitas identifica no "Porto do Graal" os dois mitemas essenciais que impulsionaram o processo dos Descobrimentos portugueses no século XIV e XVI:
1. Demanda do Preste João, que incorpora a Demanda do Graal, da procura pelo Paraíso terreal, enfim, da procura do "centro do mundo" evoliano que reponha o Homem em comunicação com o Divino.
2. O mitema da unificação do mundo, sob a forma do estabelecimento físico e mental do "reino do Espirito Santo" ou "Quinto Império", enfim, todos os temas oriundos do mesmo fundo milenarista de raiz judaica de onde brotou a vinda do Paracleto, o retorno de Dom Sebastião, assim como a "Ilha dos Amores" de Camões e a espera pela "nova Terra e novos céus" dos profetas do Antigo Testamento.
Compreender esta dualidade, é compreender o essencial da missão portuguesa no mundo. É esta dualidade que esta na base de toda a criação literária, mental, erudita e popular verdadeiramente "portuguesa" e isenta de estrangeirismos. É a busca pelo Graal que forma a base da fundação da Nacionalidade, exposta pela importância que esse mitema tinha no sistema mental templário. Após esta fundação, o movimento para o retorno a um mundo perdido, mais justo e humano é retomado em força, a partir de Dom Dinis, com a generalização do culto do Espírito Santo. O Graal era o motor da busca, o Reino o local.
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Lima de Freitas: os dois mitemas fundamentais à Cultura portuguesa e lusófona em geral
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5 comentários:
Quando perguntado ao Senhor Buda sobre o Teatro, Ele teria dito que o Teatro deveria representar o Divino, Deus, portanto tal com o termo Teo - Deus + Atrium etc.
E esse papel, felizmente a arte lusa muito bem o representa, seja neste exemplo, seja em Camões, Pessoa, seja principalmente na busca ensejada e levada a cabo pelo Infante Henrique de Sagres.
Seja de alguma forma nas asas desta magnífica Águia.
Seja lá como for que se cante, se for canção, que se diga se for verdade, que se faça se for digna de se ver com cores, que se escreva se tiver como, que mostre a sua cara, como diz a música que protesta,como às vezes abafada e de repente gritada, e muito bem gritada em muito bom grito De Rui Barbosa, ou Baiano Arretado que foi para a Inglaterra ensinar inglês.
E Onde houver uma qualquer coisa lusa
Lusindo, e um simples vocábulo
reconhecido, aí haverá ido um gajo de qualquer tamanho a lusir.
Mas que também às vezes resulta de num repente, falante, em coletivo às vezes demais se falar, que é quando deveria imperar o silêncio
e fala-se, então, as ditas abobrinhas e outros legumes da época...
Enfim... Regras, politicamente correto e roto, esfarrapado de espírito, uma máscara que serve a um propósito, e está presente e vai por aí até instintivamente sendo imposta, com muito imposto, inclusive, dos muitos que pagamos a um estado lacaio, e desse meio cheio e repetindo o raio do politicamente correto, que não há com dizer Vade Retrum desgraçado de politicamente correto,
que muito ao nosso saco já nos encheu, e enche, a todo o instante!
E se melhor ou pior lugar não houver para ires, pois vá pois pro inferno, senhor politicamente correto, que lá é certo o teu lugar.
Assim, mas me desculpando meu desabafar neste natal que deveria ser de festa e é, de festa e até está sendo, com as "delicias" e comidinhas e tudo, mas, e daí?
A cada um que sobe cuide dos degraus de sua escada se seu intento é subir...
Eu, pessoalmente que gosto de fazer as coisas a sério e sigo as regras e gosto muito de brincar... Prefiro descer...
Neste Natal.
Mas antes, quando se não falavra no Graal, numa fonte - dos Anciães - em São Lourenço e sob a custódia da Ordem de Mariz, feito gral, almofariz aí se dava provimento e rumo real à marcha e à lenda...
E prosseguia...
E a graça, a beleza, a realeza, o feito e o resultado já pronto, não é mentira!
Tem nome, sobrenome, cor, sabor e solo onde tudo se plantando, dá...
Tanto aqui,aos daqui, quanto aos daí e aos de lá...
Mas eu não vou deixar de brincar, nunca, nem nunca deixarei de me "acriançar".
Porque eu não sou gente, não, eu não sou gente, eu sou o espírito do Natal a brincar.
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