A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 16 de setembro de 2008

UMA MEDITAÇÃO DE FERNANDO PESSOA


Foto minha, Fernando Pessoa, Parque dos Poetas, Oeiras, 2007



Iniciação

Há muitas cabalas, e é difícil acreditar que não possamos atingir a união com Deus, seja o que for que se entenda por isso, a não ser que estejamos familiarizados com o alfabeto hebraico.

Há Erros do Caminho, Erros da Estalagem e Erros da Caverna. São Erros do Caminho aqueles em que o próprio caminho é tomado pela sua finalidade. Erros da Estalagem são aqueles em que metade do caminho é tomado pelo todo. São Erros da Caverna aqueles em que a caverna, que é a base do Castelo, é tomada pelo próprio Castelo. (é tomada pela entrada do Castelo).

Estes erros são comuns a todos os caminhos e o da Gnose não está mais isento deles do que os caminhos místicos e mágicos.

Posso passar sem o ascetismo, mas não sem a verdade, nem creio que Deus se me não manifeste a não ser que eu fique sentado, imóvel, durante cinco horas, ou que seja capaz de respirar naturalmente por qualquer das narinas à escolha.

O facto, porém, é que, qualquer que seja o caminho que tomemos, não o devemos fazer antes de termos percorrido os graus preparatórios, os graus de neófito. O Misticismo procura transcender o intelecto (pela intuição), a Magia aspira a transcender o intelecto pelo poder; a Gnose, a transcender o intelecto por um intelecto superior. Mas para transcender uma coisa devidamente, é preciso primeiro passar por essa coisa. A vantagem do caminho gnóstico é que há menos tentação de alcançar o intelecto superior sem passar pelo inferior – uma vez que ambos são intelecto e há uma diferença de quantidade entre um e outro – do que nas vias mística e mágica, onde há uma diferença de qualidade, não de quantidade, entre emoção e intelecto, entre a vontade e o intelecto.


(Esp. 54A-51)



Initiation (original em Inglês), tradução de Maria Helena Rodrigues de Carvalho, in Fernando Pessoa e a Filosofia Hermética, Fragmentos do espólio, Y. K. Centeno, Editorial Presença, Lisboa, 1985, pp. 59, 60.

3 comentários:

Casimiro Ceivães disse...

Clarissa, é um gosto ver-te por aqui.

Clarissa disse...

Olá Casimiro, ando a pensar num post com uma receita de pão, é que é uma coisa que eu gosto muito de fazer e acho que ficava aqui bem :)

Beijinho

aquilária disse...

clarissa, fico cheia de curiosidade,em relação a essa receita. :)
um abraço