Não temos que ter posição sobre tudo. Especialmente sobre temas que extravasam diretamente da área da Lusofonia, como este.
Contudo, é minha opinião de que aquilo que se está a passar no Afeganistão é de tal gravidade que todos os Estados têm o dever de participar ativamente no que aqui decorre.
A ascensão do poder dos Taliban (que montam hoje um cerco efetivo a Kabul) e o colapso da presença da NATO e do "governo" local irá implicar o retorno do país às mãos dos fundamentalistas islâmicos e o ressurgimento de um santuário a partir de onde se lançam tentacularmente operações terroristas em todos os países do mundo.
Ou seja, sejamos claros: se o Afeganistão retornar ao jugo talibã, não faltará muito tempo a que tornemos a ver bombas estourando nos transportes públicos de todos os países da NATO e do Ocidente, e Portugal, tendo em conta o relativo despreparo nestes assuntos está muito mais vulnerável do que qualquer outro país membro da NATO.
Travamos uma guerra no Afeganistão, para que não tenhamos que a travar nas nossas ruas.
Sendo a guerra um inevitável "último recurso" e tendo em conta a barbárie que os islamitas querem instalar no Afeganistão e a projeção desta depois a todos os cantos do mundo onde a conseguissem lançar não cabe aos homens e mulheres de bem tudo fazer para impedir que tal tumor assassino se reinstale no poder?
Não estaremos assim perante uma "guerra justa" (ao contrário da recente na Geórgia, dos bombardeamentos na Sérvia, na ocupação do Iraque, etc, etc) onde temos o dever moral e político de participar?
E falamos de 40 e tal "técnicos" não-combatentes que estarão sempre no perímetro do aeroporto de Cabul, não falamos?
Por fim, quanto à "Força Lusófona de Manutenção de Paz", é minha convicção de que ela, quando for criada (e sê-lo-á, mais cedo ou mais tarde) deverá intervir em primeiro lugar em todos os locais onde seja necessária a sua presença estabilizadora e pacificadora, dentro do mundo lusófono, e sempre com a intensa e coordenadora participação de forças locais, mas é também minha convicção de que nenhum país lusófono devia participar isolado em qualquer missão de paz internacional descontextualizado desta força. Assim, no Haiti, o Brasil não devia estar sózinho, nem Portugal o devia estar no Kosovo, no Líbano ou no Afeganistão. A partir do momento em que fosse constituída esta força, as forças nacionais deveriam ser substituídas por "forças lusófonas", imparciais, desinteressadas (ao contrário do que se passa geralmente com os anglo-saxões) e respeitadas pelas partes, quer pela sua tradição não-intervencionista, quer pela presença no local com meios suficientes capazes de garantir a eficácia da força (não repetindo, p.ex. os erros da UA no Darfur).
Contudo, é minha opinião de que aquilo que se está a passar no Afeganistão é de tal gravidade que todos os Estados têm o dever de participar ativamente no que aqui decorre.
A ascensão do poder dos Taliban (que montam hoje um cerco efetivo a Kabul) e o colapso da presença da NATO e do "governo" local irá implicar o retorno do país às mãos dos fundamentalistas islâmicos e o ressurgimento de um santuário a partir de onde se lançam tentacularmente operações terroristas em todos os países do mundo.
Ou seja, sejamos claros: se o Afeganistão retornar ao jugo talibã, não faltará muito tempo a que tornemos a ver bombas estourando nos transportes públicos de todos os países da NATO e do Ocidente, e Portugal, tendo em conta o relativo despreparo nestes assuntos está muito mais vulnerável do que qualquer outro país membro da NATO.
Travamos uma guerra no Afeganistão, para que não tenhamos que a travar nas nossas ruas.
Sendo a guerra um inevitável "último recurso" e tendo em conta a barbárie que os islamitas querem instalar no Afeganistão e a projeção desta depois a todos os cantos do mundo onde a conseguissem lançar não cabe aos homens e mulheres de bem tudo fazer para impedir que tal tumor assassino se reinstale no poder?
Não estaremos assim perante uma "guerra justa" (ao contrário da recente na Geórgia, dos bombardeamentos na Sérvia, na ocupação do Iraque, etc, etc) onde temos o dever moral e político de participar?
E falamos de 40 e tal "técnicos" não-combatentes que estarão sempre no perímetro do aeroporto de Cabul, não falamos?
Por fim, quanto à "Força Lusófona de Manutenção de Paz", é minha convicção de que ela, quando for criada (e sê-lo-á, mais cedo ou mais tarde) deverá intervir em primeiro lugar em todos os locais onde seja necessária a sua presença estabilizadora e pacificadora, dentro do mundo lusófono, e sempre com a intensa e coordenadora participação de forças locais, mas é também minha convicção de que nenhum país lusófono devia participar isolado em qualquer missão de paz internacional descontextualizado desta força. Assim, no Haiti, o Brasil não devia estar sózinho, nem Portugal o devia estar no Kosovo, no Líbano ou no Afeganistão. A partir do momento em que fosse constituída esta força, as forças nacionais deveriam ser substituídas por "forças lusófonas", imparciais, desinteressadas (ao contrário do que se passa geralmente com os anglo-saxões) e respeitadas pelas partes, quer pela sua tradição não-intervencionista, quer pela presença no local com meios suficientes capazes de garantir a eficácia da força (não repetindo, p.ex. os erros da UA no Darfur).
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