A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O 5º IMPÉRIO E A CPLP


Em 18 do passado mês, foi publicado, em um determinado blogue, um artigo sobre a Lusofonia e a CPLP. Foram feitos vários comentários interessantes, demonstrando alguns, porém, pouca informação.
Issso levou-me a escrever o seguinte comentário:

“Depois de ter lido todos estes interessantes comentários, desejo propor,a todos os intervenientes neste blogue, um exercício de raciocínio sobre a CPLP !...
Como é sabido, a “Globalização” foi uma criação dos portugueses.
Alguma vez pensaram na relação que se pode estabelecer entre a globalização e o “ 5º Império “ preconizado por Fernando Pessoa ?.
..Neste “armário”de raciocínios em que prateleira podemos colocar a CPLP ?

A CPLP tem fraco poder económico e relativa influência política !...

Então, onde está a sua força que a torna apetecível para tantos Países ?
- Estará na filosofia de vida que deu origem à globalização ?
- Está numa cultura aberta e voluntáriamente permeável que lhe deu origem ?
- Estará na sua invejável posição geográfica ?
- Não estará, também, numa Língua repartida pelo Mundo que está, cadavez mais, em vias de
se internacionalizar ?
Façam este exercício e digam-me o que pensam sobre ele.”

Recebi várias respostas e uma delas punha em causa a oportunidade do uso da palavra “império”. Esclareci esta dúvida da forma que segue:

“Em caso algum os princípios do 5º Império têm seja o que for a ver com “imperialismo”; o “império” a que se refere Fernando Pessoa é o predomínio da cultura, da paz e do bom entendimento entre os povos. Fernando Pessoa era de opinião que os “portugueses” (não esquecer que para ele a nacionalidade era a Língua), pela sua filosofia de vida e pela facilidade com que conviviam com outros povos, estariam destinados a esse empreendimento, aliás, como já o fizera o Padre António Vieira.
Não dá que pensar a constituição e o sucesso da CPLP ?...
Ainda para mais com o mau exemplo da Commonwealth !”

Já agora gostaria de conhecer a opinião dos utilizadores deste blogue.

Arnaldo Norton
Publicado em Rosa-dos-Ventos http://santosnorton.blogspot.com/.

2 comentários:

Casimiro Ceivães disse...

Caro Arnaldo Norton, tanta coisa...

Tentando ser sucinto:

- A "Globalização" não tem nada, mas mesmo nada, que ver com o V Império, quer na forma própria deste (a formulada por Vieira) quer nas suas formas menores sugeridas ou sonhadas por Pessoa e Agostinho. Como não tem nada que ver com a política, digamos assim, "portuguesa" que Portugal apesar de tudo foi de vez em quando seguindo até 1968. Direi até que, mais do que não ter nada - tem o facto de ser a globalização o obstáculo maior, ou o adversário maior, senao do Império, pelo menos da politica portuguesa (deveria agora dizer "lusófona"? mas chamemos os bois pelos nomes) como ela ainda poderia ser entendida e cumprida.

- Não me refiro à "alterglobalização de Porto Alegre" (essa requereria uma outra conversa) mas à globalização que temos e que é (veja-se um notavel texto de Paulo Feitais aqui, julgo que de ontem) a dissolução de tudo nesse nada que é o dinheiro, nesse nada que é a correcção forçada da alma à brutalidade dos sistemas cegos. Uma globalização que, para continuar a pôr nomes nas coisas que um nome tenham, tem o rosto visível da língua inglesa e o corpo disforme dessa coisa que hoje comanda os Estados Unidos da América (muito para além do seu patético presidente) e que durante décadas comandou também a partir dessa inacreditável marioneta chamada União Soviética.

- Em qualquer caso, estou plenamente consigo em que "Império" é uma palavra a usar com cuidado, não se confundindo nunca com "imperialismo". Pelo contrário, onde existir este o Império estará ausente.

- A CPLP, de momento, é um nada que não aspira sequer a ser coisa alguma por falta evidente de direcção política (ou metapolitica).

- A "força" da comunidade Lusófona tem contra ela o facto de Angola, a sua segunda maior região, ser neste momento simplesmente terra ocupada "manu militari", e tem contra ela o facto de o Brasil ser ainda uma espécie de Nau Catrineta planetária (que os meus amigos brasileiros me perdoem a comparação). É, em número de habitantes, significativa; mas a quantidade não se transmuta em qualidade (pelo contrário...), nem mesmo quando nos convém. Não é pela quantidade que o Império se fará, ou o Império será, inevitavelmente, pura e duramente chinês.

- apesar de Pessoa ter tido uma muito peculiar ideia de Império (sendo paradoxal e perigosa a tentação do seu emparelhamento a Vieira), não creio que se possa dizer que se distinguisse pela "cultura, paz e bom entendimento entre povos". Não é que isso seja um mau objectivo: é, apenas, um enunciado insuficiente.

- Não estando este ponto contido na sua pergunta, creio que vale a pena referi-lo: entre a CPLP que temos (imagem do anti-poder que nos governa) e o V Império que se não fará pela razão (ainda que o Renato Epifânio tenha hoje dito aqui que pouco mais há que nos guie...), há um imenso espaço aberto que é, se quiser, aquele que pode ser o do voo da águia: começando onde termina a baixa política e subindo - mas não penetrando - até às regiões que pertencem ao domínio do Sagrado, do Destino, ou dos Deuses, somos capazes de nos reencontrar, se nos procurarmos, ou melhor se nos procurarmos não a nós, mas àquilo que nos permite, colectivamente, ser.

Cumprimentos (e bem vindo a este lugar...)

Casimiro

Klatuu o embuçado disse...

Aplaudo, Casimiro!