A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Cadernos de Agostinho da Silva (excertos)


Sócrates

Como não podia deixar de ser, a actividade de Sócrates junto dos jovens e toda a sua maneira de pensar criaram oposições que, no primeiro momento favorável, o haviam de bater; estavam contra ele os religiosos que não entendiam a ciência de deus e se contentavam com um culto de superstições e de fór­mulas, sem que a piedade em nada influenciasse a sua maneira de viver; estavam contra ele os ricos que o viam desprezar os bens materiais e aconselhar os ho­mens a que voltassem para os bens do espírito as suas forças de alma; odiavam-no os democratas da assem­bleia, porque frequentemente se referia à falta de inte­ligência e de saber dos políticos e à irracionalidade do povo que o levava a adoptar com entusiasmo as propostas mais absurdas; os aristocratas, por não o consideravam seguro e tiveram boa prova de que o não era na resistência que opôs ao governo dos trinta tiranos; cada um dos que seguiam no caminho, presos pelos seus dogmas ou pelos seus interesses, não conseguiam compreender aquele homem que buscava soluções universais e se não deixava limitar pelas visões de momento, pelas modas, nem enfileirava docilmente num dos rebanhos formados, nem sequer se mostrava disposto ao cómodo silêncio que não levanta embaraços a ninguém. Os ódios foram-se acumu­lando, sem que Sócrates fizesse nada para os aplacar; continuava na sua missão de esclarecer os espíritos e não era o medo que o poderia desviar da empresa que tomara; nesse ponto, não tinha domínio sobre si, não poderia deixar de ser o que era.

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