A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Cadernos de Agostinho da Silva (excertos)


Alimentação Humana

Estabelecido um nível económico alto, e mais por um barateamento dos pro­dutos, já abundantes, do que por uma elevação de salário, será possível então fazer-se um trabalho cul­tural sério, de maneira que se não exponham teorias que ninguém pode praticar ou se preguem a gente cuja mentalidade, deformada pela miséria dos séculos, seja incapaz de entender o mínimo preceito racional. É também fora de dúvida que o problema da alimen­tação humana se não pode resolver sem um entendi­mento internacional que permita racionalizar a produção agrícola: é deprimente para a inteligência do homem que produza fruta um país que tem condições óptimas para trigo e que se dê o contrário num país de pomares, que se deixem desaproveitados extensos terrenos ou expostos à erosão outros que seriam pre­ciosos, que se esteja ainda arriscado, depois de todo o progresso científico, ao perigo das fomes; uma comis­são directiva internacional estabeleceria para todo o mundo as formas e quantidade de produção e regula­ria as trocas necessárias para que em toda a parte as populações tivessem ao seu dispor os recursos alimen­tares indispensáveis.

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