HISTÓRIA DO JAPÃO
Só com o imperador Ogimati (1557-1586) se restabeleceu a paz, pela reforma do sistema de impostos, estabelecimento de cadastro rural, abolição das alfândegas internas, abertura de comunicações fáceis, protecção ao comércio, medidas restritivas quanto ao budismo; a arte tem um período de esplendor, com a laca, a gravura, as pinturas e a escultura de castelos, de palácios e de templos, a dança, o canto, a música, a arte de jardinagem; ao mesmo tempo desenvolvem-se as relações com o estrangeiro, quer pelo envio de expedições e embaixadas à Coreia, Formosa, Filipinas, quer pela chegada dos portugueses (1543) e dos holandeses (1600); os portugueses trazem consigo o cristianismo, propagado sobretudo por S. Francisco Xavier, e a possibilidade de comércio com o ocidente; os incidentes causados pelos jesuítas e a ideia de que as ideias estrangeiras só podiam fazer mal ao Japão levam à proibição do proselitismo religioso e ao encerramento do país, primeiro aos portugueses, depois a outros estrangeiros; o contacto, no entanto, introduzira entre os japoneses o gosto por muitos objectos e costumes ocidentais; de todos os estrangeiros foram os portugueses quem exerceu maior influência: ainda hoje existem no japonês milhares de palavras portuguesas, designando todas objectos de uso introduzidos pelos navegadores e comerciantes: zibana, de gibão, kappa, de capa, botan, de botão, karusan, de calção, karuta, de carta, birodo, de veludo, syabon, de sabão.
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