A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 10 de agosto de 2008

SURREALISMO COM FECHO ÉCLAIR



I

Quantos mais haverão de excitar-me
impondo-me caminhos a crer e como ouvirão,
se não há quem duvide?
Quantos burburinhos e azedos diluir-se-ão na fantasia
em pétalas banais de orquídeas comuns?
Quem há de saciar salientes alimentos,
desnudadas palavras
— surrealismo com fecho éclair —
e rasas penetrações
deslizando sobre o meu mênstruo?
.................................

II

Haverão mais primaveras!
— Eu sei.
Haverão outras expiações...
Esfriarei meu sangue
e fabricarei rendez-vous de vento,
cuja valentia surgirá de dispares âmagos:
ermos calafrios, náuseas fecundas
e gélidas vagem de cara.
.................................

III

Sob o pé do cinzeiro da consciência,
recordo os amigos.
lembro-os de todos,
ora olvidados, ora redivivos.
Tressinto-os
e sinto e canto
em saudade... saudade!
Música, única,
desperdiçada em fronts e perdas
haja vista gozá-la
e lembrar-me do velho violão puído,
asas dos fios da emoção.
.................................

IV

Desfolharei as páginas elétricas
do livro da minha vida.
Reprisarei o replay
da minha verde juventude,
humilde...Sincera!
Tateação dos meus soberbos olhos
para que o papel lacrime pedante
e jugule a mão esquerda,
porque trêmula, nervosa,
e grafe-me uma nova verdade.
.................................

V

Só e desprovido de ouro,
sobra-me o papel azul da maçã;
a madrugada jaza saltitante
e faz surgir-me à idéia alguns poemas cheios de medo
embevecidos pela lembrança d’outrora...
Ai... dos meus olhos duas lágrimas
pulam sobre os meus pés
sugerindo-me afluir
uma nova piração...
Afloração... Decerto os meus poemas
encharcam-se de zelo,
malbaratam fétidos sonhos abafados
e rebolam a nostalgia dos velhos benjaminzeiros
— nada mais!

© Benny Franklin
Belém/Pará/Brasil

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