A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 23 de junho de 2008

Poema de Quando me Caírem os Dentes


Que a ressaca dos dias
me deforme um pouco a feição –
isso não posso evitar.
O tempo subverte a forma
e a memória vai tecendo
imagens tortas e verossímeis.

Há uma certa indigestão
no ato de lembrar.
No que era carne e mundo
e, mastigado,
torna-se linguagem;
o que eram veias e cabelos
– o que era acaso –
penetra comigo o tempo
como fato cicatrizado
a tiracolo.

Que um certo cansaço dos anos
me arranque os dentes da boca –
posso prever.
Serão as gengivas públicas
mastigando a própria linguagem
e será o tempo
me amolecendo o corpo
e testando a validade
das minhas metáforas.



Fabrício Fortes (fabricio.fortes@hotmail.com)

4 comentários:

Ana Beatriz Frusca disse...

Perfeito! Lembrar do que se era e constatar o que se é agora.
És um poetaço!
Beijos.

Jo disse...

"Rugas de sentir" como diria o António Variações.

As tuas metáforas estão muito dentro da validade, na minha opinião. Fresquinhas :)

Gostei muito.
Beijo*

Klatuu o embuçado disse...

Já digo como as meninas: «Quando eu crescer, quero escrever como você...» ;)

Hora afortunada em que o rasto das gurias me conduziu ao seu blogue. Tudo nesse poema é bom. Há um rio negro na tua poesia: fluidez e penumbra, é uma carne ao sol, em que a putrefacção conhece o segredo das fontes mais puras.

A lucidez terrível que a poesia transporta, sempre envelheceu prematuramente, é um varandim excruciante, uma morte-vida que beija o eterno.

Aquele abraço, meu Amigo, você me compensa de tanto lixo que vou lendo por aqui.

andorinha disse...

Brilhante poema. Gostei muito.
E depois das palavras do Klatuu mais não digo...

:)

Um beijinho