A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 21 de outubro de 2025

24 de Outubro, apresentação do novo Livro MIL: "O Advento do Quinto Império", de António de Abreu Freire

 


"O Advento do Quinto Império", de António de Abreu Freire

MIL/ DG Edições, 2025, 141 pp.

ISBN: 978-989-36224-7-6

Para encomendar: info@movimentolusofono.org

A utopia da Era do Espírito Santo, criada no século XII pelo monge calabrês Joaquim de Fiore, era uma antevisão do futuro da igreja, o desejo de uma renovação da comunidade cristã: projeto ambicioso para a civilização ocidental e latina. Ela não contemplava as outras civilizações, não se estendia ao resto da humanidade. O Quinto Império do padre António Vieira é uma visão profética do futuro da humanidade inteira, a maior utopia jamais saída da mente de um génio e ela é portuguesa. Patriótica até à loucura, certamente, mas uma visão moderna da sociedade e da história humana, inspirada nas virtudes de um povo cristão, numa feira universal onde ninguém fica indiferente a ninguém, nem mesmo à ideia de um Criador.

Vivemos no advento de uma cidadania mundial, já antevista no começo do século Vº da nossa era pelo berbere Agostinho Aurélio quando o Império Romano se fragmentava, invadido por povos bárbaros que criavam dentro das suas fronteiras novos espaços de liberdade. Como no tempo d’A Cidade de Deus, vivemos numa realidade nova e emergente, instável e dramática, que provoca um sentimento de compaixão pelos excluídos, com uma variante: o bispo de Hipona ignorava o tamanho do mundo e a diversidade das civilizações que o calcavam.

As ideias reformadoras do monge calabrês encontraram acolhimento junto dos soberanos mais poderosos do seu tempo e chegaram a Portugal com Isabel de Aragão, a esposa de D. Dinis que criou no início do século XIV um extraordinário movimento popular para a prática das Obras de Misericórdia, as Irmandades do Espírito Santo: a primeira ação social de combate à exclusão.

A dinastia de Aviz endossou o projeto de um grande Império cristão e universal. D. Afonso V encomendou ao erudito veneziano Fra Mauro um mapa-mundi que lhe foi entregue em 1459: ele mostrava que, pelos oceanos, se podiam contactar todos os povos de todos os climas do mundo. O Império sonhado não se concretizou de maneira duradoura, mas foi um dos maiores desafios da humanidade. Tudo foi tão rápido e violento quanto sublime e o projeto pareceu eterno enquanto durou. Como em Ourique, o Divino todo-poderoso não esmagou com palavra nem gesto o poderio dos inimigos; antes exigiu dos crentes o combate para assegurar a vitória, para que acontecesse o milagre. Na hora das lutas, cada qual fez-se predador, as mãos sujas de sangue, para sair vivo da peleja e com o seu quinhão de saque. O Império far-se-ia com armas e valores, e só com vitórias e virtudes ressuscitaria. Foi um dos maiores feitos da humanidade; restam hoje, dispersas pelo planeta, cerca de 250 milhões de criaturas que falam a língua portuguesa.

No tempo da utopia do Vº Império de Vieira, uns 200 anos após o rei “Africano”, já não restava nenhum pedaço de mundo nem nenhuma civilização por encontrar, mas o Império sonhado estava desfeito. Hoje, a quantidade de humanos excluídos da cidadania é assustadora e ninguém mais ignora a dimensão do planeta e a diversidade das criaturas que o povoam. Os arquitetos, os obreiros e os artesãos do futuro, enfrentam desafios inéditos, jamais imaginados, para alcançar uma nova era de paz, de liberdade e de fraternidade qual novo Império do Divino, na versão encantadora da diáspora portuguesa que preserva o ritual do movimento criado há mais de 700 anos pela Rainha Santa Isabel: o advento de um mundo novo.

 A 25 de julho de 2025 contavam-se exatos 700 anos da peregrinação da Rainha a Santiago de Compostela, cumprindo uma promessa de paz. Foi canonizada há exatos 400 anos, a 24 de junho de 1625. Assim, este livro é mais do que um tributo a uma Rainha: é um hino à solidariedade, um testemunho de fé na humanidade e um convite à ação.