A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Na NOVA ÁGUIA 31: sobre Gustavo de Fraga...

 

GUSTAVO DE FRAGA E JOSÉ ORTEGA Y GASSET[1]

José Esteves Pereira

1. Gustavo de Fraga (1922-2003) construiu uma obra fundamental sobre o pensamento europeu contemporâneo com particular incidência no campo da fenomenologia tendo na sua demanda especulativa prestada atenção reflexiva ao pensamento de José Ortega y Gasset (1883-1955) desde logo na sua obra De Husserl a Heidegger. Elementos para uma problemática da fenomenologia, de 1966,até á meditação sobre inúmeros problemas, nomeadamente sobre o destino da Universidade que atravessa as páginas de Fidelidade e Alienação publicado em 1977.

A obra De Husserl a Heidegger, dissertação de doutoramento de Gustavo de Fraga, constitui para o seu colega na Universidade de Coimbra Alexandre Morujão “ um denso estudo em que se põe em evidência a abertura da fenomenologia a uma direção metafísica pela via da interioridade e onde, pelo confronto entre Husserl e Heidegger, se mostra o prolongamento da fenomenologia para além de Fichte e Hegel, na linha influenciada pelo pensamento de Dilthey” (Morujão, 1990, col. 701). A menção que o pensador açoriano virá a fazer a Ortega y Gasset na sua argumentação doutoral incide, precisamente, no liame especulativo do filósofo madrileno a Wilhelm Dilthey (1833-1911) citando para tal efeito Kant, Dilthey, Husserl dada a lume em Madrid em 1958.

Quanto ao aproveitamento crítico que Gustavo de Fraga realizou da obra de José Ortega y Gasset importa, a meu ver, não perder de vista o que um e outro pensador dedicaram às múltiplas questões que envolvem a crise do pensamento ocidental particularmente no campo da fenomenologia. Embora bastante separados geracionalmente não se pode esquecer a importância orteguiana no investimento da fenomenologia em Espanha e no espaço cultural sul-americano. Em todo o caso, o encontro mais demorado de Gustavo de Fraga com o pensamento de Ortega y Gasset teria lugar, sobretudo, no âmbito do tema do homem em sociedade no domínio da antropologia filosófica.



[1] O presente texto foi apresentado no Colóquio Gustavo de Fraga: Pensamento e Legado, realizado em Ponta Delgada pelo Centro de Estudos Humanísticos da Universidade dos Açores, a 3 de Novembro de 2022.

(excerto)