Encontramos em JRS todos os predicados da poesia mais
elevada, sem data ou espaço, pautada por um verso esmerado e sublimado a cada
percurso, em cada estação. Na verdade, não é exagerado adjetivar repetidamente
a sua ars poetica, pois se o mundo é
um lugar bonito também JRS o foi como amigo e se a vida é bonita de se viver a
sua poesia é muito agradável de se ler. Nele e nela tudo se conjuga no modo e
no tempo.
O João Rui gostava de dar às pessoas…. Dar é o verbo
que melhor o define como homem; como poeta e ensaísta, é a expressão elegante e
sólida que o carateriza na sua visão, que tanto prezava e que foi perdendo por
influência da perda física que o foi martirizando...
Como lhe diria se me tivesse podido despedir dele no
devido momento: vemo-nos sempre onde a musa antiga canta. João Rui de Sousa
continuará sempre a dar. Assim não percamos a consciência.
JOÃO RUI DE
SOUSA: O PREDICADO DA POESIA OU O MAIS FINO QUILATE DO VERSO
António José
Borges