A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 27 de fevereiro de 2022

Na NOVA ÁGUIA 29: de António Braz Teixeira, sobre Lima de Freitas...

 

O pensamento estético de Lima de Freitas insere-se, desde o seu juvenil início, na mais rica e significativa linha especulativa da nossa contemporaneidade, a de uma estética de cariz simbólico, iniciada por Aarão de Lacerda (1890-1947), na década de 1910, prosseguida pelos seus discípulos José Marinho (1904-1975) e Álvaro Ribeiro (1905-1981) e por dois discípulos destes, Afonso Botelho (1919-1996) e António Quadros (1923-1993), e na qual se integra, igualmente, a meditação sobre a arte levada a cabo por Almada Negreiros (1893-1970), Vergílio Ferreira (1916-1996) e Dalila Pereira da Costa (1918-2012).

É este concepção simbólica da estética de Lima de Freitas que fundamenta e explica não só toda a sua criação plástica como também a sua permanente atitude crítica relativamente à arte abstracta (nisso se contrapondo, implicitamente, às posições estéticas de Eduardo Lourenço[1]), bem como a sua compreensiva valorização do surrealismo, sem prejuízo de reconhecer e assinalar as suas limitações ou insuficiências, bem como o sentido da sua crítica valorativa de alguns pintores portugueses contemporâneos (cf. PI e II).


[1] Cf. A. Braz Teixeira, “O pensamento estético de Eduardo Lourenço”, in NOVA ÁGUIA, nº 24.