A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 12 de agosto de 2012

De Adriano Moreira, para o próximo nº da NOVA ÁGUIA


"País de suicidas, diria Unamuno, ao registar também que era o único povo, que, perante as adversidades, dizia – isto dá vontade de morrer.
E todavia, pequeno e pobre, imaginou o V Império, com raízes Bíblicas, tendo no Padre António Vieira o grande inspirador de um Império mundial do Espírito guiado pelo Papa, e tendo o Rei de Portugal, renascido este para a independência, D. João de Bragança, o poder temporal. Ao primeiro exame surpreende que um povo com a gesta dos Lusíadas tenha como referência de esperança um Rei vencido, e não um Rei triunfador. Com a última versão em Agostinho da Silva, que parecia antever a subida de Portugal ao Calvário, para renascer nas comunidades unidas pela língua portuguesa e pela maneira de Portugal estar no mundo.
Mas atrevo-me a leitura diferente, e tomar de guia Bartolomeu Dias, que por três vezes embarcou para descobrir a rota da Índia, incluindo ter vencido o Adamastor, e morreu no mar sem ter conseguido o propósito: morreu tentando, não morreu desistindo. E essa é a virtude do português de sempre: – se necessário, morrer tentando, mas não morrer desistindo."

(excerto)