A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
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Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
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Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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terça-feira, 3 de novembro de 2009

A MARQUESA DE SANTOS


MARQUESA DE SANTOS:A BELA DOMITILA
Por trás de um grande homem tem sempre uma grande mulher,dizem;porém,por trás de um homem poderoso e tolo tem sempre uma mulher oportunista.Foi assim,e,continua sendo em todas as sociedades e todos os regimes;porque homens tolos haverá sempre e mulheres belas e espertas,também.Hoje falaremos de uma que abalou um Império e causou muito constrangimento numa corte nascitura e muita dor a uma grande princesa.Estamos falando de D. Domitila de Castro,a Marquesa de Santos.
Perto de completar 25 anos, morava com os pais;seu pai era um coronel reformado,João de Castro e Melo,que graças a uma sinecura,foi nomeado inspetor das repartições de estradas da cidade de S. Paulo,e,que,com sua numerosa família,vivia do soldo que recebia;hoje,seria um pequeno burguês,com uma pequena fazenda e pouco gado.Era apelidado o “Quebra-vinténs,pois,segundo Alberto Rangel,podia quebrar,com as mãos,uma moeda de cobre.Alguns vão mais longe;acham que,vinténs,segundo a gíria da época,podia significar virgindade.Mas,voltemos á vaca fria,ou,Domitila quente;Casou-se em 1813 com o alferes Felício Pinto Coelho,mas,foi esfaqueada pelo alferes,que era alferes,não corneteiro,devido a boatos sobre chifres freqüentes e confusões mal explicada ,sempre envolvendo belos militares.
Domitila já conhecia D. Pedro,pois,sua família foi pedir o apoio do Príncipe no mal-cheiroso caso do coronel.Um dia,se encontraram na estrada,ela,passeando de cadeirinha e ,não demorou muito para o romance começar tórrido.Durante sete anos aquela paixão não teve limites,nem decência.As tórridas cartas que o Priíncipe lhe escrevia ,não deixavam dúvidas da intensidade da relação.Ela,nunca lhe escreveu uma só linha;a não ser,uma carta desaforada,cheia de erros de português,quando o já então Imperador,lhe pediu para deixar o Rio,pois uma nova Imperatriz estava para chegar.
As opiniões sobre ela eram divergentes; poucos a achavam realmente bonita,mas,falavam do seu incrível poder de sedução.Na verdade,seu encanto maior,era a simpatia e o charme.Muitos a citam como uma mulher extremamente vulgar e até chula.
A relação ia de vento em popa,íD. Pedro a transferiu para o Rio,com toda pompa e circunstancia,e,até livrou-se do divorcio ominoso,já que Felicio “amaciado”pelo Imperador ,que lhe deu uma baita sinecura,perdeu o processo,aliviando a desonra e os chifres,com uma boa posição na Corte.
Domitila e D. Pedro tiveram uma filha, eles iam tocando a vida e ela e a família,enriquecendo.O Imperador não fazia por menos:acomodou a família inteira,prática seguida até hoje,religiosamente,pelos nossos políticos.No inicio.Domitila instalou-se modestamente,num bairro que seria hoje,o Estácio;ela continuava sendo a corda e ele a caçamba;até se metia em brigas de rua para defender a reputação de sua amada.
Mas, não demorou que ela e sua irmã Ana Cândida fossem elevadas a damas da Corte. Infelizes daqueles que fossem hostis a Domitila;o Imperador,prendia,arrebentava e até tocava fogo nos teatros onde a “Nova Castro”fosse barrada;uma alusão á outra Castro,a Inês.
Mas, o escândalo maior veio no próprio palácio,onde ela pretendia assistir ás celebrações da Semana Santa,junto com as damas imperiais.Foi vítima do efeito gangorra:mal ela chegou,todas as damas se levantaram e saíram;foi a gota d’água:D. Pedro a nomeou primeira dama da Imperatriz e deu uma festa monumental para festejá-la.Vestida de branco,trazendo uma grinalda nos cabelos ela foi recebida por D. Leopoldina.Que,estóica e mostrando a fibra do seu sangue,foi constrangida a suportar aquela presença até nos seus aposentos particulares.Nesse mesmo ano a alegre Domitila tornou-se Viscondessa Castro.Finalmente em 1823 foi nomeada Marquesa de Santos.Não só ela:o Imperador “nobilitou”toda a família.D. Pedro a cobria de jóias e presentes;e,a toda sua família também;afinal,o erário pagava.Até hoje,as relações promiscuas entre políticos,nobres ,príncipes e ministros nos mostram até onde o bom negocio do amor pode levar.
Os sofrimentos, a decepção,a vergonha e os maus tratos destruíram com a bondosa Imperatriz.Nem no seu leito de morte foi respeitada.Se não fosse a intervenção do Marquês de Paranaguá,que a expulsou dos aposentos de D. Leopoldina,a Domitila teria entrado na câmara da augusta senhora,desrespeitando-a até o final de sua triste vida,Mas,o brioso Marquês interferiu,dizendo:”Tenha paciência,senhora Marquesa,v,Exma,não pode entrar.”
A morte da Imperatriz, pranteada por todos,nobreza e povo,foi vingada anos depois pela belíssima Imperatriz D. Amelia;Domitila foi expulsa da Corte para alivio de todos e felicidade geral da nação.




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