Intróito
Indo decorrer uma Assembleia Geral do MIL, em data e nos termos a definir pela actual Comissão Coordenadora, irei aqui apresentar, em esboço, e em várias partes, aquela que será a moção de estratégia que, a meu ver, a próxima Comissão Coordenada, a ser (re)eleita, deverá prosseguir. Espero que esta seja uma reflexão conjunta e partilhada – desde já agradeço comentários e críticas às ideias que irei aqui apresentar.
C – Sobre o MIL e a NOVA ÁGUIA.
1. Como já foi aqui dito, o MIL é o movimento cultural e cívico prefigurado no Manifesto da NOVA ÁGUIA. Como sempre pensaram os directores da NOVA ÁGUIA, o Paulo Borges, a Celeste Natário e eu, esta nunca poderia ser apenas uma revista, mas expressão de um movimento, tal como a revista A ÁGUIA foi expressão, e “órgão”, do Movimento da Renascença Portuguesa.
2. Afirmando-se como órgão do MIL, a NOVA ÁGUIA assume-se como um órgão plural e não como um órgão de propaganda. E isso verificou-se logo no primeiro número – pela diversidade de perspectivas sobre o tema proposto: “A ideia de Pátria: sua actualidade”. Decerto, a escolha do tema foi, por si só, significativa. Quando propus o tema da “ideia de Pátria” para o primeiro número, proposta de imediato aceite pela Celeste e pelo Paulo, fi-lo porque achava que essa ideia era uma ideia a promover, e que tinha tudo a ver com o ideário do MIL. Continuo a achá-lo.
3. O mesmo acontecerá nos próximos números da Revista: sobre António Vieira e Agostinho da Silva. A NOVA ÁGUIA continuará fiel a si mesma: na promoção das figuras maiores da Lusofonia. Esse será sempre o enfoque.
4. É certo que se tratam, ambos, de figuras portuguesas, apesar de terem deixado uma marca bastante forte no Brasil. Já, aliás, nos fizeram alguns justos reparos em relação a isso – nomeadamente neste blogue, onde também predominam as referências a figuras portuguesas, desde logo em relação ao Brasil. Mas isso é algo que só se irá ajustar com o tempo, à medida que cada vez mais brasileiros participem neste projecto em prol do valor comum da Lusofonia. De resto, para quem quiser fazer uma análise justa a esse respeito, reconhecerá que, devido ao contributo de várias pessoas (permito-me salientar o nome de Adriana Costa, o primeiro nome que me ocorre), o blogue NOVA ÁGUIA é, cada vez mais, um BLOGUE DA LUSOFONIA. Ainda que haja muito caminho a percorrer a esse respeito. A Lusofonia não se esgota em Portugal e no Brasil. Queremos que, cada vez mais, pessoas dos outros países da CPLP aqui colaborem.
5. Quanto ao mais, e em comentário a alguns reparos que sempre vão chegando relativos ao blogue (por natureza um espaço mais incontrolável, devido, sobretudo, ao facto de várias centenas de pessoas poderem nele escrever directamente, sem qualquer mediação), permito-me fazer minhas as palavras de Paulo Borges, escritas ontem mesmo: “Não creio que no blogue, sobretudo a partir do momento em que se pacificaram mais os ataques pessoais, predominem os aspectos negativos. Pelo contrário, creio que tem sido fundamental para a difusão do projecto e para trazer pessoas novas, como se nota pelas crescentes adesões.” (5 de Setembro de 2008).
(a continuar)
3 comentários:
Aplaudo, destes textos da macacada foi o único em que percebi tudo. Ou você foi o único que não passou pelo colégio de freiras ou também não acredita no Pai Natal.
Esse gajo ao menos não está tentando transformar o MIL em MIB(Movimento Internacional Budista).
Renato, renovo os meus parabéns pela clareza dos seus textos e das suas propostas, pela atenção sempre constante que tem dado ao Blogue da NA e aos seus membros, pela forma franca com que tem encabeçado este movimento.
Um abraço
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