A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Requiem Libertário Por Uma Mulher Pública Reformada À Força

(Pois as mulheres públicas têm uma função muito importante na sociedade)

Desta paisagem defunta
ouvi a pungente história:
que é do busto da Repúblia
que outrora foi mulher pública,
de todos naturalmente,
clemente gorda e notória?

O seu corpo era a cartilha
onde os Meninos da Luz
a amar o povo aprendiam.
E em seu leito citadino,
sítio de vogais abertas
eram carnais as palavras
tinham dentes tinhal pernas.
Não estas conchas fechadas
nas praias ermas da língua,
não esta raiva cercada
de susto silêncio e míngua.

Flor de carne igualitária
o pão da sua nudez
pelo povo o repartia
não como agora escondida
na algibeira do medo
como se a liberdade fora
obscena fotografia.

Ai dela, flor ressequida
no livro da tirania!
Hoje amarela e beata
é a mulher de um funcionário
ciumento como um sultão
que a fecha no armário
da sua repartição.

E sobre a relva das suas rugas
o funcionário faz a digestão.
Ela envelhece a fazer peúgas,
ele com medo da revolução.

Meninos da Luz e das lágrimas
que sois responsáveis por isto!
O busto da República não nasceu
para ser esposa de ministro.

Natália Correia (1958)

1 comentário:

MJuchM disse...

E vcs se lembram da saudade? Daquela saudade das terras q nem nos lembramos mais. Q terras são essas? Seriam as do porvir?